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terça-feira, 20 de junho de 2017

Teu sexo viciante

Neste instante já não sou nada, 
somente corpo, boca, pele, 
pêlos, línguas, bocas. 

E a vida brota da semente, 
dos poucos segundos de êxtase. 
Tuas mãos como um brinquedo 
passeiam pelo meu corpo. 

Não revelam segredos 
desvendam apenas o pudor do mundo, 
descobrem a febre dos animais. 
Então nos tornamos um 
ao mesmo tempo em que 
a escuridão explode em festa.
(Claúdia Marczak-O segredo da noite)



Estava eu pesquisando papeladas do trabalho, quando ela me liga com aquela voz manhosa  e aquele sotaque que não resisto “- Amor, vem me buscar”. Como combater a isso? Imaginando sua boca carnuda, nesse momento, bem coladinha no telefone, pedinte. Idealizando sua cara safada. Consegue imaginar a minha? “-Ok, irei resolver teu problema”, respondi, prometendo atender seu pedido de uma paradinha em algum lugar. Como consegue me tirar do sério pro sacana numa linha tênue tão facilmente, eu não sei.
Agilizei tudo e cheguei mais cedo porque com aquela voz e aquele pedido, eu não pensava em outra coisa. 
“-Veio trabalhar pra matar assim de propósito pra me pegar na hora da saída?”
“-Não via a hora de chegar a hora da saída.”
  Avançada, sentou em meu colo enquanto eu dirigia. Estava mesmo afim de uma aventura, perguntou o quão centrado estava na direção e resolveu me testar. 




A expressão ‘Cair matando’ é ótima para a situação. Às vezes a visão da estrada embaçava, mas até que estava indo bem, não cometi nenhum acidente, apesar de manter bastante os olhos fechados. Obrigado às grandes retas que a vida dá. Deixe-a com as curvas.
Paramos o carro á deriva da estrada e nos enfiamos entre as arvores. Ela definitivamente não queria parar de ‘matar’.
“-Eu te disse ontem. Te disse que estava com saudades.” Ela gosta de falar com a boca cheia e eu... Eu gosto de olhá-la tão mal educada.

Tão esfomeada e tão excêntrica em suas variações. Anjo e demônio. “-Puta que pariu! Ah, Você é a melhor!”. Sem boca fechada... Que seja pra gemer, falar, respirar, xingar. Ahhh...xingar! A verdade é que não conseguimos ser mudos. E que não te mudes, meu bem.
Somos só eu e você quando todos se vão, isso porque mandamos todos pra puta que pariu enquanto ainda estão aqui. Não existe mais ninguém. Tua boca se encaixa em qualquer parte do meu corpo. E eu me encaixo em todo teu ser. Sou eu atrás de você e teu corpo contra a árvore. Somos eu e você em qualquer lugar. Exalando..Transpirando veleidade, bel-prazer, tesão,... amor. Até chegar no auge e morrer por instantes de... amor. E então ressuscitamos num beijo, sussurrando gemidos após gozo da maneira mais suja possível. Adentro, na cara, no corpo, abocanhando e engolindo tudo. Eu e você e mais ninguém. E isso vicia. Estou totalmente viciado neste nosso ritual.

domingo, 17 de julho de 2016

Avec Arme

 Aperto suas mensagens em meus lábios. Toda essa sensualidade me faz esquecer teu nome e lembrar como um saco de balas. Estou sendo condenado por um demônio e você não faz nada, você respira Humm..
É porre dos seus lábios
Eu posso ser sua vítima
Podemos nos trancar naquela cabine e então
Aleluia!
Mais um feitiço pra mim. Agasalho-me em tua pele agradecendo ao inferno
Aleluia!

Eu cheiro a matéria ruim, você gosta do meu chapéu e do jeito que meus olhos te fuzilam. Estou em revolução por dentro constantemente, da guerra santa á guerra das bruxas. Aleluia! Faço-me entre tuas pernas, apenas anjos. Mas esse é o som do teu inferno, com sinos. Uma bala na minha cabeça. Toque seu tambor pra mim, mas não prometo que iremos até o fim da floresta. Demônios não prometem nada de verdade. Mas eu posso mentir. Meu bem abaixe a arma. É mais um fetiche? E o louco ri. Também tenho uma arma e não ligo se me mata no final.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Libertinos

Era um cano dos grandes fazendo fumaça, estava jogado no canto, em cima da pedra.
Era a camisa branca molhada de suor e suja do dia, vagabundo
Era um rasgo do canivete bem no meio, irreconhecível
Era sangue de honra falida, um perdido
Olhos não se viam pelos cabelos, apenas ao levantar a cabeça.
Decepcionei, sinto isso, mas não liguei
As entrevistas foram improvisadas, mas duas iscas.
“Então, estou pronto pra vocês!” Ele disse como se tivesse se cansado no banho.
As duas se juntaram à mais duas, caídas. Elas não deveriam estar naquela grande sala. Um quarto improvisado de libertinagem. Uma virou pra outra e disse que queria partir. Mas como? Trato é trato. Serão pagas por isso. Sem abortos.

Mas eu, estava chapado demais para encarar os degraus.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

KaBuM!

Então me esquivo e quebro tudo, sem limite seus gritos. Foram os alucinógenos e ainda põe a culpa em mim.
No auge das drogas, poderíamos ser mais. Subimos e subimos e quem dirá ir mais longe. Chegamos nos tetos e pisamos nos cacos de vidro. Nossos pés nada sentiam, gostávamos da cor do sangue. Excitante e tão certo.
Você pode bulir. É bel-prazer,  tão doce. Paralisam nossos pretextos. Querer e não poder

Você chora, você grita. Eu brigo e viro as costas. Você me empurra e me soca. Eu te agarro deitado no chão. Então você faz força e toma um pouco disso. Se sentir em predomínio é sua ousadia. Então eu puxo isso e despedaço tudo . É só pecado, é só magia. É só um pouco disso e isso te sustenta. Mais uma dose. Louca demais. Mais um pouco e overdose, isso é uma vitória. Sobe e kabum. Com tanta força, trágico. Suas mão escorregam suando frio. Mágico e não trágico, se confunde com o deleite. Como se fosse um dragão desaforado. Que fatalidade é essa nossa dedicação.  Era tão escuro, tão preenchido. Era um milhão igual a zero. A dor persistente que te fiz sentir, o dedo insistindo na ferida aberta. E mesmo assim pedia por mais, tão masoquista. 
Já foi a época que fazíamos historias e pulávamos na chuva, nos sentindo como Deuses. Era Poseidon e tua cina.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Wake Up

Te acordando de manhã. Oh vida complicada, oh sono pesado. Mas sem pena te protejo do inverno, mesmo que te descubra de lençóis. Mesmo que te descubra em gemidos. É verão aqui dentro. Acorda, assim com a minha mão a te despertar. Não perca o momento. Carinhos intensos de suar. De fazer tremer. Despedaça flor. Alarme o silêncio e tente contra meus dedos com palavras incabíveis. Não quero conversar. Quero zombar da sua sanidade. Respirar tua pele , arrepiar e sentir. Já está na hora de acordar desse sono . Ver amanhecer a vida de hoje, um novo dia que direi parabéns por ser hoje independente do dia que seja. E vou me segurar mesmo querendo rir, quando te complica nos números. Um novo dia que te amarei tanto quanto ou mais que ontem. Onde números só valerão até 5. Mas só permite 3. Permita-me inteiro?

domingo, 1 de março de 2015

Blind


Minhas mãos estão em seu pescoço, você disse que não quer sair. É da minha saliva que você mata sua sede. Menina insaciável pronta para o combate. Eu poderia te matar em alguns segundos, responder educadamente a todas as vozes ao meu redor. Você não sabe, as vezes elas gritam e eu fico cego.
Ela passa a língua em meus lábios, o gosto de sangue parece que a deixa como bicho. Minha princesinha canibal, você não terá saída se eu te bater bem no fundo.

Você pode ver, mas eu estou cego.

Um golpe de pernas, ela é "x" . Me prende anestesiante, denegrindo todo o passado angelical. Escolhemos quebrar a nuvem, descendo como raio seguramos o ultimo suspiro ao quebrar as regras.

Quem é o mundo agora?

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Eu imploro que você devore. Devorar!

I crave you to devour. Devour


Se eu pudesse escolher um som teu preferido, jamais conseguiria. Os cânticos de seus gemidos ecoaram no quarto. O timbre que vai e volta. O efeito sonoro diferente a cada solavanco. Brusco, forte, porque é assim que ela gosta. Sentir-se dominada, sentir-se a presa.
Os lábios separados molhados por sua língua ou minha boca, tão sexy quanto seu batom borrado. Gata Borralheira quando sorria. Contraste de beleza e sedução.
À vontade, devorar.
Meiguice, atassalhar.
Entregue a mim. Ao seu monstro, minha bela, não deixe que olhos celestiais te driblem. Se entregue até não sobrar mais nada. Tendo em total claridade de ideias de que perante a ti eis a besta.
Ela finge que entende, se faz  doce, diz o quanto gosta da minha alteração de personalidades. Eu sou um ator, um fingido. Sou um promiscuo, a aberração de pensamentos sórdidos. Eu sou quem abre o caminho para você passar e bloqueio quando quero.
“Gosto dos dois. Dos dois lados” Ela disse. Mas me arrepia com essa ironia, esse estado felino voraz. Desse tipo como faz minhas costas baterem forte na parede. Quando enrola os dedos em meus cabelos e puxa enquanto beija.
Meu sorriso é sarcástico e quando este se libera é um bom sinal. No fundo todos gostam de se sentirem domados por tempos e donos da situação em outros. Mas não sei ficar muito tempo por baixo.
O som como um adicional de pimenta. Estava mais cáustico a cada ranger de dentes. Era o que começava a fazer sempre que partia para um beijo alucinante. Arrancava suas roupas, sem rasgos como ela adorava fazer, porém não me portava como um menino bonzinho. Seu corpo parecia dançar ao acalento quando a empurrei na cama. Quem disse que ela não gosta do lado bestial? E do meu corpo tapando o dela com sobras. Para que minhas costas ficassem livres ao teto e então ela poderia arranhar com liberdade pra cima e pra baixo consecutivamente. Ranger de dentes e beijo. Aquele que lábios se esfregam. Um beijo carente de oxigênio. Aquele que a noção do tempo é totalmente perdida. Sempre que nos perdíamos em um beijo inocente inicial, não sabíamos lidar com o fim de um simples beijo imaculado.
Ela não gostava de ter seus gemidos impedidos, eu sabia, mas fazia impedir só para irrita-la. Para fazer cólera. Respirações corriam quarteirões e nós ali sem sair do lugar e nem mesmo rolar. O beijo virava lambida. O arranhar virava mordida. Ela sempre pede no começo que eu a invada. Mas não. Te farei sofrer.
Seu corpo seguia em ondas sem mar. Se sentia presa e inquieta com o seu pedido não atendido. Ela não precisava falar, eu sabia. E eu não precisava dizer não, ela sabia que teria que esperar. E por seus risos tentava manter o controle, ou fingir que tinha algum.
Seu corpo como uma aventura. Adorava senti-lo se contorcer. A realidade mexer com o imaginário. Provando oras certo e oras errado. Meu desejo estava sendo realizada, com sua permissão entre suas pernas. A língua quente que te fazia gemer enquanto em círculos nos dava prazer. Olhava para você enquanto arte. Bolas azuis encontrando teu sorriso maldoso. Gostava de ver sua feição, seu requebrar alem de sentir suas mãos inquietas. Gostava de ver e outros momentos, apenas imaginar... Brincar com a realidade, trazendo para meu imaginário. E depois, pagar pra ver.
Sou feito de provocações. Constância é grátis em presença. Gosto de comandar e gosto de fingir que comandas.
Serpente afiada? Vários animais em um, ela é. E uma viciada. Sim uma viciada acamada e em todos os cômodos. Dar-te-ei a droga. E então a caça contra o caçador, a serpente deixa de ser tu. Sorriso maldoso agora meu, a encarando perto. Tua boca a retorcer. Demência. Meu fraco. Seus lábios em tentação. O veneno vinha deles, molhados pela língua. Minha e tua.
Seu corpo se eleva, parecem andar pelos lençóis de cetim. Em decorrência, sua cabeça no vão. Eu brinco: ‘Logo estaremos no chão’. Ela não se importava se chão ou não, se inferno ou céu. Ela só queria estar ali me encarando o quanto podia até não resistir mais. Respondendo prazer, me fazendo sentir os extras. Segurei-a para que não caíssemos e isso nos fez uma concha fechada. Colei minha testa na dela e enfim fechei os olhos, estes que não te encaram e nem te engolem mais. Agora é céu. Sentia-se paixão. Soltei um gemido contido quando o peito apertou. Mas nem todo tempo é céu. A vida é uma montanha russa e o inferno chega, afinal é preciso rodar. Encaixei-a em cima de mim, meus joelhos afundavam na cama e minhas mãos afundavam seus ombros. Venha, venha. Estava eu chamando sem voz, eram os olhos, era a minha boca:' Venha, venha agressiva.'
Era como pedir. “Senta com vontade indecisa e decidida. E assim consecutivamente.”



Artes, artimanhas. Brincadeiras por força de braços, levantamento de corpo. Na maioria das vezes voltava eu ali tapando mais uma vez seu corpo. De mandante. Insistia na armação. Era como truque a resistência. A empolgação vinha de graça. Mentos. Ápice.
Arte é para os criativos. Força para mim. Tu és como uma bonequinha de pano a comando de meus braços fortes. Miados berrados são para os gatos. A gata é você. E eu sou aquele que derrete tuas armaduras. “Ela vulcão e eu Dragão.”

“Perfeito. Quente. Incendiador. Vindo de dentro. Calor como larva de um vulcão. Prestes a entrar em erupção. No final, só destruição.”

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Minha EVA

Se há alguns anos atrás alguém me dissesse que teria uma pessoa que tiraria meu fôlego, que me fizesse acreditar que a porra do amor existe e permanece, eu riria com certeza. Eu nunca me importei se doía ou não. Eu também nunca quis alguém que fosse mais especial do que eu pra mim. Também não sabia que eu chegaria a me sentir como um verme ás vezes. Deve ser a maneira como você me olha com as sobrancelhas arqueadas.
Fico me perguntando por que você existe? Será que é como você diz? Que realmente tens minha costela? Isso é engraçado e dói tanto quanto sua mão deixando hematoma em meu peito por um tapa. Ou quando arranha minhas costas sem clemência A ardência e deleite que só teu sexo tem. E se dizes que está pela redondeza não seguro meu riso até te achar, e depois também não. Nunca ri tão frouxo em toda minha vida. E isso dói a barriga as vezes como a tua quando faço cócegas e me pede pra parar, implorando e rindo desesperada. Sei que não implora, mas tenho algo pra você, sempre tive. Coma! Por que eu te dou direito mais dever de fazer o que quiser, como eu, o teu.

Se há alguns anos atrás alguém me dissesse que teria uma pessoa pela qual eu daria a minha vida, eu debocharia como só eu sei fazer. Eu não me importo se vai doer mais ainda ou não. Eu quero continuar amando você.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Indianás Pã

Dança! Dança esses seus olhos, índia. Colírio absurdo. Cega, desencadeia. Desejo atormentado. Entra e sai, esperneia. Viril, audaz. Simples movimentos. Mais e mais. Estorva, aprenda-me. Enlaça as pernas em meu tronco. Equilibra-se, desconcentra-me de paz. Estapeia em falso. Sagaz. Mesmo correndo contra o tempo não se perde em ponteiro. Vale nada, Satanás.

Dança! Dança índia dança. Realize o acaso que infrinja, seja. Contravenha tudo que não foi antes. Louca! Seja louca! Permita-se desvendar mais que os simples mistérios de qualquer um pra tanto faz.  Pois esses são mais dementes, memoráveis. “Gemente”. Esses nos faz ser e querer sempre mais. Apenas este nos satisfaz.


domingo, 3 de agosto de 2014

Fodidamente Loucos

Tocou meu corpo com sua mente. A mente com um piscar de olhos.
“Acabou agora depois que você fez tudo que tinha que fazer?” - Perguntou.
Cuspi minha vida na sua, vagabundo.
“Fez tudo que tinha que fazer e agora satisfação?”-Perguntou.
Peguei as pedras e joguei no espelho a sua frente. Eu não quero mais, fantasia vestida de preto. O chicote de minhas mãos forçando nas minhas costas. Você come um doce e acha justo. Minha pequena criança em seu vestido rodado. Aquelas flores pequenas nele te deixava sentir, menina brincando de roda. Mas este vermelho apertado, louca!  Perdidamente louca.
Eu não viverei sem as rodopiadas constantes. “Mas está acabado agora.” Disse.
Minha mente fez o que tinha que fazer e matou o que tinha mais abaixo. Lado esquerdo do  peito. Hematomas. Renascimento. Encontraremos-nos no fim sombrio e insano.
“Eu posso ver suas cruzes, sentir suas preces. Mas você bebe sangue e se vai.”
O tempo todo era você que estava rezando. Minha boca mexia, mas não saia nada.
Camuflado.
Inconstantemente louco. Liberdade, amamos. Estamos fodidamente loucos. Correndo na praia a noite, no frio. O que é o corpo? O que é o físico? O que vamos levar?Neste momento, agora, está valendo o que sentimos. Alma. Eretismos.. Fodidamente loucos deixando nos levar numa canção elétrica. E tudo em câmera lenta. Está abafado e retardatário, é normal.  Somos loucos do mundo pedindo por graça.
Por graça, por sol. Luzes de diamante na noite.

Seremos a canção fraca de fim de festa quando o dia amanhecer.

domingo, 8 de junho de 2014

Frisson




A água de sua garrafa com gelo está enchendo sozinha. Com o tremor foi jogada ao chão. Este sou eu, possuindo você. Dentes de vampiro, olhar endemoniado. Sou eu e meu sorriso letárgico. E essa é você. "Uma bruxa. Uma sugadora de sangue. Um demônio." Mas quanta aposição! 
Você agredindo o silêncio. Este é seu plano B? Ou não, apenas libido falando mais alto.
Ainda ouve minha oração de pecado? Ela atravessou o espaço das emoções. Ela se pôs sentada a minha frente, ela atravessou o objetivo como um réptil, se enrolando preparando para matar.
Contra a boca, fazendo desaparecer. Batendo á parede, impelindo, querendo ultrapassar o que não tem passagem. Dissimulando com a língua atentada aos lábios de sangue. Uma sede irresistível à dádiva recebida."Sensacional"


terça-feira, 22 de abril de 2014

Como antes..

E seus olhos proferiam tudo quando os lábios nem se manifestavam
Os gritos não careciam sair, mas mesmo assim quiseram.
Como os dedos berrarem de seu jeito para colocar tudo pra fora
O que acarretava e o que era mais importante do que só mais uma transa.
Os sorrisos em circo diziam.
As palavras altas em luxúria.
Amor em urro.
Apagavam junto o que estava escrito a giz no quadro negro uns dias antes
Como um aviso em desaviso

Tudo ainda é como antes...

E eu te amo mais que ontem.

sábado, 8 de março de 2014

To share our love

To a fim de devorar.
Você.
Teu lado “mute standby”
A fim de devorar tua escrita, tuas imagens.
Deixa, deixa
Eu te devorar por igual
Antes de completar este tal com perfeição
Deixar tudo desigual da maneira que te deixa louca
Ou parecendo uma, com os cabelos emaranhados.
Estou a pensar e imaginar tua pele
Tua risada
Teu desconsertado consertado
Será que consegues arrebentar a corda e pular pra cá
Ficaremos onde ninguém possa ver
Só eu e você

E você, tem sido tudo que eu estava querendo encontrar.
Alguém pra somar e não multiplicar por encanto/enquanto
Alguém que soma e não queira colocar o sinal de igual ao fim
Alguém que só soma e não some
Alguém que soma e não me faça sumir


To a fim de te devorar e isso seria somar ao quadrado
To share...
Quant..

Love

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

O copo se quebrou, escorregou dos seus dedos. 
Eu não sei quem matou primeiro, mas agora estamos aqui... 
Teus lábios sussurram. O que fizemos com nosso ímpeto? 
Sem volta pra casa, porque queremos assim. 
Sem destino ao acaso. 
Estou doente? Estou apagado? Não, só estou morto. 
Vivendo como um zumbi. 
Estou morto diante a evolução para guerra. 
Morto diante ao perigo nas ruas. 
Morto para o carnaval. 
Morto para meu aniversário.

Na vida, a gente se sente mais morto que vivo? 
Isso é comum? 
E na morte nos sentiremos vivos ou mais mortos ainda?
Por que quando falamos de vida, lembramos da morte?
E quando falamos de morte, tocamos em vida?
Mas ainda sim, tudo seria pior se viesses dos lindos lábios teus.
Então dependendo de como fosse
eu morreria e ainda estaria vivendo
Ou vivo e morto por alguns instantes
Até que me faça acordar de novo com algum folego constante..

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Quimera

PART I


Respira, respira. Liguei pra você e nem ao menos sei o que dizer. Apenas me desculpe por não querer tanto algumas horas e em outras te querer a todo custo.  Antes de pegar nesse telefone, te imaginei ao lado da minha cama. Então eu te surpreenderia e você gritaria o meu nome e não seria por raiva. Não sei bem o que acontece quando o assunto é apenas eu e eu mesmo. Um dia quem sabe eu consiga frequentar algum médico que saiba do meu caso melhor dos que já passaram. E a culpa não foi de um ou de outro, foi apenas minha.  Sussurro no teu ouvido como gostaria de ouvir. Mas a minha mente sempre está a frente e nem sei como pensa tanta coisa ao mesmo tempo. Eu preciso de um lugar para descarregar os sonhos e os pesadelos. Para ser quem eu sou ao extremo, sem medo do desespero ou da angustia. E o que eu não sou também. Porque nós não somos todos os nossos pensamentos. Estarei rodopiando e fazendo a dança da chuva mesmo sem chuva. Estarei cantando Frank Sinatra em pleno século 21.  

PART II


Mas respira, respira. Eu ainda não liguei pra você e também nem poderia me atender, se fosse o caso. Eu gosto mesmo de dizer olhando pra você e sem que você ouça me comunico com teu espírito. Sua alma me ouve, pois ela se ilumina em seus olhos. E sorri pedindo que eu a envolva, assim faço. Então não precisamos dizer nada, quando tudo é dito em um beijo. Mais puro desejo. Mais sujo desejo.
Tua boca sangra e eu me alimento da tua envoltura. Satisfaço-me transmitindo, desejo sujo, amor acima de tudo. Se alimente da minha loucura, junte os pedaços de insanidade, mas jamais cole no painel são. Vá se alimento do meu liquido alucinado, mas não queira me entender. Nunca tente me entender.
Engula-me, me devore, mas não me entenda.
Decifrar um louco não é tão fácil. Minha loucura grita. Quero-te gritar. Gritar no meu, quero. Gritar dentro da sua boca. Explodir, manguaçar, eu quero liberdade acima de tudo. Somos pássaros livres num mundo imperfeito por fora e perfeito por dentro. Inteligível a sua catástrofe, á sua natureza.
Sou vento, furacão, sou fogo, vendaval, chamas, faíscas.
Fogueira que apaga e acende de novo, interminável. É o desejo de sugar tua alma, teu coração, teu sexo, tuas expectativas, tuas exclamações, teu “eu” em “mim”.
Vou exorcizar teus demônios, fazer entender tua vida, tua trajetória. E saberás o porquê de estar aqui. Sou muito maior do que vê. Sou um gigante, brilho intenso. Sou tudo e todos, pra ti, na rua, em casa, no seu quintal. Sou sua mente, mente, delicio-me. Vingança só faz meu tipo quando estou sobre teu corpo na cama. Então irei te fazer sofrer com o prazer que é causar dor e rir.
Transtornei-me, me embriaguei em lembranças ocorridas e/ou não. Fantasias de céu e inferno. Se endivide. Eu não ligo. No fim, terás que pagar de qualquer jeito e o preço será caro.

PART III




Mas por agora largo o telefone, levanto da cama e ando sem roupa pela casa. Apenas questão de tempo para estar debaixo da água. Não a que caí la fora... Ainda não quero purificação de Deus, não enquanto eu não te passar meus pecados para pegá-los de volta depois. Transmissão sanguessuga. Cuide de mim porque eu não estou aguentando comigo mesmo. Estou sendo exprimido, preciso soltar. E tem que ser em você. Bem em você.


Pleasure and pain

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Three shots, love and betrayal

Então esse é o fim? Aqui no chão com três tiros no peito, misturo amor com vergonha. Isso é hora de morrer? Melhor assim, penso por ter que encarar aquela por quem sinto vergonha. Minha vida já estava acabada ali e morrer talvez tenha sido um acalento de Deus.

Eu não era pra ter ido ao encontro. Era como encontrar com o diabo. Levei a corda para me enforcar, era o desejo incontrolável. Só pensava em seu rosto, em como encontraria suas feições. Era o ultimo dia de minha vida e eu só não sabia que era literalmente.

Quando avistei o loiro iluminado pelo poste senti bater mais forte. Ela se virou e seu rosto era sério. Eu não me senti sério, mas minha fronte estava enrugada. Estava flutuando, mas os passos eram pesados para as pernas que formigavam. Já estávamos de frente um pro outro e eu nem percebi o carro do outro lado da rua. Não merecia ser fotografado naquele momento. Era uma noite que eu pretendia excluir como a outra no sofá. Eu queria conter, mas não. O beijo foi forte e se eu soubesse que iria morrer teria feito amor ali mesmo, na calçada de seu prédio. Ou talvez nas escadas onde subimos nos beijando. Ou em sua porta onde tiramos as primeiras peças de roupa.
Ela dizia eu te amo em silencio, eu ouvi e respondi com um gemido. Me fez sentir como se eu tivesse em outro plano. O pecado, o proibido, a vontade sem vinho. Tão sóbrio de álcool e tão bêbado de desejo. A fiz sentir do mesmo jeito e ela me agarrou com as pernas para que eu não saísse mais dali. E chegava a gritar. “ Como amo sua loucura”.
Havia alguma música, algo que nos embalávamos ao momento, um tanto instrumental, uma orquestra suave. Era a minha sujeira de sempre com quem me fez matar a inocência. Eu tive certeza: Não tenho jeito. Sempre acabo em suas mãos, sempre morto por você no final. Uma satisfação sem igual é ouvir realmente da sua boca com som “eu te amo” depois do amor. Mas se eu soubesse que eu iria morrer e não teria outra chance de dizer, eu diria o mesmo.
Sei que riamos quando a porta se escancarou. Teu  pecado descoberto e bem que tentou me proteger, mas com quem estaria na cama senão comigo?  Flagrante não é muito bom, ainda mais nessas condições. Ele se segurou para não atirar ali mesmo e nem pretendia, iria embora sem matar ninguém pelo menos não literalmente. Mas ela me mandou esperar e foi atrás. Um passo para minha morte e quem sabe a dela.
A mão em teus pulsos não parecia bem agradável e tão pouco o balanço de corpo que te proporcionava. Agressão. “ Solte-a agora!” não podia assistir aquilo e fica escondido no quarto não podia permitir assim como nunca permiti. Tudo que ele queria partir pra cima de mim. “ se vestiu rápido” Não pensei em agressão, mas ele se garantiu na arma escondida e a jogou na parede, foi o bastante. Três tiros no meu peito e um na cabeça dele dado pela passageira do carro do outro lado da rua que gritou quando fez. Ela nunca havia pego numa arma, mas atirou assim que o cara atirou em seu amor. “Você não..” A ultima pessoa que eu queria que visse essa cena toda.
O tiro foi certeiro, ele caiu na hora e eu ainda fiquei morrendo com sangue na boca. Ela só pediu “não morre, eu te perdoo”  Perdoar? Como? Não era possível. Agora meu pecado em flagrante, não tão flagrante, mas era flagrante e o que eu ouço? Eu te perdoo.. Será que era porque estava morrendo. Até nessas horas ela me admira, difícil admitir que nunca a amei de verdade, difícil porque ela sempre mereceu. Acho que vou morrer melhor com esse “eu te perdoo” Mas quando não se perdoa, se aceita perdão pelo que você mesmo fez? Acho que não. Eu disse “não tem jeito, eu tô morrendo” Ela gritou “não” A outra estava em pé  me olhando, se bloqueou ao chegar perto, mas tinha o celular no ouvido. Ambulância não chegaria a tempo . Agora foi minha vez de dizer em silêncio e ela entendeu, sim, entendeu. Então eu pude morrer assim com os olhos escancarados azuis direto pra ela, apenas desviando um pouco quando perdi todos os sentidos.
A vida é uma só. A vida é essa. Você nasce, cresce, tudo fica difícil, você ama. Faz, se arrepende, faz de novo. Você é humano, é falho, é ignorante e tem um momento da sua vida que sempre se acha Deus, mas não é. Você não é Deus.  Você ama e mesmo assim você trai. Você se arrepende e mesmo assim você faz. Porque não achou sua completude. Seria mais fácil fugir, mas tudo vai atrás de você.

Fiquei olhando para as duas chorando e pensando que merda que eu fiz. Elas se sujando com meu sangue . Então pude ver o outro tão perdido quanto eu, sendo levado comigo por mãos de sombras, vamos para o inferno juntos. Mas eu tampouco ligava para isso. Lá não tem armas para se garantir. E os fantasmas serão muito mais reais. O arrependimento e a culpa, a magoa e o amor. Tudo vira fantasma. E aí você precisa viver de novo para consertar tudo , fazer tudo outra vez. Na verdade, danar tudo de novo de outro jeito.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sa Ta Na Ma Ra Ma


Inconscientemente, estripei-te 
Viceras de "talvez, não tenho certeza"
Indaguei-te do irreal
Está ou não está acontecendo?
Fique quieta enquanto ouve o ruído
É minha boca, no teu ouvido
Reencarnação do que você matou há anos atrás
Sente minha maldição
Abstinência da sua droga
Eu!
Te faz rodar por ai em becos sombrios
Te fez esbarrar com um tal e me ver
Olhos vermelhos
Calor e sensação de prazer, libido 

Inconscientemente tornou-te minha
Mais uma vez em milhares de anos
Minha! Não tua. 
Em minhas mãos, manipulo
Descubro um jeito de te abrir
Chave mestra
Do irreal a realidade
Está ou não acontecendo?
Minha língua no teu ouvido
Calor e umidade
Nossa morte para o renascimento




domingo, 18 de novembro de 2012

Strª Poison



Ela chama atenção como uma sereia
Ela canta sussurros ansiando ocupar a boca. 
Mas claramente tem seus devaneios lentos e claros. 
E quando eu me deito ao lado dela eu posso até desaparecer.
Ela não me ouve por mais que eu faça sentido. 
O eco do sexo continua sinalizando como um alerta. 
Um despertador da bagunça em que vive.
Ela morre a cada noite e revive com o sol, 
tão quente para esquentar meu corpo no frio que vem com a lua. 
Agora ela é minha, depois eu não sei mais.
Em falta de promessas e juras, mantemos o controle
Apenas nos mantemos em controle entre lençóis
Com a falta dele apenas sobre nós

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Um Belo Desastre

Juro que queria ser mais simples, porque as coisas seriam também.
Queria ficar em apenas um lugar e me manter ali.
É, eu queria ser de apenas uma, ter tido apenas uma mulher para ser aquela que eu cometeria minhas loucuras de amor. Eu não queria ser assim tão instável e quando acho que me firmei eu tô solto novamente. Essa sina de pecado vem atrás de mim e quando eu tanto prometi e me vi fazendo isso, já estou repetindo todos os erros pelo qual sou fiçurado. Me oferecem e eu pego, apenas isso.
Ontem me senti louco, rastejei os lábios pelos seus e subi até seu umbigo quando chegou ao auge e contorceu o corpo. Me senti o tempo todo como um crocodilo. O demônio perverso que estava matando tudo ao mesmo tempo. Mas eu não pensava embriagado pela luxúria e amor rebelde.
Que tipo de droga que tem entre tuas pernas que me deixam tão viciado? E quando chego aos teus olhos ainda continuo vidrado. Isso não pode ser normal.
Bem cedo abandonei o corpo nú na cama, ainda admirei por instantes inacreditáveis e sai porta a fora.
Nem sei quantos cigarros traguei, e joguei fora pela metade, outros nem acendi e os jogava fora como se tivesse fumado. Minha cabeça sempre foi um turbilhão de coisas. Tudo vale por libertação, prazer e vitimas. A amargura só aumentava nos dias de solidão. E no fundo não era isso que eu queria, mas do que adianta querer, ir atrás e não ter, não consegui alcançar. Por várias vezes pensei se sou exigente demais com a perfeição, mas dane-se, a vida não é boa pra todos e está mais do que claro que eu não sou um preferido de Deus.
Quando me vi em casa e pude sentar em minha cama, vi meu  mundo de peças soltas continuam aqui, tudo passou e agora me deparo com a minha realidade. Essa é a parte que machuca e se pudesse eu escolheria ficar anestesiado o dia inteiro, seja com drogas, bebidas ou sexo. Pensar e viver é demais para alguém que deseja demais. E se eu não pensasse tanto eu não sofreria. Escolheria a frieza e partiria pra cima dos meus demônios, encarnando-os. Acha que é fácil... ser eu? Acha que é fácil quando olha para a mulher perfeita que está do meu lado. Acha que é fácil quando sabe do meu trabalho e do quanto eu ganho. Acha que é fácil por esse sorriso imbecil que eu coloquei na cara para passear por ai, como um óculos de sol que protege o que tem por trás e mostraria tua alma.
Fácil é julgar e achar, apontar e criticar. Fácil é servir o tempo todo e não questionar do porque você faz isso ou aquilo quando tudo que você segue são regras.
Mas cada um com sua vidinha perfeita, mesmo que seja um engomadinho de gola alta e uma bíblia debaixo do braço vivendo uma mentira e não querendo nunca acordar.
Eu prefiro ter meus olhos bem abertos e enxergar coisas belas e horrorosas. Porque essa é a vida, ela tem o bem e o mal e não adianta você fechar os olhos para o mundo.


Eu aceito quem eu sou, uma bela destruição. E eu sinto muito, mas eu aviso a todos que entram no meu caminho. E antes de pedir pra que você fique eu já te alertei a ir embora. Agora cada um é responsável pelos próprios atos. Não posso me culpar pela merda que se acumulou em sua vida depois de mim. Eu nunca prendi ninguém, você ficou porque quis. Porque lhe pareceu viável, oportuno. Mas sei que no fundo, sou um sonho pra quem se depara. Nem os melhores divinos podem negar que o mal é algo bem atraente.
Então não me culpo. Não sou eu a roda viva? Aquele que se confia em termos, mas no fim sempre irá te machucar. Por bem ou por mal.
Deus, perdoe-me, pois eu pequei, alias, fiz isso a vida inteira. E quando pegava no terço era apenas para contar as bolinhas, se eu o jogasse de uma mão para outra ecoava um barulhinho, eu gostava e depois pendurava no pescoço do cachorro. Ele precisava de uma coleira e iria ser útil de alguma forma.
Onde minhas blasfêmias vão me levar eu não sei, mas você pode olhar bem no fundo dos meus olhos,passeando o olhar por todo meu rosto e ver a minha cara de preocupado com isso.
Eu não sou tudo que queria ser e nem tenho tudo que queria ter. Você também não. Então só espere perfeição de mim quando puderes me dar também. E me tornar. Jamais.
Que brincadeira mais hipócrita!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Novocol


Preciso de uma dose
Essa dose de você e suas formulas
Preciso te beliscar para ver
O que eu já não sinto há um tempo
Uma mulher nervosa rastejando luxuria
Um homem trêmulo de sensações absurdas
Foi apenas uma carreirinha inteira
O pote de Nescau pela metade
Derrubado
Praia em meu banheiro
O que eu pensei que seria não é, espuma
Traga-me mais um conhaque
E eu aperto tua mão.
Para um sempre anestesiado até o meio dia
Até o meio dia.