quarta-feira, 30 de abril de 2014

UpSet

A noite não queria dormir, mas meu corpo forçava.
De dia não quis levantar, mas fui forçado pelo meu corpo que doía.

Vai entender vontades e deveres. Vai entender quando simplesmente não to afim. E que é medo, só medo que isso se estique.E cause entendimentos errados novamente. Nessa falta de vontade de fazer as coisas. De agir. De acordar. Quantas vezes tenho que explicar o motivo? E quantas vezes tenho que dizer que não é fácil traduzir isso? Mas que passa, sempre passa.
Um momento muito feliz passa, o desanimo também. A tristeza, o mês.

Imagina que lindo que seria, ficarmos tristes, desanimados, paralisados e soubéssemos sempre o que nos afligiu para estarmos assim quando não é algo direto? Imagina só como seriamos peritos plenos de nos mesmos. Se pudéssemos olhar para dentro e dar explicação de tudo. O porquê chorei sem motivo. Cace o motivo, vamos lá ache. Porque está chorando sem motivo? Apenas porque a bagagem pesou na cabeça? Apenas porque estão chicoteando teu corpo até sangrar? Ou porque te fazem de otário quando você não merece isso? E esse alguém é um que você ama. Precisam de mais motivos ainda. Para esse teu desanimo em sorrir e dar prazer.

Como é? Você sabe? Dá prazer se não sente prazer? Eu não sei. Eu não quero, é simples assim.
O que não é feito de alma, vem de vazio. Quer algo vindo do vazio? Então terá algo como Sektor ou Cyrax..

Sim, eu não sou um robô.

E ter uma fase de desanimo não quer dizer que eu não vou ser feliz nunca mais. Estar triste hoje e semana passada talvez tenha um motivo e tem e já cansei de dizer. E cada vez que eu digo machuca, porque eu só quero deixa pra lá. Porque não tem nada a se fazer, senão esperar. Então não me faça falar a todo momento só para tirar duvidas de envolvimento seu nisso. Porque sangra toda vez que toca na ferida. Neste caso não é conversando/ mexendo nela que vai melhorar.
Por favor, esteja ao meu lado respeitando meu momento.
Por isso, ás vezes, é melhor ficar sozinho. Não porque gostaria de ficar sozinho, mas se não me entende é melhor assim.
Eu não sou um campo de maravilhas. Não sou sempre otimista. Seria bom se fosse? Seria! Mas acho que ninguém é tão perfeito assim. Perfeição, tire esse emblema de mim. Sempre odiei rótulos. E eu não tenho explicação as vezes. Como tudo na vida.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

E o tempo vai passar... II

Na verdade não. I was wrong.
Descobri o que eu já sabia e você foi onde disse que não iria. O lado bom, ainda estava na cidade e mesmo assim disse não. Talvez eu mereça e seja só isso. Agora também, fico mudo. Mudo para explicações de não querer. Mudo para seu selfish. 
Disse não para minha dor, talvez porque a sua é maior e não poderíamos curar isto. "Não " é não. É isso, somente não. E que Deus te acompanhe.

E apesar de saber que o tempo passa quero estar mudo para a noite, mudo para minha vida a partir de agora. Como um voto de silencio. Estarei em outro lugar e ordeno que tudo fique nesta noite. Na noite em que não estarei.

E o tempo vai passar...

Eu queria tocar as borboletas e elas viraram vaga-lumes, quando eu vi estava sentado sozinho no parque e o vento era frio. Senti suas mãos quentes em meu rosto, e me deu um beijo demorado. Do jeito que eu gosto. Talvez fosse um pedido "me segure" e talvez eu tenha demorado a perceber isso. E logo estava frio de novo. Oh não, começava a ficar frio .
Eu tenho uma mania feia. A do “Detrás pra frente”. Porque é normalmente assim que vejo as coisas, já vendo sete palmos da minha vista e sei programar o momento, mas nem sempre sai como planejado. Não foi isso que planejei, ou sim. Foi sim. Isso que eu quis fazer até o fim, mas não era o que eu queria que você fizesse. Porque eu não faria isso no teu lugar. Nunca te deixaria no frio em meio da tempestade sem nem ao menos oferecer meu corpo de abrigo. Mas talvez eu não tenha entendido a charada. Ou estava doendo demais para perceber isso. Porque normalmente eu preciso ser forte por dois.

Então um raio caiu, e apagou minha fogueira. O nada se fez aos meus olhos. O nada que eu queria horas atrás. Mas quem disse que no fundo eu queria estar só? Às vezes só precisamos de uma insistência. Oh, essa pessoa realmente se importa. Mas o seu dedo antes de apontar pra mim, está virado para si. Pobre garota julgadora! Nem ao menos sabe dá uma ré, mas enfim, que Deus te acompanhe.

E fique sabendo que você é tudo que eu preciso e hoje ...


Bem, o tempo, ele vai passar...
Ele passa rápido. Mas isso me afeta porque tenho que passar por ele mesmo assim.
É como atravessar uma rua fria curta, você sofre com o frio, mas logo acaba a estrada.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Desígnio : Sem asas

Meu desígnio: 
Criar distorções em você para me fazer menos vilão e fazer você acreditar que não só eu matei o sonho, você também fez isso. Não quero carregar a culpabilidade sozinho.
No nosso mundo, nos fizemos peões que só não param de rodar quando estamos em um sonho. Meus olhos agora estão abertos e você dormindo. Perco-te de vista. E te digo eu tento... Ah... Como eu tento regressar ao sonho e ter asas ainda por cima. Como eu queria ser aquele garoto que gostava de um bom sonho de doce de leite.
Quando voltamos da guerra e batemos de frente com a morte e voltamos mudamos a mente. Eu me matei e quase matei você. Depois disso me matei novamente e venho fazendo isso toda santa noite. Eu não posso evitar, sinto muito, eu não consigo dormir.

Só quando você olha com esses olhos infantis, aí então eu digo pra mim mesmo que não quero sair desse labirinto. Mas às vezes percebo que só estou observando-o, daqui de fora, tentando um jeito de voltar. Faça-me voltar. Você ainda tem forças?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Como antes..

E seus olhos proferiam tudo quando os lábios nem se manifestavam
Os gritos não careciam sair, mas mesmo assim quiseram.
Como os dedos berrarem de seu jeito para colocar tudo pra fora
O que acarretava e o que era mais importante do que só mais uma transa.
Os sorrisos em circo diziam.
As palavras altas em luxúria.
Amor em urro.
Apagavam junto o que estava escrito a giz no quadro negro uns dias antes
Como um aviso em desaviso

Tudo ainda é como antes...

E eu te amo mais que ontem.

Falsa liberdade

Fui pego no altar do vale da liberdade
Fui jogado aos leões que se provam a verdade
A verdade que não é uma só.

A verdade para cada um sim, porque cada um cria sua verdade e faz sua igreja. Cada um acredita no que quiser. E induz, satisfaz, faz, leva a crer, força a ver, ser, estar como quiser. Cada um e quem está consigo.
A todo o momento precisamos provar por A+ B cada coisa que fazemos e pagamos, por ser maus e por ser bons também.  A vida não é só nossa, é deles também.

Mera ilusão de casa e “faça o que quiser”
Mera ilusão de templo, e de olhos em nós
Quando vamos saber se há mesmo olhos em nós?
Quando vamos saber que sim estamos sozinhos?




segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sabath no Labirinto

Me pego num labirinto e gosto de estar nele. Perco-me de mim, mas também me perco dos outros. Só quero estar com a cara na parede e que ela não me reflita. Quero achar um novo caminho sem segurar a mão de ninguém. Quero ser eu tão doentio como sempre, porque não posso curar meu câncer. Eu não posso querer salvação se não sou digno dela.

Encontrei cobras no caminho e elas não são tão más assim. Dependendo do olhar e de sua cor podem significar algo bom. Ouvi isso e pensei: Estou num sonho? Tenho escolhas e estas geram consequências, outros desejos e arrependimentos. Eu não consigo ser centrado , perdoe-me. Eu não consigo prestar depois que passa da validade. Nem todo doce estraga junto, depende da temperatura, do tanto de açúcar. Cai na novela, na minha novela. Estou andando e achei a saída, mas voltei pro labirinto, não quero a saída, quero me perder mais e mais. Entrar por onde saí. Seria mais fácil morrer para não decepcionar com mais um estado meu sem graça, rotineiro. Era esperado e eu sabia que aconteceria. Eu não sirvo para a vida florida, seus cantos de pássaros e lindos pomares. Eu não me sustento de paraíso, de perfeições. Porque são nos defeitos, nos infernos, nos dramas, na busca pro bem, na vida além, nos segredos, nos mistérios da vida, no negado, numa corrida de carro, do outro lado do mar, na busca pelo encontrar é que está a graça, a minha graça está no teatro, no drama, nos vícios da escrita, o amor da forma mais ousada e proibida. E fora da rotina, totalmente fora do marasmo, no encargo, do dever. Gosto da surpresa, do fazer por fazer, por querer, surpreender. Não quero sua cobrança de branco, do claro, da luz, do amor que seduz a você e não a mim. Quero pular do telhado mais alto, roubar perucas, riscar meu corpo. Eu não sou o tipo de louco que você é. Não me conheces, não me julgues, não me meça pela tua loucura. Porque eu sou doentio, invariável, psicopata, oscilante, inverso. Não sou Deus , nem diabo. Eu sou eu, minha própria casa, meu próprio Amém. Apesar de ter as duas moradias dentro. Eu me obedeço em desejos seja por bem ou por mal, ou não necessariamente isso. Ninguém pode me impedir de viver, nem de fazer, e de me arrepender, porque isso acontece, apesar de ser bem pouco. Quero uma casa de ‘outra vez’, para que eu possa me fazer igual e cometer novos delitos, delinquências, loucuras, pesares, queimar papeis e fazer fogueira para nos esquentar nesse frio Ful, Ana, CIC, Lana, Bel, Trana. Não importa, dançaremos em nosso Sabath e será meu fim. Meu fim para um novo recomeço das cinzas.

domingo, 20 de abril de 2014

S'all wrong, S'alright, S'all wrong, S'alright

"Eu sou o ato seguinte esperando nos bastidores."
E agora eu fico olhando sua foto, teus rastros. O cheiro que se alastrou em minhas roupas. Aquele perfume de mulher de personalidade forte. Eu já vivi o suficiente para saber que nada dura. Nem mesmo seus sorrisos escancarados para quem quiser ver. Uma forma de escape, uma maquiagem sem borro. Nosso carnaval durou um dia, contando as horas sem acréscimos. Eu acordei com seus quadris na mente. Eu poderia, poderia me fingir um pouco mais. Lembrar de esquecer, mais. Mas, mais. Agora eu estou sentindo falta do vento que levava respostas de você pra mim e de mim pra você. Eu sinto falta das voltinhas dos seus cabelos. Mas o que sei é que vou sobreviver e isso é forte em mim. Tão mais forte que a vontade de ter amparado teu choro, que foi do tamanho do mundo. E ainda bem que demorou e me esperou ir, eu não suportaria. E agora não consigo me adequar ao espaço da minha realidade, estou tão perdido que não consigo voltar pra casa. Eu queria ser outro mais uma vez, e eu odeio querer isso.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

☯ Apogeu

Ando na rua em mente
Invento, finjo, acredito, que...

Apogeu...

Semeando drama, enfeitiçando...
Apreciando pijamas
Eu quero ficar o dia todo olhando a janela que me protege da chuva
Torna-te paciência, luz do dia e seus raios claros.
Tão difícil assim clarear a escuridão
Acho não...

Volta logo com teus braços em volta do meu corpo, grão, mãos em dorso.
Desfaz o bico, trinco, tranca, cadeado, alvoroço
São pude ser mais acaso, menos descaso.
Sou música de bom gosto, nosso gosto, estilo francês italiano indiano.
A letra correndo, o peito pulsando, expulsa toda mágoa
Escreve, canta, inspira, respira, interpreta

Orfeu... Romeu...

Meus mundos de colina, minhas flores amarelas de outono e as folhas caindo que o vento leva.
Meus santos, reza, cantos, encanta enquanto doeu
O riso se fez do lamento, preço, ausento, dissipação.
Quietação da inquietação
Não sabemos por onde começar quando o desengano se desenrola
Como é bom recomeçar
Rir de novo, sorrir de novo, sonhar de sempre, beijar teu corpo.
Seus tantos, meus contos, embrulhos brilhantes.
Sou eu quem me escrevo
Pra você
Teu sem acaso
Destino predestinado,
E se um dia tudo for posto em nossas mãos.
E então, faríamos por onde?
Trem ou bonde, quem sabe a pé?
Demora sim, pedala, qualé!
Uma via para continuar rasgando meus lábios nos teus sorrisos
Selando nosso acordo com o bico vindo do riso, beijo.
Só assim... Então não decepcionaremos  

Quiçá, viveremos pra sempre..


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Fire Book

Joga o branco no preto em riscos e chama de chuva
Canto enquanto borra tudo e eu só queria ouvir você dizer...
Diga-me para um conforto que eram mentiras em todas as paginas escritas por teus dedos por mais que eu não acredite e eu não acredito mesmo. Só não quero pegar fogo com tudo, mas não tem outro jeito. Nosso mundo é cheio de gasolina e não há como evitar que as chamas de alastrem. AZUL!
Vi-te sentada na montanha bebendo champanhe
Eu gritei, de novo, DE NOVO! Porque é melhor sentir a ardência das suas unhas do que nada.
Até aqui, até aqui.. Onde nada mais existe.

sábado, 5 de abril de 2014

Jingobells of Mary

Ouvi os jingobells, achei presentes de presente “rasgue e virá mais”
Um tempo cheios de maravilhas e pesadelos.
Me perguntaram tantas vezes " Qual é o problema Mary?"
Eu não quero escuridão de volta

Céu de diamante, cavalos voadores, eu posso ver o destino cego vindo pra mim.
Bolas gigante de luz vêm para cegar os olhos nus servidos de pecado, 
mas ainda sim sou divina e ninguém pode dizer, 
brilho de timidez se vê.

Eu quero alcançar você
Não tenho medo, eu quero dizer
Estou pronta, eu quero dizer..
Mas não, ainda estou no meio das rosas e não sei seu nome. 
Mas ainda sim rezo para conseguir uma direção

Estive nessa estrada para ouvir um “prazer em conhecer você”

E agora me siga porque não sei a verdade, mas sei o caminho... Simplesmente porque algo me diz...




Mary Lou