domingo, 31 de julho de 2016

I started a joke...

HA- HA- HA ... Olha só pra mim... Aqui sentado e psicoticamente louco e ASSUMIDO. O que faria por mim Dra? O que quer? Mais uma pintura? Nada errôneo ao que se tornou. Desastrosamente, ahn, esplêndida! Mas que orgulho minha menina!! Ver-lhe nesses trajes seria contrassenso dentro daquele manicômio. Ou devo dizer clinica especial para pacientes especiais com atividades sociopatas extracurriculares? Devo-lhe dizer que este batom borrado caiu bem. HAA... Você me empolga! E olha que não é qualquer coisa que me deixa tão magnificamente impressionado e ligado tanto tempo sem antes eu por uma bala na cabeça e ver tripas saindo enquanto eu ponho um sorriso na cara.
Eu não quero matá-la, doutora. Quero prová-la. Não lhe salvei a toa, mas quem deveria estar sentada é você. Bem vinda ao meu trem fantasma ALUCINANTE. Não se preocupe, você irá gostar do passeio. 

Entidade Consciente


Onde estou? Sinto tudo e não sei de nada. Que mundo tão grande esse que nao conheço.  Mas ha uma voz doce que me diz " tudo bem" a todo tempo. Aprendi a sorrir. " mãe" eu disse.
Então alguma coisa deu errado. Todos esses tubos e injeções, nenhum deles servem ? Dr Marcos me deu sono. " bom..." Mas por que ainda vejo a luz?
Me corte e eu te corto em dobro,  só pra ver o que tem dentro. A massa do teu cérebro, você sorri. Morreu sorrindo. Mas o que estou fazendo? Correndo sangrando e só procurando por aqueles grandes olhos azuis cinzentos e lábios que dizem " tudo bem" Foi quando , ao abrir a porta, vi a luz do dia a primeira vez e cães latindo,  aprendi a correr. Senti o vento, meus pés afundarem na terra, minha cara de cara na água.  Atormentado pela raiva e em dormencia, dormi no rio boiando. Folhas que me esquentavam e bichos eram comidas que se mexiam. Natureza coberta por um teto radiante de luz. Estaria perdido ou me encontrando? Aprendi que o que se tem de inicio, logo muda. E tem coisas que produzem o efeito oposto. Da prazer e machuca.
E agora não tenho minha mãe, mas ganhei um amigo. Um cão. E conheci a dor quando ele se foi, mataram-no. A dor mais forte do que todas as pauladas e aquela sensação de ser arrastado pela rua.
E maior ainda desprezo daquela que dizia estar tudo bem. Não está agora. Nao está...
Mais um tiro e acho que morri mais uma vez.
Acordei de novo pra aprender o que é música.  Jazz £ rock nos becos. Ele tocava e cantava, me notou ali sentado, me ensinou a cantar. Amigo, ele não tinha os olhos e conheci o aperto de mão. Sem olhos ele não veria o monstro em mim. Monstro, eu sou. Ele, um protetor. Cheirando latas de lixo, procurando comida. Bebendo whisky, fazendo fogo.
Eu procurava curar minhas feridas, tinha uma bala na cabeça. Deformado e repugnante, mancha na terra. Sem classe, sem dinheiro, matando amor. Anjos viram demônios quando não sabem inspirar amor, causam medo. E é tudo que sou. O medo. Isso que fui, um teste a formula da vida. Um teste que deu errado. E agora, crio meu próprio funeral. Fogueira onde eu queimo com ela. Queimo em vida, ela morta. Mãe. E quando as chamas acabarem. O vento levará minhas cinzas. E se ainda sobrar consciência, será diferente desta.

sábado, 30 de julho de 2016

Vozes de Charlie

Não há ninguém te ouvindo, Charlie
Todos esses resmungos e choros contido, escondidos entre quatro paredes. Toda essa esperança desacreditada é só pra dizer que tem? Por quê tanta insistência no que não está ao teu alcance?
Já passou pela sua cabeça que você só reclama? Eles te pediram para aprender a agradecer e aceitar, que são coisas que você tem que passar. Mas toda essa merda se junta e vira teu chiqueiro a medida que o tempo passa. Eles dizem que tomar banho de mãos adianta. HA-Ha. Apague essa vela, seu tolo! Não existem anjos que guardam, apenas que te apagam. Apague a vela. Você não deveria estar dormindo? Pare de falar sozinho. Não há ninguém te ouvindo, Charlie Beck. Excetos os demônios.  O mundo está tomado. É o Apocalipse, você não sabia, Charlie? Não existe Deus.

domingo, 17 de julho de 2016

Avec Arme

 Aperto suas mensagens em meus lábios. Toda essa sensualidade me faz esquecer teu nome e lembrar como um saco de balas. Estou sendo condenado por um demônio e você não faz nada, você respira Humm..
É porre dos seus lábios
Eu posso ser sua vítima
Podemos nos trancar naquela cabine e então
Aleluia!
Mais um feitiço pra mim. Agasalho-me em tua pele agradecendo ao inferno
Aleluia!

Eu cheiro a matéria ruim, você gosta do meu chapéu e do jeito que meus olhos te fuzilam. Estou em revolução por dentro constantemente, da guerra santa á guerra das bruxas. Aleluia! Faço-me entre tuas pernas, apenas anjos. Mas esse é o som do teu inferno, com sinos. Uma bala na minha cabeça. Toque seu tambor pra mim, mas não prometo que iremos até o fim da floresta. Demônios não prometem nada de verdade. Mas eu posso mentir. Meu bem abaixe a arma. É mais um fetiche? E o louco ri. Também tenho uma arma e não ligo se me mata no final.

Terror-ístas

Nesse mundo, lama suja. Nada a abonar. Não precisamos de clemência ou aleitaremos em cima por mais e mais.  Melhor correr...
Nos tornamos estranhos. Nos tornamos entranhos até para aqueles que amamos. Nenhuma luz no fim do túnel. Tudo vai ficando cada vez mais escuro e perverso. Precisamos de mais munição e providencias. Pensamentos de demolição. Atentados. Não precisamos de emoção, o objetivo é ser mais frio. Não venha com beijos e orações. Mãos estendidas de Deus. Queremos bombas e demolição e só depois teremos paz.

Nos tornamos estranhos por nome do amor. Somos filhos da puta apaixonados por destruição. Melhor acabar logo, é um favor que fazemos. Estranhos, melhor correr..