sábado, 30 de abril de 2016

Dark Side

Sou uma porra de uma máquina cortante
Porque sou o espelho do meu pesadelo
O fim é o começo. 
Porque o passado não sai das suas memórias.
Ah memórias!
Aprender a lidar com o ódio para sobreviver
Aprender a limpar o sangue para sujar de novo
Agora tudo vira tatuagem em sua pele
Esse  é o começo e é assim que deve ser.





April, Godbye

Meus olhos sangram. Janeiro maldito, Abril Filho da puta. Mas outubro alivio. As algemas machucavam. Tua boca me sufocando. Esse cheiro de encruzilhada. Armadilha para o demônio.

Lembro que corríamos para as montanhas. Eu estava na frente e você sem fôlego atras. Eu estava tão apressado para te mostrar o topo.As flores e frutos terrestres. Aquele céu amarelado... Mas você não conseguiu subir.
Maldito destino contra minhas utopias. Meus sonhos que sempre te faziam temer que não seria você. E não foi mesmo...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Encontro

Tremores me alarmaram numa noite mais escura. Como seria pensar no anjo e ele se fazer presente?  Distraí-me entre o visor e o minuto passando. Teu alerta logo ali. Como atravancar a rua apressado e ver uma luz muito branca de cegar, de cessar as lamentações.
-Oi
Esses olhos apertados sem nenhuma graça de dia. Torturou-se por mais tempo que podia sustentar, até que ...
-Oi
Arrumou uma toalha não sei de onde. Precisava a qualquer custo estancar o sangue, mas nada doía naquele momento. E este afago, nossa! É como se nada tivesse mudado nunca. É como se jamais tivesse ouvido o barulho da porta batendo. Tão sem saída. Mas nada é impossível. Deus sabe o quanto precisava desse anjo.
Paz brincando de bate-bate. Chão pra sustentar. Você pra recomeçar. Toca, beija e passa. Esconde, calado, segredo. Dialetos cortados, mãos pra afastar. O céu não parece distante. Repassa graça.

Uma cama pra dois velhos amigos. Anestesia até que olhos não aguentam mais abertos.  Toca, beija, repassa. Boa noite/Bom dia. Oi, É assim que preciso de você...


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Os Tiros

Ajuste-me na sua sarjeta de merda. Desperte-me socando-me a cara. Você usa e abusa do seu domínio. Quanta intimidação, quanta infâmia! É bonito o som dos tiros. Você é mais homem com uma arma na calça. Mas na hora de atirar, você erra.
Vergonha é o medo que você sente.
Todo esse cimento não é nada. Quem constrói, destrói.
Agora tu me chamas de “meu”
Por que aponta pra mim? Não posso dar o que você quer. Quem perdoa é Deus! Cada um carrega a decorrência de suas obras

Eu nunca vou olvidar. Nem te deslembrar.
Enquanto eu te esquecia...
Sem querer eu lembrava...