Um tanto de vida me foi dado algumas vezes. Eu peguei e
juntei tudo numa lata de lixo. Colei um adesivo grande e nomeei de “Era o que
tinha que ser” E agora pensando melhor, me pergunto se fui hipócrita.
Não chego a uma linha definitiva quando penso em como me
sinto, nem consigo dizer que está tudo bem simplesmente. Eu queria ter
novamente aquele talento mágico da mentira e eu poderia disfarçar um sorriso
mesmo quando tivesse com vontade de vomitar. Acho que não... Não desta vez. E é por isso que eu prefiro me escafeder.
E agora eu desejo estar no meio do oceano com um barco a
vela. Ou numa simples cabana no pico de uma montanha. A solidão não me instiga a
todo o momento, mas agora meu anseio por ela está tão dominador. Tanto que eu
não sei mais onde estou. E o que é enfim, coração? Quando o corpo todo lateja dilacerante?
O que é o conjunto de tanta ansiedade? Esse conjunto de indiferença e
preocupação? Eu não posso entender. Eu quero estar drogado. Dane-se que seja só
por alguns instantes. No fim estarei cansado, porque me elevarei tanto em pleno
ápice da droga e do prazer que no final nem sentirei minhas pernas. Mas eu quero sozinho, tudo sozinho. Porque
nesse momento estou fazendo um baita de uma força para suportar minha
respiração.
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