sábado, 25 de maio de 2013

AutoFlagelação

F assim, eu sai de casa, mas não deveria ter levantado nem da cama.
Com a febre que me tomava qualquer um ao me tocar sofria uma convulsão
Eu já estava perdido, mas não era o suficiente
E você me beijou. Na encruzilhada você me tocou.
Morri por acreditar, paguei o preço.
Você me beijou e eu não pude evitar depois de selar o pacto.
E disse: “Vamos por aquele caminho”
E no meio de tanto sussurro percebi que estava sozinho ao cessar.
Cortando o mato algo com as mãos, não pude evitar o sangue.
A quem eu estive seguindo?
Que coração eu ando comendo?
Eu sinto meu DNA na língua.
Mas ainda sim, ainda estou dentro de mim
Com toda minha autoflagelação
Ainda me ouço gritar, mas não consigo tornar claro
Eu me perdi, eu me perdi
Mais do que eu queria
Só Deus sabe o quanto eu queria achar minha bussola

Teu beijo me faz desaparecer toda vez eu volto aqui
E toda vez enterro um pouco mais de mim
A todo o momento sou observado, já não durmo sozinho
E apesar desse vazio eu sei que estás comigo
Corroendo meu coração

Até não sobrar mais nada.

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