sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Perde-Tempo

" Ei, Polly, as pessoas se machucam, mas os espinhos ensinam como segurar uma rosa da forma certa."
                                                                                                                     <CHANDLER, Peter. Out, 2015>


      Ela poderia dissipar-se, poderia gritar. Ela poderia ser mais popular com toda sua audácia e eletricidade. Porém o gosto por se esconder ainda brilhava. Ela diz que só quer ir embora. Mas como seria nunca mais vê-lo?
     Ela se encontra no limite de ter feito tudo para não ultrapassar do seu orgulho, mas admite que poderia ter feito mais.
    Ela se amarra no jeito Coringa/ Charada dele ser. Se vira em risos loucos e desejos incabíveis. E quando colocam fones de ouvidos voam em um tapete mágico para longe.
     As roupas largas, o jeito zen, a gargalhada louca, os olhos de abandono, os gestos explosivos, uma piada na vida. Uma vida de piada.
     Esta vida não existe. Ele não existe. E ela, uma cria sem um dono denominado. Ele dizia que a amava, mas era um passatempo. Ela diz que o ama, mas no fundo sabe que não.
     Sem vida, sem amor. Isso aqui não tem vida alguma. É apenas um perde-tempo.

E você foi meu perde-tempo favorito.

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