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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Todos nós sozinhos


O amor é impossível, a solidão é inevitável. 
Estamos todos cansados, reféns de um monte de coisa que consome nossa alma. 
Estamos sempre bêbados, fugindo da realidade. 
E o amor é feito de desencontros... 
Enquanto você está indo reto, ele virou a esquina. 
A busca é incessante, mas o álcool bem mais interessante. 
A loucura invade e jogamos facas ao ar. 
Tentando enganar, ás vezes, todos, menos a nós mesmos. 
Não queremos apenas toque, assim eliminamos nossas chances. 
Uma a uma. 
Nada se completa por muito tempo. 
É como uma fase da lua. 
Estamos vivos e destinados a sermos sozinhos pro resto de nossas vidas. 
Um fardo a carregar. 
Ansiar ilusão, inspirar solidão.


quinta-feira, 8 de junho de 2017

Epidemic in the Heart

''I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head''


Quanto tempo eu não te ouvia cantar. Nossas vozes se juram o tempo todo porque não conseguimos evitar. E a canção que fizemos ainda está aqui em ritmos descompassados e ectópicos. Revisando amor e dor. Dor e saudade. A melodia permanece, o timbre treme e tudo dentro começa a doer. Liberando essa coisa que não passa. Fazia tempo que eu não cantava pra você... No refrão estamos sempre dançando na minha cabeça. E quando remata, estou aos prantos. Sei que não aguenta mais minhas lamúrias. Talvez as notas me toquem mais do que tocam a você. E todo esse enredo só acontece dentro de mim. Tu és rocha, patrimônio teu. Vive bem na sua vida sem mim. Eu, de vez em quando eu fico no canto da sala, sentado e tento me convencer de que você não vai voltar. Tento desdizer pra mim que teus olhos ainda dizem me amar. De longe me olhando da estação.  Amas como eu? Ama pra caralho? Consegue me olhar nos olhos por um longo tempo e dizer... (?) Deixa pra lá... Acho que tenho mais medo do ‘’sim’’ do que do ‘’não”. E todas as vezes que te enganei com meu sorriso, eu desmoronei sem ninguém depois. Você me faz rocha, pra me ver desaguar mais. A gente tenta ensaiar peças, mas a única pessoa que não enganamos somo nós mesmos.

Eu me sinto péssimo. Sinto que o caçador perdeu seu jogo. Venci vários leões, mas não venço você. E se você largasse as armas aqui e agora, eu te abraçaria e te seguraria firme pra sempre. Você seria capaz de esquecer os anos apenas para ser feliz daqui pra frente? Você seria louca de largar tudo e fugir comigo? Estaremos errados, seremos presos talvez, seremos julgados pela coragem dos nossos corações. Mas seriamos venturosos, felizes e completos. Mesmo que não tenhamos nascido pra esse mundo.
Minha mente é como a bagunça do meu quarto. Às vezes eu não acho minhas chaves. Algumas vezes meu tempo fecha e eu só quero chover. Tento me acostumar com a vida, ser otimista. Mas eu sou doente. Psicótico.  (...) Você está aí? Meu bip tocou, mas eu estava lento demais pra te atender. Acho que é o fim até que você me diga que é um começo.  Você é tudo que eu não quero e tudo que eu quero pra sempre. O pra sempre é agora? Ou depois? Amanhã? Outra vida?
 Por trás das paredes e com a boca no travesseiro eu sempre chamei seu nome. Das bocas que beijei, ninguém te superou. Eu sou o maior crítico ao teu favor. “-Mas é porque tem amor” me disseram e que eu só preciso emperrar isso.  Como se sentir fosse mais fácil que falar.
Ouvi uma conversa esses dias e eles diziam “-O que dói mais... O corte ou a cicatriz?” Todos responderam o corte. Mas eu não concordo. O que dói mais é a cicatriz e olhar todos os dias para o remendo do meu peito que eu sinto sangrar todos os dias.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Cântico

Estamos na caça ao tesouro, estamos escolhendo a laranja boa do saco em promoção. Há uma fila gigante e ainda sim lutamos por um lugar no meio daqueles que escolhem bons frutos. Então pague! Entenda a vida que você leva. Entenda que nunca terão finais felizes, pois a cada fim, há um começo e tudo isso é um ciclo sem fim.
Tentamos respirar, tentamos ganhar nosso lugar e sobreviver. Talvez tudo seja um grande erro. Talvez tenhamos que passar por isso. Não era pra você ganhar o torneio, mas talvez a próxima medalha será sua. Porque cada um tem a sua hora, espere no final da fila.
Como eu posso aconselhar o que eu nem vivi. Se não posso me colocar no seu lugar, como dizer o que eu faria? Todos nós escondemos uma raiva dentro. Seja de um amor, seja de Deus.  Mas no final sempre tentamos o melhor possível ou o que achamos que era pelo menos.
Os prazeres dela eram um dos meus maiores absurdos. Segui um anjo, um anjo que não existia. Então basta morder a língua e seguir em frente? Tudo que fazemos é mentir pra nós mesmos.
Estou perambulando há horas e ainda não achei respostas do porquê viver. Aceita, aceita. E como eu posso reclamar? Do que tenho medo, do que acho bizarro, dos lados que eu deveria ter olhado e fui incapaz por egocentrismo.
Eu ouço uma voz, mas eu não entendo o que ela diz. Então cale a boca porque pra mim não está valendo de nada e meus sonhos continuam sendo esmagados no espaço junto com os sonhos de outros fracos.

Mas talvez haja um grande erro nesse entendimento. Talvez eu seja prematuro demais. Tudo que me é repentino é estranho. Eu não aceito cantos de louvor.

domingo, 25 de outubro de 2015

Creator

Desvio o olhar até que não esteja nada a minha frente. É o reflexo de mim mesmo bem a diante a mim, quebrado. Nada a minha frente. Moitas de idéias, rios de sangue em veias... Mas, pés amarrados.
Ao canto da calçada, afastado ao máximo para que ninguém ouça minha voz a cantar . E canto pra não morrer com toda essa espera. A caminhada é longa, mas sempre escolhi por não pensar no trajeto. Crie! Crie! No final, adoro sentir meus pés cansados.
Ouvir, cantar, levar o pensamento a tramas criadas. Eu comecei a usar qualquer coisa que me afastasse do resto do mundo e me afundasse em mim mesmo. E foi assim que fiquei cada vez mais sozinho. E com prazer nisso...

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Polén


Passa um filme de terror aqui
Há gritos e sombras
Não há ninguém. Ninguém!
Tem algo mais aterrorizante que estar sozinho?

Estou tão drogado que não posso me tocar para me sentir
Mas sinto o beco entrando em mim
Em velocidade alta
Estou correndo 
E nem a música pode chegar lá
Estou tão elétrico 
Lá, onde ninguém deveria ir

Estou tremendo. 
Mais que pesadelo! 
Terrível assim quando o suor faz frio
O dia vira noite
Você vira uma foto
Apenas,... uma foto...
As memórias estão se afastando
Mas eu sei, que como a foto, elas continuarão lá.

Vou cheirar mais desse polén
Quem sabe eu possa me perder de vez e não acordar mais
A parte ruim sempre vem, com ou sem Polén.

Peso Ideal Para um Gatilho

Estou seguindo um legado em que não me orgulho de meus antepassados. Este com a mesma cara, as mesmas doenças, a mesma invalidez. Furando a fila por ter vantagens. Apontando para o outro por ser mais fácil. Sem estruturas, matando filhos pra jogar na cara do conjugue. 
Sei controlar o vento e isso realmente é demais. Tanto que fica pesado. Fica muito pesado. Aposto que você não aguentaria. Reclamar da vida é muito fácil. Estar num pendulo sem um pio, quero ver. Tudo dói, tudo sente. Não me formei em medicina ou psicologia, lamento.
Me faço mil caras, mas uma alma. Eu não poderia estraçalhar todos eles , mas o bendito o coração ainda bate. E eu estou apaixonado pelo esbouço de vida.
Anda quente e eles sempre estão vindo atrás de nós. Olhe bem e cuide, eu sou seu filho e não o contrário.Parece que eles não podem ver ninguém se comunicando e nem um sorriso. Somos fantasmas num jogo idiota e o amor é mais um. Metáforas, esteriótipos, mitos. Nunca serão.
Apenas sonhos e vantagens que ficam por lá mesmo, porque no fim todos morrerão sozinhos. E até lá terá obstáculos. E você até no seu enterro terá a frase. “Agora que perdeu, dê valor.” Eu estou cansado dessas suas frases feitas sem mais efeito algum.
Viu os anjos? Eles voam e desaparecem
Eles se fingem de maus ou são mesmo?
Mas o que é isso, eu tomei cogumelos. O que me preenche? O que me embaça? Cara, eu tô pra baixo, mas eu vou continuar fingindo. E você também, mas o contrário.
E eu olho para aquela mulher. Eu escrevia “Deusa”. Mas que patamar... Meu orgulho eu não  podia medir. Guerreira, imbatível . Agora ...Há pedras.Tem alguma coisa e eu que invoquei, acordei com um grito. Livrai –me do sobrenatural. Aquela voz tão calma não podia ser ela.
Tudo que vivemos foi tão bom que acabou . E dizem mesmo que pra tudo tem um fim. E nada duro muito tempo, eu sei, por mais que diga que é pra sempre. Eu não direi isto nunca mais.
Eu tenho uma nuvem sobre a cabeça desde a gestação. Bichos engolidores já estavam lá. Cresceram e se proliferaram em cima do meu armário. De alguma forma sempre volto a eles. Mas eu jamais estarei depressivo de novo.
Pode cuspir, pode abusar, pode pisar. Do peito que alimentou quero distancia nestes momentos em que me enoja e a única coisa que quero fazer é correr o mais rápido possível.. Você cresce com fogo, crescendo a chama queimando a todos que puder se for a teu favor. Como podes ser tão boa e ser tão ruim ao mesmo tempo? Teu olhar confunde, tua dissimulação. Eu só peço : Deus, não me deixe chegar a esse poço de amargura e dependência!E o pior é que nunca enxergaria. Estupidez é perder a vida pra ficar on line. Tudo que perde, a vida que passa. Parasita.
Só preciso de uma passagem e seria um milagre. Eu não sou tão pensador. Poderia arriscar e acabar com tudo, deixar tudo pra trás. Seus prêmios de vida não significam nada pra mim.
Eu não vou ser puxado, viver na gaiola dela e morrer aprisionado só pra ter o prazer de dizer que amei. Só pra dizer que vivi um amor louco, o amor da minha vida. Que amor que faz matar? Há sangue nas mãos das duas partes. Eu só queria não dizer ‘’Sim’’ nunca mais.
Sei que nunca morrerei.
Sei que não sou rei
Sei que talvez tudo seja uma visão de óptica
E que a faculdade seja ela e você.
Talvez ela esteja bem onde deveria estar e tudo que eu deveria ver é um céu sem sua escuridão.
Eu serei aquele cara quieto, a mente doente de um adolescente querendo arrumar uma arma e matar a turma inteira. Urubus, ignorantes gabantes. Nada mudou e eu detesto o rosto adulto de vocês. Quem era o confuso? Posso mandar bala
Voltando pra minha realidade, tudo que quero é fugir
E qualquer um que ler essa merda de bilhete dirá que não tem motivo para tanta rebeldia seguida de suicídio. Não saberão o quanto transbordou sozinho, o quanto se cortou sozinho. O que são agulhadas agora pra quem já fez rasgos na carne?
Você não sabe como é, te ouvir
Ter nojo, você não sabe como é, repulsa!
Eu pedi perdão por todas as vezes que orei por tua morte. Não era pra Deus.. Não era. Como fui mau. Mas por que agora eu faria? Juntar as mãos e sussurrar. Se tantas vezes rezei e jurei para o demônio mesmo sem saber?
Tú não sabe o que se passa em uma mente doente de tanta merda que foste acumulando como se eu fosse teu baú de excrementos. Me deixando por dentro de cada arranhão que dava nas paredes. Não me culpe por tuas fraquezas, por todas as garrafas quebradas e as merdas pelo azulejo.  Não me culpe por seres um fracasso de mulher.
Perdoe-me ... Você é uma farsa. Mas você já foi um exemplo que me enchia de orgulho, que me faz querer tatuar seu nome , porém aquela do passado.
Mas de repente eu era só uma criança que não entendia nada e tomava veneno como água.
Eu não culpo só a ele, eu a culpo também.

E no fim te confesso, eu não me importo com a morte.

domingo, 24 de maio de 2015

Eu,Bem longe

"Alimente-me com mais do seu sangue, Meu senhor. 
Meu corpo estará pronto assim que seus dedos passarem por meus lábios vermelhos.
Manchas de alguma coisa em esplendor. 
Eu jamais poderia imaginar do que realmente meus sonhos eram feitos."

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Fecho os Olhos e Aguento Firme

Um lamento agoniante, choros de séculos Tanto pra viver, mas sem lar pra fazer crescer. Assim foi entregue seu solo permeável. Arvores grandes e bonitas e outras secas fantasmagóricas. Daria um jeito de ser Bela e Fera.
Acompanhamos o eclipse, a lua gigante e Júpiter. Fizemos de pedras comuns, das mais brilhantes. Dançamos sem musica no mesmo lugar onde pedi por você e é nesse mesmo lugar que sangro depois da tua apunhalada. Vomitando gosmas ao chão e desmaiando em cima.
Como se fere assim? Dá-se ódio depois de tanto amor. Desafina-se uma música que passamos anos fazendo. Transformando sonhos em rascunhos de papel, como se eles nunca tivessem saído dali.
Como se cega assim? Ensina-me como dissimular quando tudo que eu queria era sorrir ao invés de chorar. Eu desejaria, além de você,  não sentir mais por você.... Tanto quanto parece as vezes. Pura casca.
Incluir-te-ei sempre nos três pedidos á lâmpada. Sem vergonha nenhuma na cara, continuarei te querendo. Livre de toda sua sujeira, mesmo sabendo que tudo isso faz parte da tua roupa. Não me sinto mais em casa.
Aquele não era pra ter sido o último beijo, aquele que foi dito “ Isso não aconteceu” e eu tive um sorriso.
Amar é se suicidar. Amar errado assim é como matar, a si mesmo e ao outro. Amor que machuca não deveria existir.
O mundo está pegando fogo e eu nem pude me salvar disso...

O mundo está trapaceando e você se igualou a politicagem suja, mantendo seus interesses com mentiras.
Como se aprende a esquecer. Como é aprender a andar de novo? Essa é a primeira dor desse nível, fecho os olhos e aguento firme...

Saudades

Tenho saudade da criança
Do jeito da criança
De quando pedia colo e realmente queria
Tenho saudade de quando o vento batia forte e eu só sentia cocegas
Acreditando que belas flores cresceriam naquele jardim morto
Cheio de bichos

domingo, 15 de março de 2015

Em Tempos Diferentes

Você é a musica que nunca conseguirei finalizar, não por falta de palavras, mas pelo excesso delas
O ritmo começou perfeito, mas antes mesmo do meio começou a desafinar. Eu gostava do som esquisito. Eu nunca gostei mesmo do normal. Era bom poder mudar de um ritmo para o outro como uma sinfonia dramática e não um meloso piano lento.
Comecei a berrar mais que o normal, os sussurros apenas melancólicos depois de tanto sentir a garganta arder e já sem forças no chão. Não precisava ser desse jeito, não viemos vestidos para a guerra e ainda sim nos metemos em bombardeios.
Eu olho pra mim mesmo no reflexo do espelho e nem ao menos me reconheço. O que fiz com o meu cabelo? Que olhos são esses tão fundos e eu mal consigo sorrir.
Você pega minhas falhas e faz grandes pesadelos. Eu já não aguento esse enredo de filme. Está fugindo do roteiro, não era bem assim que tinha que ser, nós perdemos no meio do jogo. Nos perdemos de nós mesmos.
Eu ainda não sei porque continuo com essa gilete em minha pele fazendo borrões. Acabando com meus sonhos, me prendendo cada vez mais por cada vez que sigo meu coração a te perdoar e esperar.
Quase me esqueci dos meus objetivos,do que eu precisava pra ser feliz. Quase me esqueci da integridade, do carinho puro e de como é ser compreendido com leveza. Nesse tempo eu descobri que ser simples é que é o difícil e eu tô disposto a lutar por isso.
Os gritos vindo de dentro me acordaram para que eu consiga ver as estrelas. Rezava enquanto me sentia doente " Olhe por mim". Estava lá escrito no céu que as vezes a gente se confunde, não é o coração, meu filho. Coração não dói, amor também não...
Não, eu não me esquecerei de quem eu sou, de onde vim.
Eu não me esquecerei do que quero e almejo para meu futuro
Carruagens não existem , nem os castelos de areia. Mas tudo isso pode ser mais bonito, acredite.
O meu mundo é mais saudável sem suas nuvens. Nuvens estas que tentei clarear de vez, mas esquecia sempre de lembrar que não se muda ninguém. O que é seu de verdade está lá guardado por mais que por fora você esteja mostrando algo diferente. Você não quer ser diferente, essa é você. Teu tempo é diferente do meu e logo nós que achamos que estávamos na mesma estação.
Eu não quero mais te pressionar querida, você vai ficar melhor sem mim também. Vai ser difícil no começo, mas depois você verá... Quem eu queria que você se tornasse não é você. É muito pra você, me perdoe. Eu me sacrifico demais e cobrei o mesmo de você. Mas você não está no mesmo tempo que eu...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Balão

O corpo responde, refletindo e sentindo, inunda de vontade, mas ao pensar em você é um querer e não querer que sai em briga. Eu não sei que ferramenta você desconsertou, mas mexeu com alguma coisa sem duvida. Mudança aos poucos que não se notava quase, acumulou e agora é um balão.
E eu ando avoado, contente com o que não se direciona ao teu barco. E quando você aparece sou avoado. A calmaria me toma como um remédio pedido a Deus em dias de colera e dor. Já dizia a rainha, cuidado com o que pede menino.
Coloquei a mão no molhado e não secou. Ouvi sua voz e então vento tomou. Quis sair de perto, sair da festa, eu não quis estar ao seu lado. Tive medo e falta de confiança. Por favor, diga-me o que está acontecendo. Por que eu mudei tanto? Diz, diz Deus, eu não vou dizer que pedi sem pensar, eu pensei muito. Mas pedi e ver realizar é algo que vai contra o mais fácil. O mais fácil seria apenas ficar tudo bem. O mais fácil seria ir de encontro com meus sonhos.
Perdoe-me amor, ainda te chamarei assim, perdoe-me. É a hora agora. Ou você faz um boca-a-boca ou você deixa morrer persistindo em tudo isso.
Então vá, faça algo...
Diga algo, pois estou deixando você lá no fundo, escorrer de dentro de mim....
Se é que pode , na altura do campeonato.

Você se faz duvidas o tempo todo, de muro quanto a isso me faço interrogação. Me faço musica para não ouvir o que falas, é melhor já que depois terei que esquecer.
No poço do meu esquecimento há milhares de coisas amontoadas e nada se pode fazer para destruir aquilo.
"Você me entende agora?" Ela disse, e eu pensei "sim" sem falar. Porque calado sou todo momento e calado é melhor ficar.
Amar calado, odiar calado, já estou acostumado, embrulhado, não consigo dizer nenhum dos dois mais.
Você se faz duvidas, se fez passado. Você mostra por exemplos o quanto ainda quer brincar com a faca. E eu me faço paisagem, me faço escudo e fico rigido. E então a culpa é minha porque  eu deixei passar, fingir estar tudo bem e continuar.
Ninguém aguentaria estar ao teu lado.
Estou cansado de toda essa história. Quero uma reviravolta. Você é capaz de uma reviravolta?Se ser gelo ao invés de fumaça? De ser campo verde ou invés de um campo de concentração?
Olha eu aqui de novo, querendo um você diferente, que não é você. É por isso que estou largando meus cartões. Eu não sei mais...eu não sei... Estou trancado, truncado. Com emoções dentro de um pote de experimento. Eu quero voar. Você costumava voar comigo. Agora me sinto preso, limitado. Me sinto prendendo você e limitando você também.
Enorme vontade me deu do nada de beijar você devoradamente e te possuir por completo em um ritmo intenso, longo.. um pouco assombroso talvez. Eu jogaria meu amor em você, minha raiva, meus mistérios, colocaria dentro de você pra ver se te assalto impiedades.
Você tinha que aparecer na minha porta nesse momento, mas não me faça ouvir tua voz, apenas teus sussurros e gemidos. Porque estou enjoado da sua voz querendo saber de tudo que não tem resposta. Me beija e mostra que ainda me ama. Mas eu não quero qualquer beijo, qualquer toque, qualquer silêncio. Eu não quero um sentimento qualquer, porque estou muito limitado a um tipo de coisa indecifrável. Eu nem sempre posso te dizer o que fazer, se lembre disso.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pra sempre nem eu

Gastei alguns drinques, estive por baixo, porque quis estar. Navegando sozinho, sentindo o perigo que é ter uma pessoa do lado quando meus créditos parecem nulos aos seus. Mesmo quando digo não, me contradiz. Estás, não por direito. Convite negro com orelhas nas pontas. Propositalmente. Não deixo sujeira sem um tapete. Não reinvento, apenas invento. E a tua resposta está aqui. Não! Sem convites de casamento. Minh'alma é daquelas que nasceram para velejarem sozinhas. Não quer um aliado, nem sabe ter. Ser. Amigo, não sabe ter, ser. Amante, sim, convite. Porque é descartável. É de momento. Pra sempre nem eu, minha cara. Nem eu...


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O album de fotos com figurinhas de nós dois

Ela prendeu e soltou os cabelos inúmeras vezes, tanto que deu vontade de tocá-los quando da ultima vez me fez vê-lo bater em suas costas. Vire pra mim. Você diz que nada mudou e continua o mesma, sim você continua virando as costas e nós continuamos brigando. Em meio de gritos e ironia eu preferi sobreviver  e sem perguntar o porquê você aceitou, ou não.
Meus passos estavam apressados quando me chamou mais uma vez tentando me fazer mudar de ideia como se eu pudesse confiar de novo. As coisas mudaram, ou não...Mas preciso dizer que nunca, nunca mais confiarei em você.
Seus olhos parecem tão dependentes, eles desviam, mas logo voltam. Memórias passam em teu brilho e o que isso significa? Chuva.. O céu de acordo com teus olhos, tentamos correr para baixo da marquise,  mas a água já confundia-me o que rolava em teu rosto.

“-Há um  lugar para onde podemos ir longe e não tome decisões por mim”
Parece que isso é uma das coisas que mais te irritam, mas veja bem, eu decidi primeiro...
‘’-Você poderia pelo menos conversar e não levar tão a sério o que eu digo.’’
Não dá pra te ver junto de alguém e não ver que tudo se resume a angustia e solidão.
‘’-Não posso fazer você voltar a minha claridade’’
Porque ela se faz escuridão quando o dia renasce
‘’-É conveniente para mim e mais barris de vinhos, podemos ir mais longe’’
Não entreabra os lábios desse jeito, não me faça voltar ao nosso álbum de fotos.
Não me faça..
“-Para longe onde podemos relembrar que as coisas um dia deram certo e nos éramos um casal. Eu irei a qualquer lugar com você.”


Depois dos tapas em cada face eu segui meu caminho, a chuva havia parado e ainda levei um tropeção. Preciso esconder esse álbum em alguma gaveta para um dia talvez... Talvez.Lhe  mostre a última página grafitada "Nós nunca fomos um casal"

domingo, 5 de outubro de 2014

“Não há nada aqui”

A tarde caiu, o chão continua no mesmo lugar, eram apenas vertigens e eu achei que caia, mas não. Me deixas tonto. Questiono-me, sonho pesadelos. Pedaços morrem toda noite e renascem pela manhã. Uma coisa falta, mas seguirei meu caminho. Dia após dia, viver é um presente e no presente me faço. Porque o passado não foi o bastante e mesmo assim inocência não passa, permanece o suficiente para a essência também permanecer.
Deus me guie pra casa. A alma confortada. Um dia estarei neste lugar que tanto rodeia a minha mente.
Deus, porque tudo muda? As coisas não estão do mesmo jeito. Os olhares mudam, as arvores são derrubadas, colos não são mais procurados. As pessoas mudam de direção, banalidade aumenta cada vez mais.
Deus, o que acontece que todos estão se tornando cada vez mais vazios. As pessoas não insistem ficar (de todos os jeitos), desistem, não olham pra trás, tornam tudo descartável. Olham para o futuro esperando o que não fazem no presente.
Não há nada aqui que me faça pertencer, eu preciso escapar. Voltar ao mundo que eu sei que estive, antes daqui...
Isso não é uma carta de suicídio. Isso escrevo e não quer dizer que eu esteja querendo perecer ou em desespero com a vida. Tú sabe das minhas linhas a mais.
Está tudo correndo rápido, o ponteiro, as pernas na rua, as minhas inclusive. Mas há muitos sonhos dentro da minha cabeça. Sempre teve... Ando riscando frases numa lista de desejos, uns eu desisti, outros já foram alcançados. Estou ficando velho para algumas linhas, mas isso não me preocupa muito.
Estou no passado? Estou no presente? Isto é presente? Meu passado antes do. Não há nada aqui para eu ver, não há... Por quê? Deveríamos saber, sim. Eu queria ter o poder de mudar o que eu quisesse. Eu tenho, mas não tudo. Uma gota no oceano, dizem que faz a diferença. Isso seria o pensamento de todas as gotas? E se elas não se coincidirem no desejo. Assim como dois irmãos que seguem caminhos diferentes... Assim como amigos que dizem Adeus por dizer ou maldizer.
Deus, o mundo é mal e receio que nunca foi bom. O mundo que é bom às vezes é pura utopia. O mundo bom está dentro de nós esperando pra sair, pra sonhar, pra dizer e não mal dizer. Para fazer e refazer, acredito sim, refazer. Transformar.
Eu quero viver o suficiente para fazer a diferença, para fazer tudo que vim fazer.
Traiçoeira vida, justa vida, caminhos múltiplos. Por quês cheios de respostas. Qual delas? Nenhuma. Uns morrem sem nenhuma explicação, ou todos. Apenas com achismos, com finalizações feitas por si, malfeitas.
Não há nada aí, você não pertence a esse lugar, foi jogado por mim e não pode correr. Apesar de ter vários buracos e ruas.Terá um fantasma em cada esquina, um erro, lágrimas, raiva. Mas brindar-te-ei  com uns sorrisos. O bastante, para ter forças para chorar de novo. Pode fantasiar, mascarar-se. Pode sofrer, padecer. Pode dizer que ‘sim’ e que ‘não’, mas nunca saberá quando dizer, qual o correto... Escolhas! O “ Não’’ pode ser correto sim, não discuta. Aprenda-o. Será o mais usado se for astuto. Sofra garoto, não há nada aí. Mas cumpra tua missão. Por enquanto digo-te “não”.





quarta-feira, 17 de setembro de 2014

E a arte, ela sempre existiu...


Papel branco e tinta disponíveis, ele sabia se virar por 7 em 1. Pinturas e palavras organizando-se em textos. Pouco sabia diferenciar um poema de uma poesia. Seguia suas escritas Alá Cazuza, sem rimas e sem regras.
Quando oferecido 1 moeda corria feliz por um doce branco.  Sentava debaixo da arvore com seu caderno amigo. Com os dedos manchados de caneta como sempre tinha. Namorando as folhas que mexiam de leve com o vento.
Apaixonado pela manhã, bem cedinho sentava-se à mesa de dama, dizia que o banco era pros fracos. Escrevia suas histórias. Contemplava as flores amarelas que tomavam aquela mesma arvore que mais tarde o protegeria da chuva e teria seus lábios aquecidos.
‘’Quanto tempo será que preciso desejar para então a lei da atração do Universo acontecer?”
E nesta praça passou toda sua vida, o banco servia-lhe como cama quando seu pai perfumado a álcool insistia em tirá-lo do conforto de sua casa. Podemos matar o tempo e quando voltarmos vai estar tudo calmo. Sujo, mas nada que uma limpeza não resolva. Passava a mão pelos cabelos de sua irmã. Era bom que ela continuasse a dormir para não notar no dia seguinte que saiu da cama no meio da noite.
“Quanto tempo dura duas horas? Parece umas doze...”
De frente ao portão da escola, monstros com duas cabeças estavam por todos os lugares. O que fazer senão correr? Suas costas arrastavam pela parede chapiscada, ali sentado aprendia mais do que na sala de aula. Pelo menos me lembro mais das historias que criei naquela rua, o caminho pra Marvim, do que das matérias.


Sonhos que são sonhos sonhados com força, deixam de ser sonhos e viram realidade. Apesar de hoje eu ser quem sou, a criança do passado sempre estará lá e do mesmo jeito. Feliz por agora ter certeza que tudo irá passar.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Nublado

"Me dê um pouco de tempo, queimaremos isso"


O tempo fechou-se depois de dias de sol e loucura. Um tormento gritou amor com cordas vocais arranhadas. Sabia que não ia demorar pra ficar sozinho e aquelas pinturas já não estão mais na parede. Eu disse que elas iriam embora mesmo que depois que eu achasse meu canto favorito e pensasse que nunca revogaria. Tudo acaba e acaba pra começar de novo. Como o sol...
Daqui de cima vejo os planetas passarem tão grandes e tão perto, ninguém pode acreditar no que estamos vendo aqui. Registrando, fotografando não conseguimos alcançá-los, apenas no olhar. É o que se pode ver e só ver. É o que se pode sentir, mas não pegar pra você. Somos honrados apesar de tudo, nossos olhos podem ver, mas poucos dão atenção.
Ao fim do espetáculo, o que fazer? Vi sua cara de ódio em um sonho e onde está você? Nunca me pareceu tão terna daqui, meu bem.  Incógnitas me entopem quando esse contexto derrama. Estávamos de frente á igreja, não gostava enquanto eu ria. Articulamos mente e contrários... e depois então eu corri...
Deitei aqui e não sei se quero o Raío do sol, porque fiquei feliz quando vi o céu nublado e senti que tudo também nublou dentro de mim. Às vezes acho que deveria deixar tudo ir. Algo me diz que pecado é escolher ser infeliz. 
Abrandado. Que poder é esse que tens de vitória e fracasso ao mesmo tempo? Que mania é essa que temos de atirar pretensões contrárias e ensejos momentâneos.
Atiro-te um sapato, tu me atiras uma pedra.
Eu grito, tu cala. Eu calo, tu grita.
Manifestando amor e descontentamento.
Precisas de fé, porque amor já tem. Segure a fé. Ame-me.
Amo-te com fé e pouca paciência de um tempo em diante.
De um tempo em diante...
Balance o corpo, deixe os cabelos sobre o vento. Estamos dançando e gritando por amor e livre-arbítrio.
Eu tenho cobiçado mais o gosto dos teus lábios, você por perto, não estrague isso. Não estraguemos isso. Porque é ruim querer e não querer ao mesmo tempo. Eu não quero mais sentir aquilo nunca mais. Pensar em deixá-la ir. Saber que pensa o mesmo.
Balance o corpo, deixe os cabelos sobre o vento. Estamos dançando e gritando por amor e livre-arbítrio.

Ame-me, no entanto com fé. Porque eu te amo assim.






quinta-feira, 19 de junho de 2014

Demo-nos

Sinto cair flocos de neve. 
Atravessam a vista, transpassam. 
Eles caem. 
Bolo de neve nos meus pés. 

O frio me corta e me mata até eu não sentir mais. 
Joga asteroide ao invés de neve. 
Joga e destrua tudo. 

Livrai-nos da maldade, da vida perdurada em sofrimento. 
Livrai-nos e deixa-nos acreditar por que olhos veem, não só porque está escrito. 
Leve-nos para  o paraíso onde o mar é raso até o fim. 
Ou para o inferno, para que nos classifique de vez nele. 
Mas não aqui. Aqui não. 

Dias de neve e dias de fogo. 
Quem não sabe viver estará sempre com o pé nos dois morrendo a cada vez. 
Mas quem sabe viver sabe aproveitar cada um. 
Como uma planta que precisa de sol e chuva, 
Também precisamos do bem e do mal, da dor e da alegria.

Livrai-nos de uma vida censurada e controlada. 
De uma vida onde tudo é só doce. 
Demo-nos  a água de sal e açúcar e saberemos assim lidar com os gostos diferentes.

O Sol bate na cara, mas não vejo como um tapa. 
Preciso suar para livrar-me da febre.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Ingrata!

"Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles."
(Victor Hugo)

Isso já estava acontecendo há tempos. Anos. Esse frio dessa nuvem em cima de nossas cabeças. Mas eu não queria achar a saída de vez pra me dizer sozinho siames.

Hoje ouvi tua gargalhada, mais de uma vez. Hoje eu pequei o que achei há tempos para te excluir.

Nessa tarde, o sol queima sem dizer chega. E ele esquenta mais pra mim do que pra você.

Nessa tarde em que você ri na guilhotina. Na minha guilhotina.

É a hora, é a hora.

Mas meu coração não deixa, porque neles há memórias, há teu sangue correndo em minhas veias. Eu odeio o que você se tornou. A falta de sentimento, a falta de carinho, de compreensão e compaixão. De irmandade. E eu odeio não conseguir usar esse facão e te matar de vez.

Irmã ingrata!
Se acha forte, mas a ingratidão é uma forma de fraqueza.
A fortaleza também se engana, mas de si mesmo acho que não.
Raio em tua consciência. Como nuvem preta pesada.
Se consegues dormir com isso, condeno-te frieza.



segunda-feira, 28 de abril de 2014

E o tempo vai passar... II

Na verdade não. I was wrong.
Descobri o que eu já sabia e você foi onde disse que não iria. O lado bom, ainda estava na cidade e mesmo assim disse não. Talvez eu mereça e seja só isso. Agora também, fico mudo. Mudo para explicações de não querer. Mudo para seu selfish. 
Disse não para minha dor, talvez porque a sua é maior e não poderíamos curar isto. "Não " é não. É isso, somente não. E que Deus te acompanhe.

E apesar de saber que o tempo passa quero estar mudo para a noite, mudo para minha vida a partir de agora. Como um voto de silencio. Estarei em outro lugar e ordeno que tudo fique nesta noite. Na noite em que não estarei.

E o tempo vai passar...

Eu queria tocar as borboletas e elas viraram vaga-lumes, quando eu vi estava sentado sozinho no parque e o vento era frio. Senti suas mãos quentes em meu rosto, e me deu um beijo demorado. Do jeito que eu gosto. Talvez fosse um pedido "me segure" e talvez eu tenha demorado a perceber isso. E logo estava frio de novo. Oh não, começava a ficar frio .
Eu tenho uma mania feia. A do “Detrás pra frente”. Porque é normalmente assim que vejo as coisas, já vendo sete palmos da minha vista e sei programar o momento, mas nem sempre sai como planejado. Não foi isso que planejei, ou sim. Foi sim. Isso que eu quis fazer até o fim, mas não era o que eu queria que você fizesse. Porque eu não faria isso no teu lugar. Nunca te deixaria no frio em meio da tempestade sem nem ao menos oferecer meu corpo de abrigo. Mas talvez eu não tenha entendido a charada. Ou estava doendo demais para perceber isso. Porque normalmente eu preciso ser forte por dois.

Então um raio caiu, e apagou minha fogueira. O nada se fez aos meus olhos. O nada que eu queria horas atrás. Mas quem disse que no fundo eu queria estar só? Às vezes só precisamos de uma insistência. Oh, essa pessoa realmente se importa. Mas o seu dedo antes de apontar pra mim, está virado para si. Pobre garota julgadora! Nem ao menos sabe dá uma ré, mas enfim, que Deus te acompanhe.

E fique sabendo que você é tudo que eu preciso e hoje ...


Bem, o tempo, ele vai passar...
Ele passa rápido. Mas isso me afeta porque tenho que passar por ele mesmo assim.
É como atravessar uma rua fria curta, você sofre com o frio, mas logo acaba a estrada.