sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Por um minuto e mais, longe de abelhas

É do nada que solidão bate e me deixa inquieto, as vezes manso. Pior que é assim do nada. Depois de sentir um abandono qualquer. Aquela formiga foi na direção contrária porque ela quis, longe de mim. Do nada, por pouco, por nada. E assim eu fico desfigurado em tua pintura por vontade própria. Por ser um caso perdido. Esse fim é certo eu só prolongo, porque sei que vai falhar e eu não vou mais poder respirar quando vida se esvair. Só preciso ficar eu e a colina, sentir o vento e tremer de frio sem mendigar por algo mais quente como teus braços. Eu só preciso assistir ao vento contornar a chuva. Eu só preciso me molhar e sentir a sensação. Eu preciso de sensações que não mexam com meu estado nervoso. Porque minha colmeia está gasta e estressada. Não me dou bem com as abelhas mais, elas ferem. E quem fere pede pra ser ferido também. E eu cansei de sangrar e cansei de lamúria. Eu cansei de ser o retardado que aceita mais um gelo no Whisky, eu o quero quente. Quero apenas respirar com você, sem interrupções. É preciso ser sozinho para isso acontecer? Não quero chegar a conclusão de que é melhor sozinho esperando do que acompanhado e cheio de ferrões.

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