sábado, 30 de junho de 2012

O tempo não para. Não para, não, não para


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara


Mas se você achar que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para


Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos. O tempo não para


Eu vejo o futuro repetir o passado, 
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para. Não para, não, não para


Eu não tenho data pra comemorar.  
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha num palheiro


Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro


A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para. Não para, não, não para

"Cantar nunca foi alegria, todo mundo também dá bom dia"


Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras “

 Palavras, palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras, 
 palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  
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palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras,  palavras, ...

E daí, surpreendentemente, ela começou a falar e falar e falar.
Falar pelos cotovelos, como se estivesse sangrando e esnobando
Ela começou a ser acima de tudo absurdamente escrota
Porque tão perturbada meu amor?Porque gritas tanto deste lado?
Parei o que estava fazendo e dei lhe um pouco de atenção. Olhando para baixo pra que a enxergasse. “-Quer comidinha no bico? Ta com fominha?”
“-Sei que já não é da minha conta e nem eu me importo, pode continuar e pegar até um alto falante, um carro de pamonha. Desculpe, estou rindo. Não és essa coca cola toda.”
Ri de novo sem agüentar o peito cheio.
Minhas inúmeras facetas talvez tenham confundido você. Isso aqui é pra poucos, como uma maldição que muitos não podem agüentar. Se você não agüenta mais troque a musica. Que tal dançar um eletro?Ou prefere nos traçar mesmo o espírito entre nossas linhas; sexo, memórias, amor, loucura, morte e abandono? Foi-se cada coisa, foi-se. Conforme-se! E...
BOM DIA"

"Born Free"


Eu vivi nas trevas por um longo tempo
Ao longo dos anos meus olhos se ajustaram até que a escuridão se transformou no meu mundo e eu pude ver. E então acenderam a luz e minha memória se inundou e agora estou cego. Não tenho muito tempo. Tenho que encontrar, mas por onde começar a procurar? Não consigo pensar. Está muito claro.
Você me manteve aqui curioso em pistas que não pararam de aparecer, você me manteve perto demais de mim mesmo, mais do que eu achava que poderia estar. Eu me descobri em passado, presente e futuro. Pouco menos de incógnita, pouco menos a desvendar. Você me deu presentes em chacina, literalmente até em uma arvore de natal. Mostrou-me que eu nunca estive sozinho, mas eles me esconderam isso a vida inteira. Eu não me importaria que te levassem comigo, quando éramos apenas crianças mergulhadas ao sangue da tragédia. Quando nos tiraram tudo. Sua única lembrança de família e a única que restou, eu.
Agora estou gostando mais de você, agora que está perto da morte. Mas você sempre me fascinou e eu até te amaria de volta como quando tinha 3 anos de idade.
“Não se pode ser um assassino e um herói” você disse. Mas eu não pude, não matando uma irmã, mesmo que ela nunca saiba quem eu sou e se soubesse me rejeitaria. Sim, por isso as coisas não dão certo sempre, porque não funciona assim, ser herói. Até que isso é fascinante.
Você fez mais do que qualquer um para merecer minha faca e eu precisei fazer logo para que te calasse. E agora não há mais um ser vivo que agüente a minha verdade, porque o único que me levaria pra onde realmente pertenço seria você. E você se foi. Porque nunca se conteve. E era como eu, só que sem os códigos de sobrevivência, essa é a diferença entre nós e o porque estou vivo.
A dança do meu diabo com o seu demônio no tumulo do violinista está longe de acabar. Às vezes imagino como seria se tudo que escondido dentro de mim fosse revelado. Mas eu nunca saberei. Vivo me escondendo. A minha sobrevivência depende disso. Imagina só, minha escuridão revelada e meu interior acolhido. É assim que eu queria me sentir. É por isso que entristeço. Seria questão de aceitação ou questão de querer ser herói e não poder ir contra a idéia de assassino? Ser mocinho e vilão ao mesmo tempo.
Estou aqui...
Eles me vêem e eu sou um deles. Nos seus sonhos mais sombrios
E por aqui continuarei
Born Free....

Emboscada

(Texto fictício)

Brincava com a faca ameaçando os próprios dedos, o olhar perverso causado por todo ciúme que havia lhe tomado. Uma ligação foi o bastante para isso. As palavras de sua amiga não saiam de sua cabeça e agora o telefone celular estava tacado a pia cheia de agua junto a louça por lavar. “-Ódio!”. Bateu na mesa com a mão fechada em forma de soco rancoroso, rangeu os dentes e rosnou. Como perdoar uma traição dessas?! Que afronta! Só de pensar que não teria atendido aquela ligação senão tivesse com tanto tédio. Sua amiga só ligava para falar dos outros e opinar na sua invejável vida. Logo agora com tantos problemas, havia recebido uma apunhalada e um milhão de promessas quebradas.

Suas narinas estavam inquietas, a respiração de fogo, soltou um grito desmiolado e agora foi a faca marcando a mesa de madeira com força. Saiu da cozinha deixando o belo  cassoulet  na panela aprontando e a faca em pé na mesa. Não conseguia pensar mais em nada. Nada mais lhe podia chamar mais atenção agora do que sua honra, não poderia se dar por vencida, tinha que tomar uma atitude, mesmo que fosse drástica.
 Entre as escolhas; matar e morrer, seria matar com certeza. Mesmo que isso custasse nunca mais ter seu amor de volta. 
Foi até seu quarto quase todo de vidro, passou o olhar sem ver nada, já impaciente com as idéias tortuosas. Sentou à cama e abriu a última gaveta, só ela sabia, o fundo falso. Retirou a arma de lá e carinhosamente a acariciou. “Tudo vai ficar bem, honey”. Lembrou-se das palavras de amor, dos votos feitos ao vento, as eternas adorações. “Balela!” gritou. “Eu sempre seria sua garota, sempre...”. Estava vestida como devera e um súbito pânico a sufocou. Seria culpa a vir depois que cometesse um assassinato por impulso ou por um coração partido? A verdade é que ela nunca parou para ouvir, nem nunca quis saber das verdadeiras causas. O fruto nasceu podre!Elimine-o! E não queira saber o porque da arvore está servindo frutos assim.

Sua saúde não era das melhores, ainda tossia pela recente tuberculose. Toda sua fachada absurda não era tão falsa assim. Enterrou suas emoções dentro de si. Mas tao profundamente, que não conseguia senti-las. Seu olhar implacável de qualquer sensibilidade sempre demonstrava confiança mesmo que fosse a mulher mais insegura. Se mantia de pé, ali, firme, dura, dentro de si. Mas que escândalo lá trancado em seu âmago!
Ela não tinha idéia por onde começar, mas isso logo se resolveria, cega por vingança. Sem auxilio emocional continuou, cortando matos sem medo de ferir algum animal na grande floresta que a separava de seu destino. Suas pernas seguiam a comando do cérebro e o coração preferiu fechar os olhos, não conseguia vencê-lo. Não agora.
Parou a mão na maçaneta e abriu com cuidado. Seu olhos choravam sem que percebesse, reserva quente no meio de tanto gelo. Era apenas uma mulher machucada com coração esperançoso partido. Apesar de saber que sempre teria seu lugar, estava fora de estar a salvo.
Sabia que sua presença acabaria com qualquer tempo ruim e bom também. Sabia que mandaria para prisão, porque ele se renderia. Um motim de agitação inaguentável .
Observou enquanto identificava o problema, olhou bem nos olhos que ainda era tão condicional a si. Fazia-os brilhar, mesmo que não quisesse. Fazia ser acima de qualquer coisa mais mundo que o mundo podia se tornar, era acima de um espetáculo de maravilhas e terror. Sentiu vontade de cuidar, mas não assumiria. Seria com elegância que lhe cortaria a veia jugular deixando sangrar até a morte. Seria assim seu emergido fim. Aliviaria seu próprio nome dos tabloides, mesmo sabendo que não há crime perfeito.

"Tirem-me tudo e assim eu recomeço"
Em sua mente já havia matado mil vezes, mas ele insistia em conversa, em tentativas complexas. Ela se perguntava onde estava a placa de metal que implicava com a atração das palavras doces, da armadilha dele. Gritou por ela incessantemente. Então resistiu e o coração calou-se, esperou até o momento e assim fez, honey por honey. Era melhor cortar o mal pela raiz de uma vez e chorar o luto também de uma vez, do que persistir no erro e doer lascivamente.
Assim se livraria das palavras de veludo em seu ouvido, do toque falso porém carinhoso. Se livraria das ameaças . Foi isso que fez para deixá-lo em paz, mesmo existindo em prol de sua vivência. Pelo que lutar? Vagar por caminhos até que talvez ressucite .
Vagar até tocar um minimo de felicidade que tinha.
Voar.. Apenas voar até outra emboscada.

"Aqui eu te deixo, amor, para uma próxima vida quem sabe. Um próximo momento em que eu e você sejamos imbatíveis de uma vez por todas. Uma vez que suas promessas não sejam como uma obra sem vigas."

Absolute State




Realmente, definitivamente... Eu sou apaixonado por você
Gamado até o fim. Gosto de te modificar, reclamando um pouco ao pé do ouvido. Gosto de querer chegar à perfeição e por horas achar que cheguei perto até querer mudar de novo. Adoro seu mesclar vermelho e preto, seu clima de fogo. Gosto de sua nostalgia de piano, suas profecias, sua impossível calmaria.
Os sentimentos vão para longe e volta pra mim, você é incrível.
Assusta-me meu auto-retrato às vezes. Assusta-me porque no fundo não sou tão pretensioso. Ou na verdade, quem sabe, a prudência seja a parte, algo que sobra de mim.
Mas o que tem mal nisso? Não é verdade? O que tem de mal se amar...
Nem seria isso a palavra certa. Mas o que tem de mal, amar você, meu prato feito do meu jeito, sem ligar para interferisses. Sem ligar se acham maligno demais, ou às vezes sensível ou frio demais. É meu parque de diversões em circo completo.
É realmente, eu não vivo sem você.

O Retrato Vai Até O Cemitério


Sim eu chorei.
Sua morte, meu fardo.
Mais que a vida.
Eu levei flores,
Ou pelo menos vestígios simples de um buquê
Eu fiz transparecer menos tristeza do que tinha
Era como se seu fantasma estivesse atrás de mim
Observando-me a todo o momento
Mas mesmo assim eu quis estar ali
Sentei e chorei
Não por você
Mas pelo que eu tinha me tornado depois de ti.


Acelerado


Não mais que você, pisando em falso, eu, onde não sabe. Vida, ócio. Esperança, vergonha na cara.Siga, o caminho certo dos vários que você vê no espelho. Diga, somente o necessário. Pare, de enrolar com palavras fúteis. Engane-se sobre felicidade. Falsa, é o que pensa que é. Sim, certeza de que você não pertence a esse lugar, mas insiste. Persistente, segurando mão de estranhos querendo entender pra onde a solidão vai. Ache! Teu caminho. Acorde desse sonho irritante, infante.
Essas pessoas estão querendo te por pra baixo, de levar pelas costas, 
Você não percebe? Perceba que isso é tudo que você não precisa. Só está a garantia do tempo passando e nada acontece. Viva mais! A vida vai parecer mais curta lá na frente, não leve lágrimas para o paraíso por um erro persistido. Você deve ser forte e levar a frente,você sabe que não pertence a esse lugar e que não deve levar suas dores em lágrimas...para o paraíso.

Você sabe que é mais, muito mais.
Diminua esse ritmo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

É realidade...

Não são seus pais, nem o que você é por dentro que te define. é o que você faz. As pessoas tem medo de mudar suas vidas, as vezes se acostumam com ela cheia de merda. As vezes você pensa que seria insuportavel perder alguém que não se vê sem, as vezes só precisa de tempo para por as coisas no lugar. Mas apenas uma atitude sua é o que a sua vida espera para dar o avante. Estaria ai então a bem famosa dita "Estou perdendo tempo", mesmo sendo preciso para por as coisas no lugar. Precisamos de dramas e de um enrredo entre o começo e o fim. E que os fins sejam novos começos sempre, desde que que mundo é mundo que é assim.
Sinta o vento, senão, de que adianta ter asas? Não espere coisas simples, o tempero é pura complexidade.
Muitas guerras poderiam ter sido evitadas, muitas dores também. Tem coisa que não vale a pena. As vezes é preciso acreditar e deixar rolar. Porque tudo pode ficar mais facil sem causar infartos.
Quanto às impressoes de mim, podem dizer o que quiserem. Nada vai mudar quem eu sou.

"Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão."

Paciência...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sem graça, mas é sol

Choveu tanto que quase o céu caiu, a água batia forte indicando tempestade. Ouvi os choros agudos dos cachorros a noite, brigando contra o frio. Tão real que parecia gente. Remexendo na cama pensei como seria a vida sem amma. Se sua alma fosse para outro plano. Aquele barulho não me deixava pregar o olho e turbulência de pensamentos de uma fantasia, vida de mentirinha. Longe demais! A todo momento tem um olho chorando de alegria e outro de dor. A todo momento tem alguém mandando parar pedindo paz e outra querendo mais. A vida dá tantas voltas, precisamos as vezes nos transportar a tantos lugares e voltar ao mesmo para colher frutos finalmente maduros. E se não houvessem tantos enganos? E se soubéssemos sempre no que ia dar ao final de tudo? Não importa, a chuva continua caindo e o frio não me deixando levantar da cama. Não queria ter saído dela, não não.
Mas abriu o dia, apesar das ruas inundadas. As rodas passavam com dificuldade por elas. Luz do dia. Um pouco mais de chuva e finalmente sol. Mesmo que meio sem graça, é sol.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Amma e seu Vishnu


Mais uma sessão descontrole, não podia segurar um pilar para a casa evitar desabar. Esteve ao redor de toda aquela discussão incapaz de mover uma mão. Fagulhas de egoísmo impediam de desejar paz naquele lugar. Preferia os mundos separados, mas queria que tudo realmente acabasse. Rezava para que conseguisse dormir, sem nenhuma fera rugindo a noite. Pior ainda seria acordar com um tiro e estar banhado no sangue alheio. “Mais cedo me disse que eu era anjo, então se eu dormir com você impediria que algo de ruim acontecesse?”. Não era um garoto normal, isso estava claro. Gostava de como era embalado apesar de todo o medo de sua protetora à oferta- lhe carinho. Se ela não estivesse mais ali o que seria do menino? “Só você sentiria a minha falta” Ela disse soluçando segurando seu prodígio no colo quase que derramado como um bebê. E como se ele fosse criança, ainda o chamava de menino.
Ela gostaria de ter crescido na vida e não ter deixado tudo por um casamento. Ela faria tudo diferente nos tempos de hoje. Ela teria apenas um filho. No fundo, ela não sabe o que diz descontrolada em todo seu sofrimento. Acostumada com toda sua doença, aprendeu que certas coisas e palavras são piores que um tapa na cara. Adquiriu o reflexo do grito da amma. Aprendeu e ensinou a segurar a dor, mesmo que suas pernas sangrassem, ela ria debochando com o orgulho transbordando, achando aquilo lindo, não se daria por vencida tão fácil. Cresceu rodeada de pessoas e agora, ali naquele breu, seu filho, único filho que engolia sua mágoa e a dele também. Mantendo-se forte até que amma dormisse, já era hora de chorar com Deus.


Criando passos, criando contos
Buscando letras em seus braços.
Pintando telas, invadindo filmes
Cinema é ilusão menino! Desenrole essa fita!
Sentia-se bebê nos braços de amma, muito perto, tão natural
Não vou fugir, não tenha medo!
Porque a essa hora quem pega é o homem do saco
Já passaram das cinco.O alarme grita
Um monte de crianças foram jogadas no caminhão de lixo.
Aperte-me forte, não me deixe cair, porque sem você não posso durar aqui.

Ofício de escritor


Não estou querendo fazer a pose bom moço agora, aliás, há alguns dias. Estou querendo encarar o circo como ele realmente é. Uma cena especial de Silent Hill com uma música doente ao fundo ao toque de um pianista destrambelhado em seu momento calmo e doce de amargura, tristeza e lembrança. Tocando dores, passando inquietação. E se você se sente bem com ela, sim, é um leitor sádico. Como diz Branca de Neve.
Hoje eu me fecharia entre quatro paredes, não acercado do muro de Berlim, mas me fecharia, ficando comigo mesmo e talvez um pouco com você, pequena, como nos tempos passados. Eu não preciso ouvir ninguém dizer, mas eu também poderia escolher não mais ir até o que me faz mal. Parece que esse gosta... Nostalgia, cenas de terror, psicopatia para sobreviver. Uma escapatória do paraíso.

Enfim, foda-se tudo. Ás vezes é preciso deixar o valioso tempo cuidar de tudo e deixar que as escolhas apareçam sem forçar. É bom ver o lado bom e deixar o resto se aquietar. Eu finjo ter paciência, sabiam? E disso é tudo que eu preciso. O que eu preciso não é mais o que eu precisei ontem e anteontem, e semana passada, e mês passado, e na estação repassada, muito menos à 4 anos atrás.
E você que está vindo aqui, para saber como estou; o que eu penso e o que tá acontecendo na minha vida. Você que veio aqui pra saber se tenho um novo amor, ou sofro por antigos. Você que se vê em meus textos e insiste com as carapuças. Tenho que dizer-te que se engana ao pensar que sabe. Tú de nada sabes, infante.
Eu posso passar horas aqui, posso esquecer-me da vida aqui. Esculpindo minhas lembranças, memorias, desejos absurdos, meu caminho obscuro, falando sobre felicidade, sobre tristeza, enfim momentos. Falando sobre fuga, tratando-me como rei, demônio, o cara com queimaduras, o intocável. Filho do fogo, estancado a neve. Aqui eu posso incendiar casas, derrubar florestas, colocar fogo onde eu quiser, até em você. Posso te amar e te odiar, separado e ao mesmo tempo. Pode haver reciprocidade ou não. Posso contar uma história depois de ter me envolvido com uma música ou depois de ter visto um filme, ou mesmo depois de uma conversa e um mínimo dialogo que a nada levaria. Pode ser sobre você, ou metade de você. Misturando realidade com imaginação, inventário. Isso aqui é tudo meu, uma coisa que ninguém me tira. Não! Não venha aqui para saber do há dentro de mim, ou para saber de meu humor ultimamente. Sou mutante, totalmente transformável a cada linha, a cada postagem diferente. E ninguém nunca vai entender totalmente o mistério por completo, por mais que eu explique linhas, por mais que saibam dos meus mais doces e profundos segredos. Ninguém está dentro da minha cabeça. Não tente entender. Escrever é um dom e um estilo próprio, cada um tem.Encare com suas emoções, aprecie, mas não carregue ao pé da letra, não me faça esboço de tudo isso aqui. Santa ignorância. 


" Escreva com seu coração
Escreva com sua alma
Dê o melhor do seu talento 
E não deixe isso nunca pra trás 
por nada nem ninguém"


Dedicado.
PS: [ Já que já confessei mesmo... Tenho minhas inspirações e, pequena, você é uma das fortes que me impulsionam a continuar isso aqui. Me dando uns chacoalhões quando penso em deixar as folhas de papel e notebook. Esse 'Ps' é um agradecimento, muito isso. (para não dizer apenas isso rs.) No final de tudo vou sempre agradecer a HURRICANE rs']

Just, my mind..

Estou a ponto de te quebrar o pescoço, te massacrar até gritar muito. Gritar até perder a voz. Engasgada com minhas mãos enroscadas em teu pescoço. Subi teu corpo pela parede te fazendo chorar, vermelha com enxofre. Te quis estraçalhada, você e essa sua beleza exuberante e pérfida. Desejo por carniça, é! Sempre soube o quanto exagerado e mortífero eu sou. Mas era só uma imaginação, uma vontade de momento, isso faz parte do amor, não se assuste.

domingo, 24 de junho de 2012

Kiss'


Parece que é tudo ainda como quase 10 anos atrás, ou melhor, parece que isso aprimora. O sorriso e olhar, os mesmo que mexem comigo. Essas suas covinhas na bochecha. Eu poderia ser feliz ali, por momentos. Como me drogar para esquecer, como me onanizar para dormir. O momento com você me faz esquecer a minha doença, de todo meu inferno, do impossível, do indomável. E como seria o momento com você mais profundo, como seria ter você por mais tempo?
Sua timidez me tira do controle, tua boca que não quero parar de beijar, sentir teu carinho que não admito de mais ninguém. Foi segredo as sensações que me fez passar, você disse que pode ver o mundo girar rápido demais, eu pude senti-lo parar. Incendeio teus braços porque és a prova de fogo, tens meus sorrisos sinceros e intimidades porque não é sério. Você e eu, nada sério, uma brincadeira de anos. Quem sabe não seja você de verdade daqui há mais alguns?

Psychosocial



Que canalhice a minha, amores. Eu sou mais falso que um psicopata, eu sou mais tenso que ele, tão estratégico quanto. Que putaria, minhas graçinhas. Eu estive querendo derrubar vocês como o muro de Berlim, quatro deles, sem saída. É preciso matar quando isso acontece. Olhei meu sangue nas mãos e chorei, gritei, acusei-me, sobrando apenas no final o riso...Eu gargalhei. Mas que picaretagem meus anjos, alguns conseguiram ver por trás de minhas lentes. Meus olhos não são da cor que todos vêem, não há tantas cores quanto nos seus. Meu pai me fez com menos perfeição que podia, esqueceu-se de amargurar-me o coração, filho da puta. Eu poderia fazer isso à queima roupa. Eu poderia agir o plano calculado, eu poderia te matar após te fazer sentir o gosto do meu sexo. Ao invés de alimentar comidinha no bico. Ao invés de apenas mandar-te ir embora sem ameaças, mas elas continuam em minha mente. Vai que um dia eu precise de ti, boêmia? Ainda não te darei de carne para a rainha. Seus lábios vermelhos me distraem. Sua pele branca aveludada. Eu gosto quando cantas pra mim, acalma a mente de terrores, de tudo que eu gostaria de te fazer passar neste momento. Acho que tive um momento de “mão acolhedora”. Desejo-te em tortura, sem auto-controle. Desejo calar tua boca para que pare de pedir, te darei tudo à força como queres que eu faça. Tu me amas assim, dissimulado? Quero beber do vinho que saí de tuas veias e me banhar nele. Matar-te-ei em nome de seu amor e em prol do egoísmo, apenas um jogo onde cabeças rolam. 

Matando sonhos



É isso que me faz inteiro agora ou vazio demais por instantes. Enrolando um papel contra a mesa sem deixar cair o pó. Aqui eu vou encostar e dormir, sentir a vibração da atmosfera, ver o sol mais brilhante até o dia virar noite. Aqui eu vou bloquear minha mente, escurecer vestígios que não me interessará mais, apenas me sentir com dormência. Vai ser meu ritual de hoje, deixar nada me afligir, as vozes cessarão e as ilusões também. Não lembrarei de quem precisa de mim, vou ser como uma criança morta à costa. Algumas horas perdido na própria consagração sem motivos, sem porque, adormecendo de uma vida. Correndo o papel á entrada de minha narina em minha nova ordem. Todo conhecimento será obsoleto. Cante-me os sonhos, meu anjo, sim! Você ai na minha frente assistindo minha devastação, meu prazer, minha rebeldia. Acho que estou rindo. Achando graça dessas ondas a minha frente, senti o mar me queimar, mas como? Não sou o cobiçado, nem menos o invejado, não sou nada, porque ninguém me vê aqui trancado em meu quarto. Não farei ninguém me sentir, apenas eu, em mim, por mim. Ahh... Minha libertação à auge do duplo prazer. Ainda está sendo fácil lembrar dos ferimentos, puxei mais um pouco, aspirando. Até que nada fizesse sentido por não ter mais motivos evidentes que me viessem a mente, sem mais idéias, pois acabei de bloqueá-la e continuei rindo e gemendo. A espera não é tão dolorosa, não a de um orgasmo camuflado. Inconsciente ainda tinha o controle por minhas mãos, começando a suar. A coisa mais estranha, sentir-se relaxado e acelerado ao mesmo tempo, ri de novo. Venham sonhos, me alimente porque eu ainda estou respirando com uma vida violada. Viver foi algo que não escolhi fazer, silenciei sufocado até soltar o grito derradeiro, avante a libertação.
Misturando realidade e ficção, chamei nomes, todos meus. Quis estar em braços, mas o anjo estava ali bem no lugar do meu travesseiro. Me rastejei para a cama e me afoguei nos últimos momentos de prazer, fora de tudo e de todos por um grande período de tempo. Eu morto, morri nos braços do anjo...

Roseo-púrpuro-desejo

Do meu lado... Eu sinto você
Do meu lado... Seu cheiro impregna em minhas narinas
Me invade como ninguém a vontade de ter você novamente nos braços
Minha mestiça, princesa parda.
Sabes bem que não sentiria amor por outrem
Quando nenhum outro corpo me convém
Eu nunca me importei de viver em sua função
De fugir para um mundo ao longe dentro de nossas cabeças
Eu nunca me importei ao te ouvir querer, te sentir querer
Quando teu corpo contraía pedindo o meu até estar cansado ceder ao teu
Nunca se importou se nos visse sacudidos, mas sempre usamos vendas
Em mais uma tentativa de ‘esconde-esconde’
Suas curvas é o que não sai da cabeça, o desejo insaciável de querer sempre mais
De querer ao meu lado passar dos limites e regras de Deus.
Do meu lado onde todo o nosso paraíso poderia se transformar em inferno de uma hora pra outra.
Hoje sinto as chamas.
Um tanto mais perdido do que eu achava que ficaria.
Hoje eu sonho com você. Ainda sentindo teu cheiro, menos paladar.
Minha mestiça inalcançável róseo-púrpuro-desejo que sempre existirá, sempre.


sábado, 23 de junho de 2012

Enchanted Childhood


Pelo caminho que os pássaros traçavam. Pousava de galho em galho para que pudesse seguir, para que pudesse ver que as coisas estavam diferentes naquele local...


Costumava haver mais pássaros por aqui e de diversas cores. Essas águas não eram tão escuras. E bem aqui na beira para o rio, havia um caminho que podíamos descer por ele para molhar os pés, alimentar peixes ou colher bananas do outro lado. Em frente o verde tomava o lugar, uma arvore mais torneada que a outra.
Esse quintal também era maior. A direita colhia frutas que chamava de um nome engraçado, não me lembro mais. Era também um lugar de se esconder, bem atrás da casa de ferramentas. Era bom ficar por ali, o céu dali parecia mais limpo, via as gaivotas voarem baixo e bem alto aviões do qual fazíamos sinal iguais bestas. Ali bem a esquerda, nascia a dama da noite, era um pomar, podíamos sentar sem machucar as flores. Mais ao lado uma grande montanha à escalar, eu era o rei do mundo ali em cima, podia vencer todos com uma super espada feita de folha de bananeira. O caminho era grande, saia no grande castelo com um abismo de fogo, só quem passava por ali eram os que podiam voar com enormes asas, dando a volta os zumbis moribundos vivendo ali já sem sentido, alvos de informações, mas eles não eram tão fáceis assim, sofriam de um profundo mal humor. Mas era por ali que garantíamos munição, armas raras e o antídoto para servirem de cura às piores doenças. Não bastou alguns anos para  complementar bruxos, demônios, matadores de aluguel, vampiros e lobisomens todos contra uns e a favor de outros? O que daria se juntasse um grande poder ao outro? Mas era sempre muito difícil. O mundo era muito negro para conciliar todos de repente.
Correu os olhos  pelo lugar, sorriu e entristeceu. Tudo está diferente, falta uma parte essencial. A chuva levou o caminho para rio, a chuva levou as frutas, o pomar e as montanhas. De pé no que seria o meio, agora é fim. E não há tantas árvores assim, umas foram cortadas, outras secaram e umas estão ai ainda, menores. O pássaro ficou triste. Sempre me indaguei como animais choravam e fiquei pensando se ele estava ou não. Deu-me vontade.. Cheguei perto, ele voou, atravessou o rio através da ponte que a chuva também levou. Meus passos retardaram, decidiram voltar. Aquele era o cajueiro Power ranger, ele também se foi. Agora ali tem duas casas a mais... Antes havia mais lugar para brincar e correr. Agora parece tudo ter pouco espaço, um lugar pequeno demais para tanta coisa. A todo o momento tem algo ou alguém para te lembrar que as coisas mudam. A todo o momento, sempre mudam. Até as mínimas coisas te mostram isso, pode ser uma pessoa, uma árvore, um lugar, um rio, uma placa, um desenho, um lápis, uma pedra...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Parque de Sombrio




Eu estava sozinho deitado e acordado assistindo a devastação, passeando por anos memoráveis pedindo para deslembrar. Enfraquecido sentindo o frialdade do desespero e pensando em cada possibilidade que tinha falhado.
Parque de sombras, não importa o quanto eu tente não posso matar a fraqueza que me mantém tão eu, tão longe de mim até que eu possa me reencontrar. Eu não posso matar isso, senão não viveria tanto tempo atrás de mim. Como seria se eu fosse tão forte como pareço ser? Como seria se eu conseguisse virar as costas com tanta facilidade?
Ah sim, as coisas ainda estão sob controle e estou com um sorriso no rosto, quando na realidade eu estou querendo matar tudo a minha volta. E se o próximo a cair for eu, farei isso para sombras de outro dia. Deitei aqui e lembrei-me da frustração, tive que deixar algumas pessoas irem, assistindo os passos finais, nada a fazer.
Eu não posso segurar enquanto a chuva cai, ela é mais forte e mais espaçosa, não cai só em mim. Eu não posso implorar para o trovão não vir dessa vez, a gente não sabe qual é o tipo de tempestade até que ela comece e se mostre.
Tento manter a roda viva girando, de vez em quando mais lento. Tento segurar o máximo por mim mesmo, mas não se consegue isso sozinho. Ficando muito anêmico para me afrontar
Não o quanto eu ame isso...
Não importa o quanto eu tente...
Você aprende a viver sozinho.
E o que acontece quando quebro a linha dos anjos?
Parecendo que ultrapassei a gravidade e todo o espaço vazio?
O que acontece quando você acha um sorriso que todos queriam pra si?
Você sentiu o frio de tempos perdidos? Você pensou no caído e quis a perfeição mesmo que estivesse fora de alcance?
Às vezes eu preciso parar de escutar as vozes e lembrar dos filmes. Aceitar a falsidade como uma coisa que vai sempre estar aqui.
Às vezes eu preciso afastar toda essa merda de mim, me renunciar por uma alma, me deixar fora da balança. Preferir acreditar que não está acontecendo e deixar que toda a chuva lave embora. De algum jeito eu preciso mesmo ir daqui.
Sinto como se estivesse gritando comigo mesmo, infectado com todos os tipos de vírus
Não quero me sentir sem probabilidade, eu não quero ser incógnito
Então não fique a partir do momento em que você só quis me ver pelas costas.


By Myself


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Rebel Boy (Jail)


Para que você escolheu viver em um mundo idiota? Você quis se tornar um?
Para que você escolheu colecionar mágoas? Você pretende ver o quanto pode guardar de uma só vez?
Porque você escolheu atirar dardos? Sabendo que nunca foi bom em mirar...
Mais uma vez você errou garoto
Aproxima-se cada vez mais do inferno
Mais uma vez você se queimou no próprio fogo
Quando vai cansar e voltar pra casa?
Lá vai você mais uma vez, com o bem e o mal de cada lado azucrinando. E sempre escolhe o mal sabendo que vai se ferrar, ou às vezes achando que seria o melhor. É talento em seguir o tortuoso?
Lá vai você de novo, se queimar e machucar mais alguém. Como uma roda viva.
Viver com você é como estar em um circo macabro, é como estar numa roda gigante passando por obstáculos de fogo.
Veja só toda essa gente morta vitimas de suas atitudes terroristas.
No fim, tudo que você conquistou será perdido. Você é uma mentira, pele pelando em sonhos desfeitos, aspirante de um mundo que não existe. Incapaz de fazer algo dar certo. Mas você pode fazer certo agora, e a qualquer hora que você quiser fazer tudo explodir. Será lembrado como grandioso por todos aqueles que não foram carbonizados ainda.
Alt +Z, lento demais
Ctrl+ Alt + Del, sim! Seu velho “eu” pro espaço, ache a coragem. Talvez esteja aí jogada por algum lugar. Você sabe que bem lá no fundo gostaria de ter levado aquele tiro na cabeça. Não precisaria sair procurando-a por aí.
Vamos lá então, faça mais uma vez. Durma, que passa até vir tudo de novo à tona. Garoto Rebelde, você nunca aprenderá.



" A vontade que tenho é de sair por ai gritando. Quem sabe se eu fosse menos terno. Não precisa ter cuidado para não me machucar quando isso é tudo que você tem que fazer para contribuir com mais uma cicatriz. A vontade que eu tenho é de não mais escrever aqui e excluir meus vestígios. É por isso que eu enfio uma máscara na cara e não falo sobre mim. É sempre isso que acontece no final. 
A vontade que eu tenho é de deixar tudo por terminar. Estou fazendo perder tempo, isso sim. 
O que eu sou , mirror mirror? Um insistente desalienado! E vocês não sabem nada sobre mim realmente,não sabem dos batimentos por hora. Eu desisto, estou desistindo por hoje."



Quantas vezes você disse Adeus? Quantas vezes você pôs fim aqui? Pense bem, você não precisa de nada disso. Pense... Estamos em 20 de junho de 2012. Com que profundidade os dias passam por você? Como as horas voam? Você é mais um doente.



"Ninguém nunca vai entender. Jamais, nem você."


_______ll________

Gafe


Eu não posso controlar os acontecimentos à minha volta
Eu não posso consolar o estresse dentro de mim
E quando desligar o cérebro
Perceberá que foi tudo uma mentira

Ah, eu não conseguiria mentir assim. Mas que porra você quer de mim?
Eu não consigo reviver o Titanic forçadamente. Emoções perfeita gafe
Mostre o quão superficial você pode ser e arrase!
Você fica bem demais nesse papel.
E depois chore pelo drama de um amor que nunca existiu.
Mas não caia derramada em mim como aquilo que você desejou sempre.
O que é doce por fora pode ser azedo por dentro.



Pensando sobre você [Momentos Eternos]

Não importa como seja.
Por favor, leve-me, leve-me contigo



Estou olhando dentro dos seus olhos, menina você nunca muda, apesar das cores em volta. Estou lhe puxando para um abraço, está batendo junto pela mesma intenção.
Dizem que o ‘pra sempre’ não existe e eu ameacei quem dissesse palavras de trovão.
A dor é chata de sentir, a dor do "Forever and let it go" 
Nós dois sabemos que estações mudam e temos medo de um julho chuvoso.
Precisamos às vezes, ficar sozinhos... Sim, todo mundo se machuca às vezes.
E que graça teria viver sem cair, sem ter alguém como você pra me ajudar a levantar.
Estamos numa luta incessante para eliminar a amargura, pedindo para ficarmos sozinhos acompanhados em qualquer lugar com uma lona que nos cubra. 
E ninguém me entende como você. 
Em braços alheios que não me sinto em casa, pensaria em você. 
São momentos perfeitos que não estão querendo acabar. É meu berço em seu colo.
Eu quero te carregar comigo, te cuidar em vinho
Enquanto não há motivos para deixar-te
Vamos juntar memórias para uma próxima vida até o fim do tempo.
Em tempos ruins, continuamos de mãos dadas passando por covis
E mesmo com meu coração no lago negro do sacrifício.
Eu sentarei e esperarei, por nada acontecer enquanto te ouço musicar trechos, coberta de estrelas.
Lembre dos tempos em que compartilhamos, fazemos isso até hoje
Os covis são outros, o coração é o mesmo
E se um dia, quando tudo se tornar silêncio.
Olhe para o céu, estarei lá para salvar mais uma oração.
Como em silêncio cantamos para renascer

Numa Caixa


Bom dia contos de favo de mel.
Prove cada hora que voa, porque após meio dia já é tarde, já é tarde demais.
Você choraria pelo fim? Pela morte de tempos bons?
Imagina se nunca tentasse lutar contra as sombras em sua mente.
Acordado para tempestade e cada chuva inundada nos olhos.
Se não se erguesse a cada tombo.
Chore enquanto ainda tem lágrimas a chorar. 
São apenas lágrimas e olhos inchados.
Deixe-me aqui, deixe todas as memórias nessa caixa.
Para um dia quem sabe, ser relembradas diante de uma fogueira.

Blastoma


Quem é você para dar sentido a alguma coisa? Quem é você para juntar tudo e guardar em seu armário o que tão pouco foi lhe entregue?
Não me diga como organizar minhas roupas, ou se devo por um espelho dentro do quarto. Não lhe interessa se fico melhor com a gravata listrada ou a preta, já não convém optar. Dane-se se você ainda se vê em mim, não se livra de um câncer fácil. Mas isso não quer dizer que você é minha dona. E isso pode querer dizer: Fantasia e bom uso para um bom trabalho.  Por um bom trabalho eu sou capaz de sangrar, rir de desgraça, chorar incessantemente por um amor que nem mais me ocupa. E se ainda transita o blastoma, você nunca vai saber.

segunda-feira, 18 de junho de 2012


Pelo Vidro


"Eu estou olhando pra você pelo vidro
Não sei quanto tempo se passou
Tudo que eu sei, é que isso parece ser pra sempre
Quando ninguém nunca te conta que pra sempre
Como se estivesse em casa, sentado sozinho dentro de sua cabeça" (Stone Sour)

Não, não sou eu que vou me proibir de fazer o que sempre fiz. 
Não vou parar de escrever minhas psicoses para evitar que vistam carapuças.
Recebi alguns insultos ontem, porque colheram frutos de uma árvore podre que não tinha o nome de ninguém então foi suspeito ser. Menina, não seja mais uma a fazer isso. Logo você, pra você  dessas árvores fruto nenhum são para te alimentar, não! Porque morrer de um veneno que não é seu? Insistir em todo esse behaviorismo.
Ah, se você soubesse...
Ah, se pudesse sentir...
Nunca quis ver dor em você, pelo contrário. Cortamos tudo para não causar, minhas intenções foram boas. Talvez meus entendimentos não.
Você sabia que eu iria, deixou o aviso para mim e saiu. Eu não estou fugindo, não.
E eu estou te olhando pelo vidro, você continua tão esplêndida aos meus olhos eternamente admirados.
A saudade é um dos sintomas mais persistentes
Não seria diferente comigo, não.
Por mais que não goste, por mais que me xingue. Eu continuo enxergando teu paraíso, um perfeito mundo de neve.
Eu não consentirei que você apenas passe por mim, não.

domingo, 17 de junho de 2012

A fé soluvel


Hoje eu não vivo só... em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho
Muitos passarão
Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor
Um favor... por favor

Pantherina.

Posso te convidar gentilmente para comer cogumelos amarelos .
Queres conhecer o chapéu da morte?
Não custa muito, você pode ficar doidão em pouco tempo, passar de marte e pela lua. E o melhor, o efeito não passa, é passagem para a grande caixa, efeito do anjo da destruição.
Estou querendo de convidar para se danar à gnomos para ver o quanto o mau pode ter um belo aroma.

Mar de cravo'


O mar de rosas não é pra mim. O certinho muito menos. Eu preciso de cartas na manga, de um chapéu que me esconda o rosto. Eu preciso que você queira saber o que tem por baixo da capa, ver que meus olhos tem a mesma cor mesmo que pareçam estar pegando fogo. Eu preciso que você saiba guardar segredos, ter em mente o que quer e se doar por completo. Eu preciso que você não mexa nas minhas coisas e deixe as gavetas como estão. Além de tudo eu preciso que você seja você para que eu examine. Para que eu te deixe entrar é preciso achar que tem como descobrir o segredo. Será uma guerra interminável. Misturada em amor, desafios, estratégias, sexo, alfinetadas, risadas e compromissos. Nunca se engane, não sou paraíso nem inferno completo. Sou um pouco dos dois. Quando eu disse que seria fácil? Quer desistir?  A porta está aberta

Minha Clave




Cadê você? Acho que estou viciado no teu sorriso

Em tuas fotos, em teu jeito mimado. Sem palavras para teu riso acusando toda tua bobeira. 
Sinto falta quando não tenho sua presença. Quando me leva embora de algum jeito toda essa tua graça que faz de mim mais solto. Aprendiz de algo puro que não encontro em outro lugar. Não pense em vir e se despedir, apesar de gostar de nossos beijos de fim. 
Não estou tão certo de sentimentos confusos. Talvez um dia eu irei embora e não olhe pra traz, quebrando mais uma promessa, mas não pense nisso agora. Tornemos esse dia mais bonito, apesar de todo céu azul e sol escancarado pela janela que ontem tinham estrelas em cobertores milagrosos enquanto você me cobria com ternura, ainda fica melhor com você, é como se tivesse algo faltando em todo esse fairytale.
Não deixe o silêncio por tanto tempo entre você e eu. Nossos olhos falam por nós, mas não deixemos fugir palavras e canções para nos salvar do caminho que não queremos chegar e nem pisar e talvez já estejamos dentro, mas esperamos que nunca descobriremos. 
Continuarei te levando pra longe, sendo aquele que te faz fugir para algo mais perto de um paraíso. 

My Gift


Infelizmente, não podemos decidir e nem ir pra onde quer, nem sempre. Mas eu não me sinto um idiota mesmo que às vezes me faça de um. Somos mais vivos, os únicos. Até o fim de pé para um mundo destruído e outro renascendo.
Os lugares estão mudando, pessoas estão indo e estamos vendo tudo isso. Sentamos aqui, falamos sobre dores e amores. Jogando qualquer coisa, brincando com trilhas sonoras. A solidão bem longe, um salvamento após afogamento. Um sorriso brota em meu rosto e isso tudo eu devo a você, que parece que faz milagre e me tira todo o mal, como se fosse uma mão tirando tudo de dentro em passo de mágica.
Toque-me com diferença, eu não quero estar em lugar nenhum senão aqui. Não quero ser usado, jogado pra lá e pra cá, sendo cobrado de amor, ódio ou qualquer outro sentimento que eu me sinta sozinho suficiente ou deixe marca de solidão por aí. Viveremos pra sempre.
Toque-me com todo o seu melhor, você sabe que tem o melhor de mim.


Make me, Bad.

Você realmente não sabe onde está se metendo, quer escolher as partes a serem queimadas ou quer deixar que o sistema escolha por si ?
Eu não perco o foco apesar de as vezes não poder ver dentro de mim mesmo
Mas eu me acho bonito, por dentro algumas vezes...
Entenda que não é você, o que não importa mais, é apenas que eu aqui sozinho de novo no final de tudo é assim que tem que ser. E eu não quero que você entre para machucar a si mesmo. A pena vem de inicio. Você é meu tipo de encrenca, meu deus. Eu tenho que correr disso. Você pode virar a esquerda e seguir teu caminho, não volte por favor. Não quero alguém tentando me consertar e fazendo mais merda ainda.
Eu farei você ir embora quando menos esperar, queimando em fogo. Não vê  que eu sou um estranho e preciso quebrar sozinho.

Não quero perder o juízo, tudo que eu faço é procurar características, achando loucuras diferentes e mais uma alma. É um vicio, um tipo de atenção. Eu não posso mudar quando fui feito pra isso. Tornar-me é impossível. Impossível, querida bandida. Não quero ser acolhido, eu posso ficar aqui sozinho vivendo de deuses sem realidade. Você não sabe que amor nunca tem durabilidade? Eu não quero tentar mais uma vez, meu coração ta bichado. Infectado. Sem jeito. E eu posso suportar mais toda essa merda, pessoas partindo e perdendo vida. Mas não queira que eu seja, bom o suficiente, não serei.

Agulhadas


''Quando você aparece como um anjo
Me colocando pra baixo, olhe para o meu mundo
Você poderia matar a dor no meu coração?
Embora digam que anjos não matam'' (COBhc)

Eu vou te beber em “talvez” e você não precisará ir até o fim porque do mesmo jeito eu vou sentir a tua falta... de você comendo meu coração com aquele vestido branco. Você disse que lá fora estava muito frio para uma princesa dormir, eu deixei você ficar espalhando peste, construindo minha doença em uma noite mais escura que as outras com luxuria sadomasoquista no ar. Amor, que porra eu to fazendo aqui? Estou numa casca esperando por você, pendurado. Formas de sonhos em pedras em um lugar que está caindo aos pedaços ou é só minha mente? Foi com um sorriso no rosto que eu assisti você chorar mesmo que meu coração estivesse triturando consumindo cada gesto, e eu ainda estou acordado no seu.
Eu não esqueci da faca na sua mão, queimando..E como agulhadas eu senti 7 vezes. Eu sempre tive a opção de desaparecer e te deixar aqui, mas eu segui até o fim pela dor do prazer tênue e eu não posso viver sem você. Mas que piada viver a vida sozinho batendo a tecla em você, bata em mim! Eu não quero mais ser outra pessoa por mais que eu queime e cada passo que eu dou eu vou a uma vida sem você, essa piada sem você. Como pode? Bata em mim, alguma vez, bata em mim de novo.
Você acha que eu estou... feliz com isso?
Você acha que eu estou... funcionando com isso ?
Por dentro,...
Enferrujado.
Agulhada a todo o momento. 
Olhando nos olhos de outra pessoa procurando o seu fogo. 
Volte pra matar e terminar o que deixou por fazer.
E eu trapaceiro não falharei mais uma vez.


sábado, 16 de junho de 2012

Backdoor


Troque de lugar comigo, caia na minha graça
Eu não estou sentindo nada, não por enquanto. Ainda preciso do seu eletrizante choque que me tire dos sentidos e eu nunca deixarei você cair.
Sei que te abandonei de você, mas garota como não consegue olhar pra dentro e ver que você mesma desistiu de tudo que se foi.
E você ainda me quer pela porta dos fundos..
E você ainda me quer pela porta dos fundos, querida.
A casa estava escura, os passos silenciavam o quanto podiam. Você pode me mostrar como quer que fique? Um plano começando pela porta dos fundos.
Me calou com os lábios interrompendo um novo trajeto, seu corpo não poderia ser mais quente quanto agora. Todos os papeis amassados enfiados no colchão, não queria lembrar deles agora. Os minutos voavam enquanto suor rolava.

-Essa musica não está boa, parece de velório.
-Quer algo mais doce?
-Mais doce você não consegue ser.
-Mas eu posso tentar. Comece pela porta dos fundos...

Você veio para me deixar na próxima parada. É como chuva de verão. E eu tentei segurar, sussurrando seu nome e assistindo tudo passar, compartilhando um toque sem graça. Fiz cartas para ninguém após o acidente em que quis me ver só. Calei- te com lábios de veneno, você não acreditou que fossem? Deite-me com alguns cigarros postos na minha boca e me deixe aqui sem acreditar nisso tudo... 
Sem acreditar nisso tudo... Em você e eu.
Estou com olhos para o teto, garoto, você não deveria ter invadido desse jeito, quando me ouviu o tempo todo dizer: Porta dos fundos.




Tóxico


"Quero te maltratar
Quero isso bem na sua orelha
Você me deixou sentir seu perigo
Eu deixei você ter este puro sentimento aqui
Quero o toque do seu encanto
O calor da sua respiração
Quero te dizer todas aquelas coisas
Que poderiam ser melhores não ditas
Não!"           (NIN)


Veja esse belo rosto, a perfeição em suas feições. Ele parece gostar do seu riso, de sua fuga. Ele gosta do perigoso, o mais que pareça ser. Você jogou suas mãos sobre o peito dele, mas não teve força o suficiente, fugiu. Deixou-o rindo de lado, riso soturno. Estava tão frio e tão escuro. Você fugiu de novo. Dentro de ilusões alimentando sua fraqueza para que sentisse mais forte. 
Essa noite você prometeu não ir longe com ele, mas falhou...
Entrou dentro do sonho, sentiu se tocar de dor. O rosto bonito o mistério sangrando, você quis esse caminho, agora está caindo e adora isso. A quentura nos dedos, lambida  áspera. Com paladar empíreo de tóxico nos lábios, derreta aos poucos enquanto morre de amor, é do seu amadorismo que ele se sustenta. É tão alto que você não consegue descer, menina ingênua, está viciada, intoxicada agora.Às ruínas do desperdício. E poderia ser a qualquer custo, você faria tudo de novo...


Retrocedendo sonhos


‘’Sussurrando, você nunca viu
Você está saindo
Cenas de fuga
Mantendo-as reais e retrocedendo nos meus sonhos
Negócios importantes, uma vez aprovados’’

Veja tem algo embaixo da minha cama, algo que treme toda a noite. Veja ela não está me dizendo adeus, mas tem coisas que você não deve saber. São mentiras bem vindas, aquelas que você escolhe acreditar. Está além de muitas coisas.
Veja, tem algo no escuro em silencio, esperando pelo seu medo
E eu não acredito em suas palavras, juro que não. Como vai ficar daqui a uns anos? Quando as lágrimas se esgotarem e os olhos cansados demais de chorar
Por favor, não vá
Por favor, não vá
Sinta as palavras por trás de todas as promessas que fizemos para serem quebradas. Um dia sabíamos que isso ia acontecer, com mais ou menos emoções.
Estamos nisso juntos e eu não acho que estou certo, quando fui eu quem começou isso Quer tornar mais difícil?
Por favor, não vá
Por favor, não vá

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Foi um sonho?


Renovando

Sinto meu mundo cada vez mais amplo e meu eu fechado. Sinto que me importo cada vez menos e sinto meu ciclo aumentar com isso. Parece que os taquicardias passaram, eu não me sinto cansado, nem a vista pesada. Sinto que estou indiferente, coisas que antes  não conseguia controlar, estou conseguindo agora. Andei aprendendo que falar muito nem sempre é bom e o silêncio as vezes é a melhor resposta. Fui guiado a acordar num mundo novo. Oh droga!! Eu gostei!!
 Em que lua estamos? Sinto que isso não vai passar mesmo que entre a próxima.

Hana Yori (Mary Lou )


Não há nenhum rock in roll menina. Volte para linha de partida ou escolha um lugar novo, pois eles não querem lhe ouvir mais. Algo está errado, o clima das montanhas não parece tão frio. Algo está errado para todos te olharem assim desse jeito? Você deveria saber, sim você deveria saber que não poderia se dar o luxo de rir muito. Simpatia não é nenhuma graça, você pagou pra ver e agora se fecha mais em seu canto em meio de cidade grande. Faz um longo tempo não é? Desde que vomitou sem parar com a porta trancada. Faz algum tempo em que se arrastou chorando pela parede do lado de fora da sala de aula, longo tempo em que gritou para que todos ouvissem. Esse mês fará uns dois anos que nunca mais pintou? E o que fez com aqueles desenhos e telas? O que fez com teu talento, menina, você está fazendo a coisa errada. Esse caminho é o dos burros por isso o mato está baixo. Procure a trilha, menina, acorde. Ache algum o mais rápido possível, mas não vá para a 1ª direita, porque não importa quantas direções você tomar desde a primeira, você já está dentro do labirinto. Mas te digo, você não está tão perdida assim, caminhos dão em outros. Ei, o que está fazendo ai diante a esse poço seco?Ligando para os bombeiros? Não sabe que o serviço desse país é péssimo? Não falei?! Até a noite você vai estar mais perdida ainda, vá sem eles, logo as cobras desceram daquele monte.
Aquele dia foi difícil, mas hoje você ri, sim! É uma prova de que tudo passa e isso agora também vai passar. Deixe-os olhar, deixe-os julgar, você não precisa fazer isso também. Há uma caixinha surpresa para todos com cada ato, crime, julgamento cometido. Faça sua vida e deixe os outros e a dos outros. Danem-se, é. Importe-se com você. Quem quiser ajuda realmente irá pedir, pra que essa fome de ajudar os outros? Deixe estar... Lave o sangue das mãos. Hoje é um novo dia, tenha também um novo sorriso e calma, muita calma.