segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vermilion

Era um brilho, o acaso em descaso, a planta diferente de cheiro forte. Era um garoto fazendo de tudo ..tudo que viesse a cabeça, sem se importar de cair e quebrar a cara. Sem medo de sujar a roupa, sem surpresas de sangue, sem pudor. Sem querer, foi sem querer, e quando viu já estava colada em mim. Sem eu querer em hipotese nenhuma eu quis, eu quis. Ela engolia conchas, depois de cortá-las com canivete, ela as engolia e vomitava. Tinha o costume lamber o cigarro enquanto fumava, tinha costume.. costume de chamar a atenção, menina rebelde mimada, se acha esquisita, adora suicidio mas não é tão covarde, não o suficiente, nunca suficiente.
Corriamos nos trilhos arriscando perder a cabeça e todo resto, porque era bom, é bom viver em perigo. Não tinha importancia, somos doentes. Em outra vida erámos hippies.
Eu pulava de galho em galho como um macaco,enquanto isso ela ficava sentada praticando yoga com olhos rubros, me amando e me matando varias vezes em pensamento. Eu, com as pernas agarrando o tronco da arvore, me exibia de ponta a cabeça.. Então ela me emoldurou, mas o que ela não sabia, é que eu tinha a alma mais cansada e desgastada que os olhos. O que o sorriso falso sempre disfarçou. Aparentava forte pq nunca revelada os medos, desejos e sentimentos. Mas que choque! Sempre fui desassossegado escrevendo a sangue em Braille..ah sonho inutil. Desvie o rumo das coisas!

2 comentários:

  1. Eu gostava da outra vida. MAS, porque não fazer dessa algo tão bom quanto a outra?

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  2. Minha vida é essa...mas sim, esse pensamento seria pra vc. Faça dessa tao boa quanto a outra, pq eu sou o mesmo

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