Tinha ocorrido um massacre. Correndo pelas ruas, o garoto
seguia procurando seus pais. Havia muitos mortos e lá estava o casal estirado
no paralelepípedo. Juntos, com os braços esticados. O batalhão de choque estava
por ali e então deram um tiro em cada cabeça. O garoto correu, a policia o
atingiria se ele continuasse rodando por ali. Sentiu-se como um fugitivo, um
ladrão. Mas não tinha roubado nada, não tinha tempo de chorar pelos pais e a
policia o alcançaria, até que um homem surgiu e o segurou nos braços. Um homem
que corria muito melhor que aquelas pernas curtas . Assim segui correndo, o
mais rápido que podia e conseguimos.
O local estava devastado.
Fomos para longe e precisávamos estar bem longe da policia. Não porque éramos
culpados, e sim porque eles não entendem nada. Prenderiam pessoas inocentes. O
garoto, eu teria que protegê-lo.
Entramos numa loja de roupa, ele teria que mudar para não
ser reconhecido. Experimentou as roupas
e escolheu até uma peruca, era fácil o disfarce para menina com aquele rosto
tão angelical. O garoto tinha bochechas avantajadas e a pele muito braça que
ate rosava. Colocou uma peruca loira de cabelos curtos e ao chegar o caixa, a
policia estava lá. Tentei mentir, mas não funcionou. Eles confiscaram meu
celular e eu o tomei deles. Pegaria um ônibus de volta, o garoto ficou. O ônibus
tinha as habilidades de um avião, mas não era um. Eu voltaria pra casa.