sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bruchstelle

Os tempos mudam. Uma balança inconveniente e justa te recupera de situações. As ruins a gente até permite, mas as boas, não deveria ter ganchos que nos trouxesse de volta.
O gosto do doce é muito bom pra mim. Fico admirado em saber que até pessoas como eu, tenha a chance de sentir o quanto Deus é bom. Quase uma audácia. Eu não sou merecedor, nem nunca serei.
Mas contemplo todo esse colorido, onde nunca achei que sairia desse vermelho e preto. Eu sinto amor onde nunca pensei que florescesse algo. Um mundo apareceu. Quase impossível a minha imaginação. A vida começou a dar certo,  mas já vem a âncora. Para acordar do sonho. Porque nenhum sonho é pra sempre. Você sempre acorda no final. E esse não é meu lugar. Não pertenço aos servos iluminados.

 " Homem, você é um sol que se acha lampada. Uma lampada queimada. 
   Você se acha uma lampada queimada para se igualar aos teus irmãos. 
   Mas tú não é nada disso. Tú és especial."


( Se ele te ataca é porque te escolheu)

                                           A vida é engraçada. Teus mistérios descabíveis e geniais.
Oh, ancora maldita! Me deixe no sonho que criei e me foi concebido.
Será meu ponto de ruptura.

sábado, 25 de maio de 2013

AutoFlagelação

F assim, eu sai de casa, mas não deveria ter levantado nem da cama.
Com a febre que me tomava qualquer um ao me tocar sofria uma convulsão
Eu já estava perdido, mas não era o suficiente
E você me beijou. Na encruzilhada você me tocou.
Morri por acreditar, paguei o preço.
Você me beijou e eu não pude evitar depois de selar o pacto.
E disse: “Vamos por aquele caminho”
E no meio de tanto sussurro percebi que estava sozinho ao cessar.
Cortando o mato algo com as mãos, não pude evitar o sangue.
A quem eu estive seguindo?
Que coração eu ando comendo?
Eu sinto meu DNA na língua.
Mas ainda sim, ainda estou dentro de mim
Com toda minha autoflagelação
Ainda me ouço gritar, mas não consigo tornar claro
Eu me perdi, eu me perdi
Mais do que eu queria
Só Deus sabe o quanto eu queria achar minha bussola

Teu beijo me faz desaparecer toda vez eu volto aqui
E toda vez enterro um pouco mais de mim
A todo o momento sou observado, já não durmo sozinho
E apesar desse vazio eu sei que estás comigo
Corroendo meu coração

Até não sobrar mais nada.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

À Deus



Eu não quero viver essa vida. Essa não foi a vida que escolhi.
Não disseram que escolhemos nosso próprio destino?
Porque eu perdi? Oh Deus, porque eu insisti?
E a história continua.
Ele e seu jogo de xadrez.
Nós morremos ou não?
Porque ficamos trancados deste lado do portão?
Nunca terei respostas para as minhas perguntas.

Chimborazo



Puxaram-me de um alto, mais alto que o Chimborazo
A sensação era essa, bem extrema.
Porque na verdade quem vem de muito baixo não reconhece a superfície. Então tudo é céu. Tudo foi céu. E você disse, era esperança tudo que eu precisava.
Usei da sua fé. Minha linda Maomé. 

Meu mundo tinha mentiras e fingimentos, canções de amor gastas por sonhos que precisava de uma direção. 
Amar não fazia parte da minha lista. Apenas a mim mesmo. 
E com toda a gasolina que eu me jogava foi provado que nem a mim mesmo.
Talvez eu precise estar sempre do seu lado ao invés de destruído pelo meu próprio jogo. 
Os templos se abriram e eu continuo achando que não sou merecedor dessa sorte toda. Sua fé sugada e não gasta. Seu muro maravilhoso. Eu não merecia estar deste lado, mas ainda sim me fazes acreditar que sim.
Perdi algumas moedas de santos, de prazer de dor, dor em prazer. Autodestrutivo.
Você me trouxe de volta bem no fim dos meus dias, retrocedendo ao começo. Uma nova vida.

Voce salvou minha vida.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tolo

Se pudesse optar eu escolheria por não mudar, a cor dos meus olhos quando olho pra você. E se eu pudesse me controlar, eu não enrolaria a corda no teu pescoço sem motivo para fazer... Você gritar. Seu pior grito. Berrar com o coração saltando. Tremer, sem saída de emergência.
Sou um tolo. Beijando cobras e te passando veneno por saliva. Sou um tolo de olhos vendados por sugadores de felicidade. Sou um fraco quando caio e não te agarro. Fico surdo sem teu guia e teus mapas. Um tolo... De futuros arrependimentos e joelhos no chão. Sou assim, egoísta com minha própria opressão.