sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Poison Wine

Os passos para fora da nossa casa continuam frios, mesmo tendo andado mil metros, continua um gelo insuportável. O que fica sempre é a fumaça.

Uma árvore sussurra para outra e zunidos em minha orelha. Onde estão as folhas? Se foram todas..
Ainda há vinho na taça com um pouco de veneno ao fundo. Ninguém mais toca, ninguém mais bebe..

Então é a lua que reflete nossos lamentos, voando até ela só estarei regressando. De volta aos laços para os primeiros suspiros. De volta para onde eu não sabia andar. Mas lembrando de tudo. Essa é a lição.

Eu posso me dar por vencido. Eu posso dar por acabado como um assunto encerrado. Sozinho estarei vagando até reaprender a viver. É normal quando se morre, vagar até renascer. Devagar eu viverei.

Por isso, eu darei meu nascimento...

Há sombras neste caminho e é assim que nos abandono. Nossos corpos no chão e as taças sobre a mesa...
Já não sei ao que se dá, áquela casa silenciosa. Cheiro de morte. Apenas foi preciso. Dessa vez sem lágrimas e sofrimentos. O veneno correndo em nossas veias tirando nossa dor.

A nossa dor...

Caminhei pra longe, bem longe daquela casa. Foi uma libertação, entenda e me perdoe.
Você não se pergunta por que não estamos nessa estrada juntos?


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