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quarta-feira, 7 de junho de 2017

3:15AM

Ela me ligou às três da manhã. Eu já não sabia o que fazer naquela noite, deixei de atender várias chamadas. Não sabia onde havia largado meu telefone. Não via um palmo a minha frente. A visão turva e o bafo de cachaça, mas ela estava pior do que eu. Ela me esperou a noite toda. Sua voz trêmula ao dizer as últimas palavras. Foi a pior coisa que me aconteceu. Debochado, eu não achei que fosse ouvir o som, até que eu ouvi. Antes, as preliminares, a preparação para o tiro e então ela disse “eu te amo” e apertou o gatilho. Acho que meu ouvido estourou junto com a cabeça dela. Eu até agora não consigo ouvir nada que estão falando nessa sala. Estou louco? Isso aconteceu mesmo? Ela se matou as 3:15 da manhã, mas o que ela ficou falando por 15 minutos que eu não ouvi? Eu apenas fiquei sóbrio na hora do tiro e percebi que estava na frente dela.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Holocausto (Amotarei você)

Fogo, insetos, rio sujo, pomba branca.. Teias, gritos de boca fechada
Eu era a criança que contava os tijolos do teto. De boca aberta.
Eu era a criança que catava naves de et’s em cima da cama. Bichos do guarda-roupa.
Não sou mais criança. Esse quarto é todo branco e não tem mais as marcas de tijolos no teto. Mas as naves e os bichos...

Eu estou gritando, estou me ouvindo gritar. Mas o som não sai, ele nunca saiu. É um desastre, como se algo faltasse.Me sinto incompleto, por que minha boca não abre?
Risos, mãos atadas, xingamentos, precipício, rolando a terra direto pro rio
Eu gritei essa noite, mas eu estava sonhando. Era só um sonho ou eu estou dormindo é agora?
A vida é uma confusão de sonho e realidade. E se você descobrisse que sua real vida é enquanto você dorme?


Entrei no plano de cores frias. Escalei os degraus porque não podia andar. Então me arrastei.
Seu favorito subindo arrastado. Você cai bem na metade do caminho. Eu juro que quis acordar pra que não continuasse. Não consegui. Joguei-me...
...De volta...
...Pra você...
“Venha, me dê a mão. Vamos tentar de novo.  Mesmo com dor, amor. “
(...)
Ária, suspense, lamentações, prantos, gemidos, dor, ferida.
Palhaços, anjos disfarçados, falas contrárias, insetos na garrafa, algodão com suas secreções.
Subindo cada degrau, tentando ser mais firme. Chegamos com facilidade ao meio. E então... você voltou para o começo. Eu não entendi, por quê? Simplesmente “não, eu me recuso.”
Culpa, fraqueza, preguiça, impossibilidade, óleo em solvente universal, segredos explanados, imundície.
Alameda, sons, insetos, lacraias, corte, dedo, vinagre! Não!

“Não, eu não posso ir embora. Você é minha e sempre será. 
Não vou deixar-te em outras mãos. Teu sangue estará na minha!
Tudo que eu quero é ter teu corpo aqui. 
Retalhá-lo em pedaços. Depois fogo e rio. Não te preocupes, meu corpo estará junto ao teu, querida. 
É um ritual de eternidade e sacrifício. 
Nosso esplêndido amor verdadeiro. 
Porque quando é amor sempre termina assim na ponta da faca.
Escorrendo depois de tanto machucar. Mutilando sem dó a cada "eu te amo"
É uma resposta á declarações de "Mais do que Palavras"
Do tipo que corta até a alma e sangra pra sempre.
Você queria um "eu também te amo"  
Sabá de nossas almas. Eu te matarei de tanto amar você então.
Amo'tarei você!
Você vê? Como eu te amotarei. Amotarei! Vadia! “.

Acordamos aqui... Acordei. Acordamos. Acordei...
Meus olhos não abriram. Era você e eu.
Ainda estamos mortos? Mas não estamos queimados..
Queimados?
Seja gentil *Risos
Não sei fazer isso *renúncia
Eu posso ver seu sorriso, porém não posso manter meus olhos abertos, pisco. Segundos e... há uma parede branca. Não há nada mais aqui, sem marcas de tijolos. (Eu gostaria de voltar uns anos...)
Eu posso sentir seu cheiro, foi apenas um holocausto.
Peguei o sangue com o polegar, passei no rosto. Marca da guerra.

Vamos viver pra sempre, amor.. hahaha...

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dead Man

Quando decidi mudar de vida depois de enterrar meus pais e perder minha aliança, me mudei para um faraó de pipocos. Sem saber como atirar e sem precisar de intensivo, acertei cabeças. Andei Morto por ai. E procurado com recompensa.  Uma caveira em meu rosto. Andei morto por aí. De cavalgada á canoa. De flores de papel de uma prostituta, á enterro de espírito por quem me fiz passar. Era de um escritor com mais idade que eu.  Eu disse, eu nunca entendi de poesias. Aliás, não entendia de muita coisa. Mas “Ninguém” foi meu amigo, ele só não podia me curar de mais um metal. Ele me deu cura maior, a libertação. E veio junto comigo ao me salvar mais uma vez.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

(Eu preciso) Um minuto pra respirar

Por favor, espere
Eu preciso dizer uma última coisa.
Não adiantou rezar,
Nem chuva tinha, quanto menos graça de Deus.
Nós tentamos,
Nós chegamos até aqui
E eu não posso acreditar que de todos os fins este foi o pior.
Eu não posso continuar com meu sonho de um belo café da manhã.
Ao invés de dizer adeus,
Eu digo, encontrar-te-ei.
Quando as estrelas estiverem no céu tão brilhantes quanto teus olhos a olhá-las.
Cairei, rolando em teu rosto,
Mas não deixe que seja assim...
Voltarei em meu filho
Então tão tarde olhará em meus olhos,
Em meus olhos...
Pelos dele
Eu não estou dizendo Adeus
Isto é um Até logo
E nós seremos os mesmos, sem culpa
Do outro lado da fronteira
Teremos onde respirar.


domingo, 31 de julho de 2016

Entidade Consciente


Onde estou? Sinto tudo e não sei de nada. Que mundo tão grande esse que nao conheço.  Mas ha uma voz doce que me diz " tudo bem" a todo tempo. Aprendi a sorrir. " mãe" eu disse.
Então alguma coisa deu errado. Todos esses tubos e injeções, nenhum deles servem ? Dr Marcos me deu sono. " bom..." Mas por que ainda vejo a luz?
Me corte e eu te corto em dobro,  só pra ver o que tem dentro. A massa do teu cérebro, você sorri. Morreu sorrindo. Mas o que estou fazendo? Correndo sangrando e só procurando por aqueles grandes olhos azuis cinzentos e lábios que dizem " tudo bem" Foi quando , ao abrir a porta, vi a luz do dia a primeira vez e cães latindo,  aprendi a correr. Senti o vento, meus pés afundarem na terra, minha cara de cara na água.  Atormentado pela raiva e em dormencia, dormi no rio boiando. Folhas que me esquentavam e bichos eram comidas que se mexiam. Natureza coberta por um teto radiante de luz. Estaria perdido ou me encontrando? Aprendi que o que se tem de inicio, logo muda. E tem coisas que produzem o efeito oposto. Da prazer e machuca.
E agora não tenho minha mãe, mas ganhei um amigo. Um cão. E conheci a dor quando ele se foi, mataram-no. A dor mais forte do que todas as pauladas e aquela sensação de ser arrastado pela rua.
E maior ainda desprezo daquela que dizia estar tudo bem. Não está agora. Nao está...
Mais um tiro e acho que morri mais uma vez.
Acordei de novo pra aprender o que é música.  Jazz £ rock nos becos. Ele tocava e cantava, me notou ali sentado, me ensinou a cantar. Amigo, ele não tinha os olhos e conheci o aperto de mão. Sem olhos ele não veria o monstro em mim. Monstro, eu sou. Ele, um protetor. Cheirando latas de lixo, procurando comida. Bebendo whisky, fazendo fogo.
Eu procurava curar minhas feridas, tinha uma bala na cabeça. Deformado e repugnante, mancha na terra. Sem classe, sem dinheiro, matando amor. Anjos viram demônios quando não sabem inspirar amor, causam medo. E é tudo que sou. O medo. Isso que fui, um teste a formula da vida. Um teste que deu errado. E agora, crio meu próprio funeral. Fogueira onde eu queimo com ela. Queimo em vida, ela morta. Mãe. E quando as chamas acabarem. O vento levará minhas cinzas. E se ainda sobrar consciência, será diferente desta.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Tango de Leões

Eu não preciso de um amigo. Eu não preciso sentir tudo acabar de novo.
A voz que tanto parecia esquentar, ri friamente com uma faca.
Entre tango de leões , saltamos
Eu só desejaria que eles apenas...
Ah...

Tú sussurra em minha orelha, a noite não acabará hoje.
Pra mim não há nada claro, eu ainda quero me acabar nessa pilhéria.
Você acha que conhece o mundo e de repente ele te abocanha
Você acha que venceu na vida e então todo dinheiro acaba
E se você pelo menos soubesse..
Ah...
Há um simples ataque, e eu não sou nenhum Lestat...

Somos todos sozinhos

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Top of the Building



Vamos analisar isso. Você senta e não se conforma. Você levanta e bate nas coisas. Você xinga. Você tem falado mais palavrões que antes. E suas mãos, ahh...Elas tremem bastante. Eles zoam que você tem Parkinson. Mas na última noite essa tremedeira levou a sérios arranhões. Eles dizem “Calma” , mas você cansou dessa palavra. E de ver miséria, corrupção, pobreza e nada pra mudar tão próximo.

Aqueles meninos pediam dinheiro na rua, mas você não sabe se é pra cheirar ou pra comer. Se você dá contribui para o tráfico e coisas genéricas. Se vira as costas é cruel. No meio deles havia uma menina grávida e ela só devia ter 13 anos no máximo. Lastimável.

Estamos todos cansados dos superiores e o que os fazem superiores? Falta de opção impera. Qual ladrão vai ganhar a próxima eleição? Os bons são mortos ou barrados antes que cheguem lá. São só ladainhas. Berço de ouro ou ladrões feitos que se metem na política para se fazerem em montantes de dinheiro enquanto nosso salário é partido pela metade e nem é a metade do que deveríamos ganhar. E com esse dinheiro eles limpam a bunda.

Essas pobres pessoas pegando todas essas doenças. Umas com um porquê, outras sem nenhum. Aquela menina de 16 morreu por não se movimentar. Aquela mulher só porque completou 40 tem doenças dos pés a cabeça. E cada dia um AEDES AEGYPTI vem com uma novidade, amiguinhos!

Olhando para cada lado desse labirinto, a maioria deles dá em precipício. Caminhos são escolhas que dão em mais dois, e mais dois e mais três e não acaba nunca. As vezes você tem que voltar atrás. Mas as pegadas ficam. Para te fazer lembrar que você já esteve ali.

Joguetes e falsetes. Você sofre, paga, conquista, perde. Tem direitos a uns sorrisos, mas a maioria é ilusão ou com limite de tempo . Contando...TIC TAC..TIC TAC...

As pessoas estão cada vez mais imundas, cruéis, imperdoáveis. Mas ainda sim você é obrigado a ser um bom samaritano para não se juntar ao oceano. Aí passa a ser otário. Aquele que nada e nada e nada pra nada. “Ei, calma” Há sempre um pior que você. E isso consola? Porra nenhuma... Nesse momento, você preferia ser (Cachorro,destrato. Planta, desmatamento. Vento, aquecimento global. Morto, espirito) nada. Você queria ser nada.

Você pensa isso. Você grita isso. E o sangue escorre por sua pele, pelas unhas que arranham sem dó. Isso te faz sentir que é ''algo'' e está em vida. Isso não adianta, mas cala a dor de dentro. Silencia tudo e o choro acalma depois do ápice. Você é só mais um humano. Só mais um imundo. E naquelas janelas ali fora, tem muitos fazendo o mesmo que você. Cada um de uma forma. Se cortando, se machucando.

E ai você se pergunta onde que és especial


Queria ser como os loucos, os inconsequentes, os sem vínculos, os que não pensam no amanhã. Queria por momentos ser o drogado da vida, amante da morte, sábio dos deleites, virgem dos pesares. Queria mesmo chegar ao topo e não ter medo, se jogar e não morrer antes de tocar o chão do 23º andar. Queria mesmo ter coragem, ser torpe. Queria não nascer nessa época de anjos lançados a terra. E se for pra ser que seja de uma vez e acabe o mundo. Mas não é assim. O veneno é lento. Tudo é lento demais, mas quando você vê já foi. Simplesmente já foi e está indo rápido. Logo estarão todos mortos e você também. 









sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Poison Wine

Os passos para fora da nossa casa continuam frios, mesmo tendo andado mil metros, continua um gelo insuportável. O que fica sempre é a fumaça.

Uma árvore sussurra para outra e zunidos em minha orelha. Onde estão as folhas? Se foram todas..
Ainda há vinho na taça com um pouco de veneno ao fundo. Ninguém mais toca, ninguém mais bebe..

Então é a lua que reflete nossos lamentos, voando até ela só estarei regressando. De volta aos laços para os primeiros suspiros. De volta para onde eu não sabia andar. Mas lembrando de tudo. Essa é a lição.

Eu posso me dar por vencido. Eu posso dar por acabado como um assunto encerrado. Sozinho estarei vagando até reaprender a viver. É normal quando se morre, vagar até renascer. Devagar eu viverei.

Por isso, eu darei meu nascimento...

Há sombras neste caminho e é assim que nos abandono. Nossos corpos no chão e as taças sobre a mesa...
Já não sei ao que se dá, áquela casa silenciosa. Cheiro de morte. Apenas foi preciso. Dessa vez sem lágrimas e sofrimentos. O veneno correndo em nossas veias tirando nossa dor.

A nossa dor...

Caminhei pra longe, bem longe daquela casa. Foi uma libertação, entenda e me perdoe.
Você não se pergunta por que não estamos nessa estrada juntos?


domingo, 18 de janeiro de 2015

Cryme

Deitei por cima para caso de conter uma fuga. Eu não sei me satisfazer com um só arco-iris, preciso ver mais lágrimas rolarem. Já diziam que a chuva limpa. Águas correntes.
Grite enquanto puder, porque depois não a deixarei.
Deitei por cima para poder controlar a situação, prendi seus braços e só pode mexer a cabeça. Ainda ouço o choro baixinho quando foi contida á mordaça. O gosto da tua lágrima estava doce,pude sentir com a língua em sua face.
Podemos fazer tudo isso acabar mais rápido. E antes poderíamos ter evitado tudo isso. Eu poderia não ter uma navalha entre os dedos. Nem fazê-la de espelho dançante aos teus olhos. Poderia ser amor de verdade.
Quero destruir tudo que na verdade nunca tive. Eu entendo agora enquanto tremo de frio, mas ainda preciso do seu coração pulsante nas mãos. Eu colocaria junto do meu. Algo que nunca tive.

Está tudo diferente agora... você simplesmente não respira mais...
Meu Deus, o que eu fiz? Rocei o rosto no seu manchando o meu de vermelho. A navalha deslizou pelo seu peito. De olhos fechados, eu não te faço sofrer. Parece tão serena enquanto abro a caixa do teu peito. Precisei de algum tempo para fazer os sentimentos desaparecerem, ainda continuo aqui...Minha doce amiga, seu doce coração pulsa com tanta vida. Você poderia abrir os olhos agora, você veria, como é bonito...


Guilhotina

Dois dias para sua execução. Não se dê ao luxo de negar seus crimes. Morra limpo, deixe para trás tudo aquilo que tinha medo, não vai sobreviver mesmo, pelo menos tenta assepsia da alma.


O dia comeu meu meu bem -estar
Os sentimentos se foram, mas que calor mais suportável
Eu não posso culpar o passado pelo que eu sou 
Então porque ele me torna tão eu?
Vivemos apanhando e aprontando e depois reabilitação
Quero ser deportado para um lugar onde poderei ser minhas criações
Declamar até não ter mais o que falar
Aqui não é o fim, eu não tenho medo dessa morte
Já passei por isso antes
Mil anjos caídos vieram ate a mim, me socorrer depois do acidente
Agora ouço mil vozes felizes, pois elas só sabem rir
Eu poderia morrer aqui também?
É apenas um desespero sem saída, é apenas mais emoções á declamar
Não sabe que vivo por isso? 


Então aprendeste a amar o sofrimento e a se transportar para seus mundo distantes. Mas não escapará do mundo real e sua profecia, você irá queimar no fim. Mas por enquanto, guilhotina.
Há pessoas mais espertas, mas a tua sedução me leva a atrasar isso ou quem sabe fazer tudo mais lento. Então roubarei suas palavras, teus prazeres, teus sentimentos todos falsos. Não me surpreenderei. Você nunca quis ser livre, pois sempre se prendeu sozinho. Criando pelo que sofrer. Agora sombras te rondam , foi você que as chamou todo o tempo.


Ás vezes sinto que tudo que eu faço apenas cai. Todas as criações caídas.
Então sinto o montante. Não me culpo, a loucura é minha e o estado de glória também
Sou um ladrão e hospedeiro
Encontro mais flores dentro de um espinho de uma rosa
Eles olham os quadros e vêem  uma imagem, eu vejo quatro
Talvez um dia os normais entendam que o mundo precisa ser visto com os olhos de um louco
Sei que há coisas que são piores que matar. Eu assumo que brinquei com muita coisa
Então no fim eu me rendo, mas louco não deixo de ser.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Aquele veneno

Vai, fazia tempo que eu não te queria tão afastada, de mim. E mais uma vez eu direi “Nunca mais”. Mas que porra você achou quando entrou por essa porta? Seguiu as suas próprias pistas. Isso já aconteceu antes.
Então você quer me dar o que você coletou da rua, não é nada tão especial e nem seu. Viver pra sempre, isso não existe. Duas almas podem andar juntas, mas ainda sim, separadas.
Ei, tudo nunca mais ficará bem porque você resolveu se perder e se infectar. E suas perspectivas estão cada vez mais amortecidas, não acredito que seu veneno seja um tipo de cura, não como era antes. Não dá porra do jeito que era antes!
 E você pode lamber, morder, abortar. De qualquer jeito eu sei que nunca morrerá.

Mesmo que agora não esteja respirando mais...

quarta-feira, 19 de março de 2014

Sonho vinculado à vida (Pedaços de paraíso)



Joguei-me no sonho
Pude encarar a luz do sol
Choro quando vejo o mar
Sinceramente, tenho a sensibilidade de um anjo pequeno.

Sou outro eu flutuando pelas nuvens
Minha cabeça em zigue-zague pelos caminhos de Deus
Por favor, me deixe entrar nos entendimentos da minha existência 
E eu pararei com o inquérito.

Eu joguei uma corda para ela
Eu a quis do meu lado
E eu tenho!
Eu nunca tive algo que quis tanto, você é a primeira coisa
Eu não quero ver tudo pegar fogo, não quero outra vida agora
Por favor, pare o carro.

Alguém me disse que morrerei cedo, mas fico confuso nos pensamentos.
Seus olhos encheram de água. Eu disse “Não me solte jamais”
Serei seu anjo pra sempre, mesmo daqui de cima.
Eu te guiarei até as estrelas toda vez que adormecer
Encontro de almas a noite.

Em algum lugar dentro de mim eu ainda choro e sempre chorarei
Mas agora minhas lagrimas molham meu sorriso
Isso é felicidade...
Estive amando você em cada estrofe com excitação, com calor, com fervor 
E com o mais sublime e puro amor.
Este é um dos meus “eu” sempre sonhando no céu
Não deixarei de sonhar
E peço deixe me entrar no entendimento da minha existência, Deus.

Eu só quero ser digno.

Minhas mãos trêmulas poderiam mostrar o quanto preciso da seu subsídio?
As lágrimas que se glorificam com poucos farelos de paraíso
Mas agora eu tenho um grande tesouro
Mas ainda sim, minha inocência não foi aceita porque precisei acordar para esse mundo em guerra e por quê? Porque se terei que voltar a ser inocente?
Só posso ser inocente em casa?
Eu não quero morrer, mas sinto vontade de me encontrar em casa
E poder ser livre...
Cair de joelhos e não sujá-los
Preciso inspirar a vida sem danificar os pulmões
Sonhar sem medo de pesadelos me tomarem
Dormir e apenas dormir sem avisos ocultos

Flores azuis, céu azul, mar azul..
Eu posso ter certeza do que me atinge bem no vermelho.
Mãe Natureza, é o mundo oferecido que ninguém nota.
São imensidões de paraíso.
O contato mais próximo com Deus.
Pai e mãe.
Paraíso.






terça-feira, 11 de março de 2014

Passageiro

"Siga a lua"

Sim, tudo é passageiro... E eu também.


Me peça pra parar quando eu correr demais e não quiser acreditar que já não faço parte desse mundo
Me dê forma, porque estou acostumado com a matéria.
Me dê corda pra respirar, num suspiro de uma inspiração.
Me dê consciência quando eu já estiver morto
Eu sei, eu sei que tem coisas que não poderá me contar e eu terei que descobrir sozinho, só prometa que vai estar do meu lado, mesmo que esteja numa confusão pior que eu.
Sendo aquela professora do CA, ou a velhinha que eu ajudei a atravessar na rua quando eu era só uma criança. Não sei quem estará bem o bastante para estar, mas que esteja e aguente o quanto puder quando eu não reconhecê-los. Eu sei, é assustador, ou melhor, não sei nada. Eu não lembro da última vez. E nem é pra ser assim. Ter um dom não significa abusar dele. Ser um passageiro não significa ficar o tempo todo sentado numa poltrona. Afinal precisamos de emoções para nos sentirmos vivos. E são as emoções que continuam fazendo acreditar que ainda estamos vivos mesmo depois que a morte nos toca. Costume, matéria.. Acostumados e desacostumados nos acostumamos de novo para uma nova lição. Ahh, como eu queria acreditar que é um sono apenas, as vezes.. Mas não, nunca fui conformado, nunca! Sou um passageiro.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

O copo se quebrou, escorregou dos seus dedos. 
Eu não sei quem matou primeiro, mas agora estamos aqui... 
Teus lábios sussurram. O que fizemos com nosso ímpeto? 
Sem volta pra casa, porque queremos assim. 
Sem destino ao acaso. 
Estou doente? Estou apagado? Não, só estou morto. 
Vivendo como um zumbi. 
Estou morto diante a evolução para guerra. 
Morto diante ao perigo nas ruas. 
Morto para o carnaval. 
Morto para meu aniversário.

Na vida, a gente se sente mais morto que vivo? 
Isso é comum? 
E na morte nos sentiremos vivos ou mais mortos ainda?
Por que quando falamos de vida, lembramos da morte?
E quando falamos de morte, tocamos em vida?
Mas ainda sim, tudo seria pior se viesses dos lindos lábios teus.
Então dependendo de como fosse
eu morreria e ainda estaria vivendo
Ou vivo e morto por alguns instantes
Até que me faça acordar de novo com algum folego constante..

terça-feira, 23 de julho de 2013

Lumière Noire

Eu não sei como fazer isso, a navalha se ergue e cai de novo.
Sei que na vertical é certeiro. Tento respirar, mas toda vez falha.
Como vai ser quando tudo for espaço somente?
Como ficará o coração de Amma?
Eu não estarei mais aqui como seu pé de coelho.

Mentiras, fingições e traições...
Uma virada de cara e tudo acabado entre nós.
Nem anos de convivência e o amor que existe é capaz de batalhar contra isso
Então você bate o pé e finge se importar
Quando na verdade o individualismo fala por si
É..Talvez seja a hora de ver o mundo de outro jeito

O que eu deveria fazer? O que eu deveria dizer?
Você não vê que nunca sentiu toda carga por completo?
Como eu deveria proceder? Como eu poderia ser melhor pra você?
Não sei porque faço essas perguntas se nunca virão respostas.

Faço meu melhor, mas nunca é o bastante.
Preciso salvar o lugar só pra mim
Parar de querer enfeitar tua aparência egoísta
Sempre me senti sem direções, sempre apoiando em corrimão
Eu só preciso fazer tudo isso sumir.
E se pelo menos eu pudesse dar um fim, um fim em tudo, um fim em mim.
Minha luz preta está voltando me cegando por completo e não consigo respirar direito
Quando eu achei que tudo tinha ido, ela volta pra dar o ar das graças
É preciso ver a luz negra para depois se entregar a branca.



domingo, 28 de outubro de 2012

Quando mais nada faz sentido...


Estava sentindo tudo rodar,mas o que eu mais queria era chapar mais e mais até não sentir mais nada e finalmente apagar. Queria me transbordar em branquinhas e me foder por inteiro porque nada mais me importava, nada mais me importa.
Como pude sentir amor? Que amor? Senti algo que não pode ser chamado de amor, era apenas um frasco de 1ml, merda de amor! Que besteira! Que blasfêmia com um sentimento tão perfeito. Amor eu tenho pela morte. E é pra ela que rezo agora.
Me encontre aqui ou em qualquer lugar vazio para que ninguém a combata. Pegue-me e eu não a enfrentarei. Eu irei sem luta, porque és minha única esperança.


terça-feira, 17 de abril de 2012

Book For My Head

Eu precisei me segurar nisso, por favor entenda
Eu posso segurar meu último suspiro antes de morrer
E eu não passarei.
Mesmo quando o livro for aberto,a rosa ainda estará lá
Entre as páginas 4 e 7 de um Senhor Ninguém.
Pode segurar pra mim enquanto eu vivo?
A verdade é que eu nunca precisei que alguém entendesse.
Tudo que preciso é AR e um lugar para descansar a cabeça

domingo, 15 de abril de 2012

EuTu Malditos


Ah eu tive que olhar nesses olhos malditos
Eu desejei teu toque maldito
Eu quis estar com você naquela noite maldita
E deixar você me amaldiçoar como um cordeiro à beira da morte
Eu me tornei maldito
Em todo esse lugar de carne e sangue maldito
Eu te amo com todo meu ódio e lhe odeio com todo meu amor
Indisplicente, adorável, minha maravilha dos 7 mundos
Eu serei sempre teu, meu eu, inteiro.
Esse “eu” de mim, o fantasma de toda sua assombração
O sem carne, sem ossos, sem alma, o nada.
Todo seu, anjo inoperante.