quinta-feira, 25 de abril de 2019

Paralyzed

Sou um animal numa jaula, vítima das tuas merdas. Você diz ter mudado, mas me dá o mesmo inferno de 30 anos. Sempre a mesma bosta, preso a cordas e tentando me soltar delas só me corto mais. Suas mentiras de amor é apenas culpa de ter sido um bosta a vida toda. Por mais que trabalhasse duro, onde foi o investimento? Eu deveria te dar um pódio por muros que levantou? Muros estes que não sinto abrigo. As vezes só queria que fosse verdadeiro o valor que diz dá. Mas não, é só medo que você deixou de herança. Eu tenho que me desprender dos sentimentos mais dificies ao qual você me aprisionou. Você sabe quantas vezes desejo morrer por dia? Você acha que é fácil e só pra você é difícil. Eu preferia que não tivesse me feito pelo amor de Deus. Ou sei lá pra quem tu reza. Viver com medo e acoado com um vulto atrás. Eu estou sozinho e disso eu sei há muito tempo, só sinto todos a volta me trair. Jogando estacas porque eu aguento. Vocês esperam rocha, só pode ser. Vampiro estranho. Alma celestial. Eu só quero sentir a dor real fisica e me faz esquecer do buraco negro que se torna dentro de mim como um furacão. A cada dia que passa, uma parte de mim é enterrada viva, amanhã não serei mais nada; Amém.
Estou vivo, uma pena, na minha mente, barulhenta, injeção. Odeiam quando dizem que minha vida será longa. Eu deveria ser um drogado vagabundo filho da puta, mas estou uma estrada que nem sequer sinto minha. Esse mundo não é meu, essa família que não é minha, esse solo não merece meus pés. De boa, eu odeio todos vocês e eu iria pra bem longe se pudesse. Enquanto isso vou me furando a tinta e sobrevivendo. Desejando botar fogo em tudo como você fez um dia, destruindo meus sonhos. Mostrando seu poder de ser demônio.

Seu bosque de plástico

Eu estava por trás da colina sem interesse na sua visão, no teu bosque de artes de plastico. Você quis me convencer que eram naturais, você quis que eu sentisse fogo além de gelo. Cada sussurro que eu ignorei vieram como gritos de confissões. E eu considerei cada detalhe, cada olhar, cada passo. Oh pareciam verdade, mas não passaram de mentiras. Eu pensei ter visto você chorar, pensei ter visto claridade ao invés de escuridão, amor ao invés de pura vaidade. Pura vaidade. E de repente eu fui levado ao meio do mar seguindo o canto da sereia, depois do bosque de plastico, através da colina ... Me afogando. A distancia dos seus olhos. Minhas palavras esticadas enquanto eu perdia minha identidade. E o que eu ganhei de você? Decepção.