Seu bosque de plástico

Eu estava por trás da colina sem interesse na sua visão, no teu bosque de artes de plastico. Você quis me convencer que eram naturais, você quis que eu sentisse fogo além de gelo. Cada sussurro que eu ignorei vieram como gritos de confissões. E eu considerei cada detalhe, cada olhar, cada passo. Oh pareciam verdade, mas não passaram de mentiras. Eu pensei ter visto você chorar, pensei ter visto claridade ao invés de escuridão, amor ao invés de pura vaidade. Pura vaidade. E de repente eu fui levado ao meio do mar seguindo o canto da sereia, depois do bosque de plastico, através da colina ... Me afogando. A distancia dos seus olhos. Minhas palavras esticadas enquanto eu perdia minha identidade. E o que eu ganhei de você? Decepção.

Cores Desaparecem

As vezes acho que durmo tempo demais, algo pra adormecer a dor que sinto. Dias passam em tom de cinza. O cansaço me vence, preciso de umas 10 horas até me recompor.
Eu não imploro mais pra que fiquem, eu até prefiro que vá, mas feche a porta. Coisas normalmente simplesmente desaparecem. Cada um tem seu caminho, algumas pessoas enlouquecem no meio do caminho. Outras não são nada daquilo que pensamos.
Seguro até por tempo demais, considerando irmão quem não é. O amor simplesmente desaparece. Tudo desaparece. As cores desaparecem.
Memórias não morrem, tudo que foi passado continua aqui, mesmo que tenha sido falso... no momento pareceu verdadeiro. Milagres não acontecem.
Eu não quero ser descoberto no mundo, não me importo de estar nos flashes, eu sempre preferi o canto. Estas exposições não me enchem os olhos. E tudo que diz em um microfone não faz quem eu sou.
Viro minhas costas pra você sem uma palavra, porque não vale a pena. Assim como não valeu pra você ter uma história comigo por quase 30 anos..