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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Continuava ali

Continuava ali e nem sabia porquê. Continuava sem motivo ou criando alguns. Dando vida aos cardumes de brinquedo. Continuava ali e sabe lá Deus quanto tempo. Nem sabia o quão forte ou quão fraco poderia ser. Mal sabia nadar, sobrevivia boiando. Testando temperaturas. Seguindo o vento pra onde soprasse. Continuava ali como um dependente de suas próprias criações. Assim se sentia um Deus criador. Personagens misteriosos como desfile de Olinda. Continuava por uma rua estreita. Gostava das ruas sem fim e não tão claras o suficiente para enxergá-la. Apaixonado pelo mistério, ansiando uma volta para casa. Continuava como um jogador decifrando um desafio. Continuava quando sabia que não daria certo. Porque gostava das coisas impossíveis, como todo ser humano ansiando o que não pode ter. Mas continuava ali e depois pegaria suas coisas e sairia com trabalho o suficiente para criar suas artes. Porém tem feito pouco. Os  pincéis estão na última gaveta do armário empoeirado. As lousas e canetas... Os lápis e tintas... Tudo jogado em gavetas quaisquer. Mas não falta inspiração, nunca faltou. Apenas joga ao vento, sobrevoa por onde sopre. Mas isso não quer dizer que cansou de ser sozinho. Continuava ali e sempre seria sozinho. Uma vez um guru disse: " Você nunca terá um amigo de verdade" E por acaso poetas deixam de viver sozinhos? Senão não seria poeta. Continuava ali casado com sua arte. E todos que por ali passam, tem o prazer ou desprazer de estar em sua história. Continuava ali caçando personagens, mesmo que involuntariamente. Continuava ali.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

7%

Não adianta nada eu sentar aqui e responder suas perguntas. Você não entende e só vai anotar aí o que te for conveniente. Mais das tuas vivências do que a minha realidade.
A verdade é pra quem abre a mão da sua ideologia, da sua religião, da sua verdade.
Dizem que a verdade não existe, mas se não existisse, nada teria sentido. A verdade existe e está escondida. E ela cega, mas os olhos...Eles já estão cegos.
Já te falei ontem, anteontem e semana passada, eu não sou daqui. Sou do futuro, talvez do passado. Sou de lugar nenhum. Não me encaixo, não me enquadro, não combino. Sei que fui jogado aqui por algum motivo, ou por um erro. Donos de jogos também erram?
Tem alguém nos assistindo? Outro de você ou outro de mim? Eu vivo em outro planeta?
É o que parece, eu sou mais um louco que te alimenta os bolsos.
Ouvi dizer que 7 % do que a gente diz é captado a mensagem que queremos passar. Isso quer dizer que não importa o quanto eu fale, você não vai entender. E também... Não importa o quanto eu reflita, eu nunca vou achar as respostas que estão dentro de mim e me fazem.
O que eu vim fazer? Sei que tem algo muito maior que isso. A vida é feita de mistérios e nem os maiores conseguiram decifrar tudo. É um labirinto. Você escolhe uma direção e você nunca vai saber como seria se escolhesse a outra. Onde daria... Se seria diferente ou se levaria ao mesmo lugar. E então nós nos martirizamos com o efeito das escolhas, e os arrependimentos do não ou do sim.
A vida nos puxa o tempo todo pra baixo e depois entendemos tudo, onde os caminhos se encontram...Ou quando. Uns ficam vagando e eu só não quero ser um desses. Ou... Há quanto tempo sou um desses?
De tudo que eu estava pensando, 7 % foi passado e o resto fica a desejar pelo meu tom e meus gestos ou pelo que eu não falo.
Percebo que estou cada vez mais mudo. Quanto mais velho eu fico, menos vontade tenho de falar e me sinto bem assim. Porque aqui ganha mais quem joga com silêncio. And Think...think...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Cemitério de Neve em Sangue


Estamos andando pela neve e não esperava que viraria puro sangue. Um acidente, um amor improvável, impraticável. E eu sabia, sabia que não daria certo. Você sempre foi muito que eu podia aguentar.
Não tinha mais o que ver, largue esse binóculo. Fica de olho no passado. Eu fiz e não adianta indagar por quê, sem perguntas, apenas abocando. Eu me lembro de um dia que eu tinha alma, isso faz muito tempo.
Você poderia escolher pelo menos me matar de uma vez e não ir separando os pedaços de mim. Entenda que eu poderia morrer, mas não chorar.
Eu fiquei incompleto, desacreditado do nosso mundo e você acha que o cemitério é só seu... Vítima dos pesadelos de um demônio. Um vigarista, ladrão, aproveitador. Serei o indigente.
Às vezes aqui só eu só posso dormir quando sinto que não estou sendo observada. E olhando pra esta foto, nós dois sorrindo aos flocos de neve, eu não posso na acreditar na dor de uma alma que já foi livre e agora só vai atrás da sua, perdida numa história mórbida. Dança fúnebre que me prende a essas correntes que não devo, nem quero me soltar.
Eu fiz sozinho, cada articulação. Montei a armadilha e tu caíste. Minha nossa devo ser mesmo um psicopata. Mas eu chorei também de chegar a sufocar. Tremi por me enfiar até as caldas. Quem está na chuva e reclama se molhar?

Acreditar no mundo, ainda nos custará... Muito! Assim como me custou ficar sem nada, quando apostei todas as minhas fichas em você. Agora, sepultura!

(Escrito por Mr Nobody & Pollyanna Pasiphae)

domingo, 12 de outubro de 2014

Não Há Apenas Um

Várias vozes passam pela minha cabeça, fica me perturbando o juízo. Pergunto: Qual é o plano? Só peço, por favor, deixe-me dormir. De resto, nem ligo se faz bagunça no meu quarto, só me deixe em paz.
Eu estava quase dormindo e ouvi um chiado. Abri os olhos assustado, tinha uma luz na mão apontando pra tudo quanto é lado. Já não bastam os mosquitos. Ficarei feliz quando a luz tomar meu quarto..

Filtro, qual é o seu trabalho, pegar meus pesadelos e trazer para o sonho real. Então pode deixá-los mesmo no imaginário, se for assim...

Certo, mantenha alguma distância. Eu não quero ser encarado, ser a multidão de um Deus. Eu não assinei nada, eu não quero nada. O bastante não completa meu plano, foi apenas uma brisa ruim. E eu não me culpo por todo o sangue, nem pouco me importo se isso é considerado muito pra você. Não sou um assassino de fato. Não tenho medo e o que vai me fazer perder? Eu não tenho nada. Porque nada aqui é meu.

sábado, 4 de outubro de 2014

Cerne

Às vezes só dá vontade me reservar e não dizer absolutamente nada. Assim nada seria dito contra mim tudo aquilo que expus com os batimentos acelerados do coração. Mas eu sei, do que habita em minha mente e eu sei bem o que está dentro de mim. Nem você, nem nenhuma pessoa poderão jogar lixos em cima da arte que ninguém poderá interferir senão eu mesmo. Porque dos meus rabiscos eu sei. Dos sentimentos que cada frase tem, podendo parecer inúteis aos olhos de outrem. Eu sei o que é real e o que é falso. Eu sei o que tem de real no falso e se eu achar que vale a pena entrego uma carta.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Som do amor maior

Quero fechar os olhos ao som desses pássaros, sentir o ar das montanhas, ficar perto do verde. Tudo que eu ouço é o som da natureza e isso é estar perto de Deus. O mais puro amor. Eu posso deixar todos os problemas passarem. Eu posso ficar imensamente feliz e rir do seu lado mesmo que esteja magoado. Eu posso. Ir onde eu quiser, eu só precisarei fechar os olhos e terei o que eu quiser. Ouvindo o som do amor, ouvindo o som mais bonito para os ouvidos. Não pode ouvir também? Toda a graça vinda de...
Ah...

Eu tenho a certeza que serei sempre assim.. De toda a maneira, tudo que eu tenho. Se não for material sempre será encontrado. Tenho a certeza da estabilidade do coração mesmo que ele sangre. Sabe o que não é ter dúvidas sobre si? Sabe o que é se conhecer? Sabe ouvir o som do amor maior? É aquele que se nutre por tudo isso ao redor...
Por tudo isso ao redor...


''Eu realmente fico em dúvida se prefiro céu ou mar. Qual deles é mais misterioso, mais poderoso. Eu realmente não sei escolher.''

domingo, 24 de agosto de 2014

Inspirações me fazem os anexos mais complexos

Escrevo por páginas e páginas. Lamentos, profusões, fúria, indignação, duvidas..Minha vacilações entre vírgulas e as suas. De tantos. Minhas confusões, lamúrias.

E ao deitar a cabeça no travesseiro me vem mais. Não tem fim, inspiração em mim entorna. Escrevo na parede para não esquecer e assim o branco de cal mancha em grafite. Inspirações, como água morna no frio. Me perco e desalinho, uma chance de ser ouvido por mim mesmo aos berros ás vezes. Em várias denominações, espalhando culpa, espalhando tudo que envolve sentimentos. Com um nome para o conjunto, Mr Nobody.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Et's Medusas e seus cães do inferno

A fuga se fez com sangue. Uma guerra de zumbis da cabeça em ficção pode causar um terror por horas inconscientes. Me fiz esperto, mas não o suficiente. Ia perdendo um a um. Outros decidiam não mais acompanhar nosso grupo. Para onde foram? Não sei. Os deixamos para trás depois que os 5 andares foram tomados por cães carniceiros. As crianças apertavam todos os números do elevador, fugindo de onde estariam os monstros. Abria e fechava de novo.
 Algumas cabeças mortas, mas a maioria viva. Podemos ver carne ensanguentada espalhada e o coração ainda pulsando. Mas há cães bons no meio, um do nosso lado contra os cães do inferno. Foi na escada rolante que perdi o resto, nos perdemos deles, eramos apenas quatro agora. Então apareceram os Et's com feitiço de medusa. Eles riam ecoando a letra "i" e então todos viraram pedra. Então pude perceber o fim dos outros, inclusive dos bebês e das crianças pequenas. E os cães? Onde estavam agora? O que realmente estava no comando? Diabos!
 "-Ei garoto, não olhe para eles, eu descobri, não olhe para eles!Esse é o segredo! Por favor, você é uma criança, mas entenda. Você não pode olhar! Eles estão chamando sua atenção , mas se você não olhar , você sobreviverá. Garoooto... Não..." E então, eu também olhei...

domingo, 17 de agosto de 2014

Estrupa меня

Tu diz que morre, tu finge que morre. Tú cai em meus braços. E estás aqui derramando deleite e não cansaço. Apesar de toda dança teatral da vida que transitamos. Transamos, porque pedes para morrer de prazer pois o que importa é tê-lo e não a dor. Os sonhos são reais quando queremos, chamamos. Eu quero chamar-te para um encontro hoje a noite em chardonnay, sem esfriar, estrupando o corpo por vontade própria e alheia. Convencidos que o amor não morre nem com anos e nem com séculos. Revira-me do avesso toda vez que me marca com teu jeito travesso. Como seria impossível? Aos teus olhos nus? Mísera! Prefira apontar, mas aponte e bata no seu morde e assopra. Mas não se esqueça de continuar, porque hoje eu quero ir até o final, com você. Dizendo que te amo quando tu me fazes desistir de te odiar.. por hoje.. por hoje...

Adonai de mim mesmo

Engana-te se pensas que escrevo pra ti. Vaidosa você é. Contudo, não tudo. Ainda sim vaidosa de pensar que todos meus personagens são teus. Eles são de ninguém. Apenas Mr. Nobody. Eu, refletido em mim mesmo para o espelho, múltiplos eus. Adonai de mim mesmo.

Engana-te se pensas que não são as mais profundas palavras que digo da boca pra dentro ou pra fora pra ti. Pode ouvir? Tudo se remoendo? A descrição no olhar que nem sempre podes ver. Eu disse: Sinta-me como o vento. E aprendeste a sentir? Em toda minha vida, apenas uma pessoa soube fazer isso. E eu achei que jamais teria uma alma. Mas ela adentrou em meu espírito de tanto tentar ler-me, conseguiu! Impertinência!  Mas ainda sim, a amo por isso.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Demo-nos

Sinto cair flocos de neve. 
Atravessam a vista, transpassam. 
Eles caem. 
Bolo de neve nos meus pés. 

O frio me corta e me mata até eu não sentir mais. 
Joga asteroide ao invés de neve. 
Joga e destrua tudo. 

Livrai-nos da maldade, da vida perdurada em sofrimento. 
Livrai-nos e deixa-nos acreditar por que olhos veem, não só porque está escrito. 
Leve-nos para  o paraíso onde o mar é raso até o fim. 
Ou para o inferno, para que nos classifique de vez nele. 
Mas não aqui. Aqui não. 

Dias de neve e dias de fogo. 
Quem não sabe viver estará sempre com o pé nos dois morrendo a cada vez. 
Mas quem sabe viver sabe aproveitar cada um. 
Como uma planta que precisa de sol e chuva, 
Também precisamos do bem e do mal, da dor e da alegria.

Livrai-nos de uma vida censurada e controlada. 
De uma vida onde tudo é só doce. 
Demo-nos  a água de sal e açúcar e saberemos assim lidar com os gostos diferentes.

O Sol bate na cara, mas não vejo como um tapa. 
Preciso suar para livrar-me da febre.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

O copo se quebrou, escorregou dos seus dedos. 
Eu não sei quem matou primeiro, mas agora estamos aqui... 
Teus lábios sussurram. O que fizemos com nosso ímpeto? 
Sem volta pra casa, porque queremos assim. 
Sem destino ao acaso. 
Estou doente? Estou apagado? Não, só estou morto. 
Vivendo como um zumbi. 
Estou morto diante a evolução para guerra. 
Morto diante ao perigo nas ruas. 
Morto para o carnaval. 
Morto para meu aniversário.

Na vida, a gente se sente mais morto que vivo? 
Isso é comum? 
E na morte nos sentiremos vivos ou mais mortos ainda?
Por que quando falamos de vida, lembramos da morte?
E quando falamos de morte, tocamos em vida?
Mas ainda sim, tudo seria pior se viesses dos lindos lábios teus.
Então dependendo de como fosse
eu morreria e ainda estaria vivendo
Ou vivo e morto por alguns instantes
Até que me faça acordar de novo com algum folego constante..

segunda-feira, 3 de março de 2014

Sem coração


Em que hora Deus aparece em nossas vidas? Porque sinto que ele não está a todo o momento. Apesar de mil livros e teorias e tudo mais dizerem que sim. Onde estava Deus que deixou-me cair no buraco negro que é o coração do falido?
-Que prepotência sua achar que Deus é um salva- vidas.
-Quer dizer que pode se jogar em um mar de bestas que Deus irá salvar. Pode se picar e nada irá lhe atingir. Pode andar desvairado sobre um volante e acidente não irá ocorrer. Pode se jogar de um prédio e tu não vai morrer. Porque mil caem à direita e a esquerda, mas não lhe derrubará.
-Tú pode escolher. A escolha é tua, meu filho.
Andei pelas ruas escondendo a beleza que tanto me fizeram acreditar que existia. Mas é verdade que quando olhos não veem o coração não sente. E nem seria por mim, seria por eles. Se tem uma marca em meu rosto tão grande como um coração, tão parecido como um coração e tão ardente como tal. Nunca enxergarão na verdade, teu coração de dentro se tem um de fora. Pouco importa a maneira como respiro, pouco importa se meu coração não bate. É fácil rebaixar quando se há um time de futebol do lado. É fácil gritar. Pessoas hoje em dia, se sentem melhor causando dor, se sentem como o malévolo.
Minha vergonha espalhada pelas minhas roupas de esqueleto... Este que quebraria em mil pedaços transformaria em pó. E quando as chamas me engoliram eu pude chegar ao ápice de todo meu prazer, meu alivio, meu céu, meu inferno, libido, das minhas dividas...
Senti-me nos braços daquele que sempre me manteve ali até falhar a respiração e ele me levaria até minha mãe. Que morreu nas mesmas chamas da minha vergonha. Por que então eu  lhe deveria um ou mais corações humanos? Se foi você quem arrancou todos os meus, de mim. Incendiando, matando tudo que me importava. Deixando minha vida tão vazio a ponto de apertar tua mão. Sentir o fogo fictício até senti-lo matando-me de verdade.
Estar sozinho não é pior do que ser abandonado. Ser abandonado não é pior que ser despedaçado.  Estou no fundo, no fundo... E no fundo continuei. Fazendo contratos para sentir um pouco de satisfação. Para experimentar a vida que nunca estamos satisfeitos não importa qual você tenha. Acredite que pode ser pior, como a minha se tornou.
Deep, deep,deep,deep...
Tudo que tú me julgou caiu bem sobre tua cara. E de repente, eu tinha amor e não tinha nada. Jogado de cima pra baixo pela tua selvageria, não distinguindo teto e chão. E nem estaria livre no primeiro ato.
Eu forcei, forcei, mas o vomito não saiu. A cruz estava entalada na garganta e até poder respirar era estranho.

Quando toda merda caiu fedorenta sobre minha cabeça, eu percebi o quanto era melhor ter um coração na cara.


Eu só queria estar livre, mal sabia que estava sendo amarrado e não tinha mais saída. E eu fui abandonado, só encontrei Deus no verdadeiro brilho intenso depois de ser devorado pelas chamas do Diabo. Mas de que vale? Alguém me disse que a vida é apenas uma passagem. Que é como 1 hora de 24 do seu dia.

Estou em outro plano agora e eu já não sei mais o que é físico. Disseram-me que em um tempo estarei desacostumado e depois terei que me acostumar de novo. Isso me deixou pensando em toda minha teoria por ser um joguete. No fim você estende a jogo do Diabo, mas o de Deus, nunca..nunca... 

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Quimera

PART I


Respira, respira. Liguei pra você e nem ao menos sei o que dizer. Apenas me desculpe por não querer tanto algumas horas e em outras te querer a todo custo.  Antes de pegar nesse telefone, te imaginei ao lado da minha cama. Então eu te surpreenderia e você gritaria o meu nome e não seria por raiva. Não sei bem o que acontece quando o assunto é apenas eu e eu mesmo. Um dia quem sabe eu consiga frequentar algum médico que saiba do meu caso melhor dos que já passaram. E a culpa não foi de um ou de outro, foi apenas minha.  Sussurro no teu ouvido como gostaria de ouvir. Mas a minha mente sempre está a frente e nem sei como pensa tanta coisa ao mesmo tempo. Eu preciso de um lugar para descarregar os sonhos e os pesadelos. Para ser quem eu sou ao extremo, sem medo do desespero ou da angustia. E o que eu não sou também. Porque nós não somos todos os nossos pensamentos. Estarei rodopiando e fazendo a dança da chuva mesmo sem chuva. Estarei cantando Frank Sinatra em pleno século 21.  

PART II


Mas respira, respira. Eu ainda não liguei pra você e também nem poderia me atender, se fosse o caso. Eu gosto mesmo de dizer olhando pra você e sem que você ouça me comunico com teu espírito. Sua alma me ouve, pois ela se ilumina em seus olhos. E sorri pedindo que eu a envolva, assim faço. Então não precisamos dizer nada, quando tudo é dito em um beijo. Mais puro desejo. Mais sujo desejo.
Tua boca sangra e eu me alimento da tua envoltura. Satisfaço-me transmitindo, desejo sujo, amor acima de tudo. Se alimente da minha loucura, junte os pedaços de insanidade, mas jamais cole no painel são. Vá se alimento do meu liquido alucinado, mas não queira me entender. Nunca tente me entender.
Engula-me, me devore, mas não me entenda.
Decifrar um louco não é tão fácil. Minha loucura grita. Quero-te gritar. Gritar no meu, quero. Gritar dentro da sua boca. Explodir, manguaçar, eu quero liberdade acima de tudo. Somos pássaros livres num mundo imperfeito por fora e perfeito por dentro. Inteligível a sua catástrofe, á sua natureza.
Sou vento, furacão, sou fogo, vendaval, chamas, faíscas.
Fogueira que apaga e acende de novo, interminável. É o desejo de sugar tua alma, teu coração, teu sexo, tuas expectativas, tuas exclamações, teu “eu” em “mim”.
Vou exorcizar teus demônios, fazer entender tua vida, tua trajetória. E saberás o porquê de estar aqui. Sou muito maior do que vê. Sou um gigante, brilho intenso. Sou tudo e todos, pra ti, na rua, em casa, no seu quintal. Sou sua mente, mente, delicio-me. Vingança só faz meu tipo quando estou sobre teu corpo na cama. Então irei te fazer sofrer com o prazer que é causar dor e rir.
Transtornei-me, me embriaguei em lembranças ocorridas e/ou não. Fantasias de céu e inferno. Se endivide. Eu não ligo. No fim, terás que pagar de qualquer jeito e o preço será caro.

PART III




Mas por agora largo o telefone, levanto da cama e ando sem roupa pela casa. Apenas questão de tempo para estar debaixo da água. Não a que caí la fora... Ainda não quero purificação de Deus, não enquanto eu não te passar meus pecados para pegá-los de volta depois. Transmissão sanguessuga. Cuide de mim porque eu não estou aguentando comigo mesmo. Estou sendo exprimido, preciso soltar. E tem que ser em você. Bem em você.


Pleasure and pain

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Muralhas e Infartos

A boca cala, mas o coração explode. Até um infarto. MEU INFARTO!


Fico aqui matando sonhos enquanto vc acha que está tudo bem. Enquanto vc acha que é a única doente, eu fico aqui tomando pílulas para insensatez. Aponto-te o dedo e tu virás pra trás. Diz que é o demônio que taca fogo em abrigo feito com suor.
Muitas vezes quem atira com ferro com ferro se fere. Você cai doente, tonta e chora. Tão indefesa, mas tuas palavras e atitudes erronias já me mutilaram e me fizeram estar assim de braços cruzados no meio da sala.
E quando diz que não aguento mais, sou só uma criança mimada que não sabe o que é dor de verdade e que vai sofrer tanto quanto você pra aprender que não se deve destratar assim quem te deu vida e só não renunciou por tua causa. Minha causa. E se fosse diferente?
Se apagar não é fácil, senão já teria feito. Vencer também não por isso continua no buraco que tu mesmo cavaste e eu.. Filho injusto não lhe joga corda, não te dá de volta direção.
Faz por todos menos por ti. Não faz por ninguém quanto menos pra ti.
Só faz pra si. Nem pra si faz. Quanto menos pra ti.
Ingrato, Injusto! Não vê o quanto teu berço lhe deu regalias? 
Porque fala da vida como se tivessem te atacado fogo?
Bem.. Não foi assim?

Canso da minha ironia. Mas é algo que eu deva brincar quando tudo se encontra do jeito que está. (Ou quando não. ) 
Deveria ter me tornado alguém pior?
Não seguir tanto o coração e dar primeiro espaço a razão como ouvi a vida inteira?
Creio que sim, mas não seria eu! Mas as vezes a primeira pergunta queria que fosse sim, mas não. Ser ruim é mais fácil, parece. Mas pra mim não. Droga.. 
Estar no papel dela é mais franco. Porém todos devem dizer que o próprio lado é pior. Lados, lados, LADOS.. LADOS! De Muralhas é feita nossa vida e de infartos, justamente... Muralhas e infartos.

sábado, 14 de setembro de 2013

Kabum!

O que isso significa?
Minhas palavras perderam o sentido. Não está sobrando nada ao redor. Esta ficando invisivel ou é apenas eu ? Meu jogo de destruição não falha nunca.  Seu coração não se salvou mais uma vez. É uma roda viva gigante e eu não passo de um mafioso com uma fé desgraçada.
Preste atenção em minhas mentiras e quanto mais você se fixar , mais você acreditará. Como um circuito de hipnotização. Kabum!
Agora estou levantando e vou seguir um caminho fora das bombas, eu vou seguir sem rastros de pegadas. Apenas eu, que pareço estar sozinho, mas nunca estou. Porque essas vozes não podem ser ilusões.
E porque? Porque estou fazendo isso? Pq tão adepto a destruição?
Você é perfeita demais. Você toca meu âmago. Meu sonho de fantasia até eu comer você.

Perdoe-me mas eu só preciso sentir algo. Você acha doentil? Eu preciso disso pra me sentir vivo. Mesmo que me sinta findo ainda quero arruinar tudo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

The Humbling River

"É necessario muito mais que revolta e musculos
Abra seu coração e mãos, meu filho
Ou voce nunca passará pelo rio"


Você é um circulo perfeito
Você é meu circulo perfeito
É a natureza me envolvendo
Me levando pra casa
Era você em cima das montanhas
Visionando desde a infãncia
Quebrando Icebergs
Invadindo florestas sem medo
Temos um céu acima de nós.

Esse mesmo céu que estamos apontando aqui deitados
Em cima da terra porque não nos importamos
E quando nos gritarem, fingiremos não escutar
Vamos viver pra sempre.

Essa noite não poderia ter dado nada diferente
Anjo, anjo me diga 'não' de vez enquando
Porque o "bom" nem sempre é tão bom que não possa negar
E então poderei ser além de fogo entre esse aguaceiro
Como faz pra ser rocha? A rocha que és..

A dor é algo que me faz forte no final de tudo que não reconheço
Eu não conseguia tocar meu coração
Mas você fez isso por mim

Sinta todo o teu preenchimento e imagine o que acontecerá se sucumbir...
Mas não precisa... Viveremos pra sempre.

domingo, 2 de junho de 2013

Quimera

Ilusão, baita ilusão. Nascente, teu corpo quente, amarelo, nu. Queimado... Que vire cinzas. Difundido. Perfeito... Almas que se encaixam e se enlaçam e queimam pra voltar a paraíso. Ardidas.
Queimamos por engano. Os laços que nos envolveu na direção errada. Inexplicável. O porquê, de acontecer. Razão. Razão e emoção. Noites vazias de solidão. A bela entre a besta. Disfarce. Mascara. Fuga. Você fugiu porque convinha. Você dormiu porque sentiu exatidão. Das minhas cobras, dos meus venenos.

Queimei-te por engano. Não era pra ser você.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bruchstelle

Os tempos mudam. Uma balança inconveniente e justa te recupera de situações. As ruins a gente até permite, mas as boas, não deveria ter ganchos que nos trouxesse de volta.
O gosto do doce é muito bom pra mim. Fico admirado em saber que até pessoas como eu, tenha a chance de sentir o quanto Deus é bom. Quase uma audácia. Eu não sou merecedor, nem nunca serei.
Mas contemplo todo esse colorido, onde nunca achei que sairia desse vermelho e preto. Eu sinto amor onde nunca pensei que florescesse algo. Um mundo apareceu. Quase impossível a minha imaginação. A vida começou a dar certo,  mas já vem a âncora. Para acordar do sonho. Porque nenhum sonho é pra sempre. Você sempre acorda no final. E esse não é meu lugar. Não pertenço aos servos iluminados.

 " Homem, você é um sol que se acha lampada. Uma lampada queimada. 
   Você se acha uma lampada queimada para se igualar aos teus irmãos. 
   Mas tú não é nada disso. Tú és especial."


( Se ele te ataca é porque te escolheu)

                                           A vida é engraçada. Teus mistérios descabíveis e geniais.
Oh, ancora maldita! Me deixe no sonho que criei e me foi concebido.
Será meu ponto de ruptura.

sábado, 25 de maio de 2013

AutoFlagelação

F assim, eu sai de casa, mas não deveria ter levantado nem da cama.
Com a febre que me tomava qualquer um ao me tocar sofria uma convulsão
Eu já estava perdido, mas não era o suficiente
E você me beijou. Na encruzilhada você me tocou.
Morri por acreditar, paguei o preço.
Você me beijou e eu não pude evitar depois de selar o pacto.
E disse: “Vamos por aquele caminho”
E no meio de tanto sussurro percebi que estava sozinho ao cessar.
Cortando o mato algo com as mãos, não pude evitar o sangue.
A quem eu estive seguindo?
Que coração eu ando comendo?
Eu sinto meu DNA na língua.
Mas ainda sim, ainda estou dentro de mim
Com toda minha autoflagelação
Ainda me ouço gritar, mas não consigo tornar claro
Eu me perdi, eu me perdi
Mais do que eu queria
Só Deus sabe o quanto eu queria achar minha bussola

Teu beijo me faz desaparecer toda vez eu volto aqui
E toda vez enterro um pouco mais de mim
A todo o momento sou observado, já não durmo sozinho
E apesar desse vazio eu sei que estás comigo
Corroendo meu coração

Até não sobrar mais nada.