segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ofício de escritor


Não estou querendo fazer a pose bom moço agora, aliás, há alguns dias. Estou querendo encarar o circo como ele realmente é. Uma cena especial de Silent Hill com uma música doente ao fundo ao toque de um pianista destrambelhado em seu momento calmo e doce de amargura, tristeza e lembrança. Tocando dores, passando inquietação. E se você se sente bem com ela, sim, é um leitor sádico. Como diz Branca de Neve.
Hoje eu me fecharia entre quatro paredes, não acercado do muro de Berlim, mas me fecharia, ficando comigo mesmo e talvez um pouco com você, pequena, como nos tempos passados. Eu não preciso ouvir ninguém dizer, mas eu também poderia escolher não mais ir até o que me faz mal. Parece que esse gosta... Nostalgia, cenas de terror, psicopatia para sobreviver. Uma escapatória do paraíso.

Enfim, foda-se tudo. Ás vezes é preciso deixar o valioso tempo cuidar de tudo e deixar que as escolhas apareçam sem forçar. É bom ver o lado bom e deixar o resto se aquietar. Eu finjo ter paciência, sabiam? E disso é tudo que eu preciso. O que eu preciso não é mais o que eu precisei ontem e anteontem, e semana passada, e mês passado, e na estação repassada, muito menos à 4 anos atrás.
E você que está vindo aqui, para saber como estou; o que eu penso e o que tá acontecendo na minha vida. Você que veio aqui pra saber se tenho um novo amor, ou sofro por antigos. Você que se vê em meus textos e insiste com as carapuças. Tenho que dizer-te que se engana ao pensar que sabe. Tú de nada sabes, infante.
Eu posso passar horas aqui, posso esquecer-me da vida aqui. Esculpindo minhas lembranças, memorias, desejos absurdos, meu caminho obscuro, falando sobre felicidade, sobre tristeza, enfim momentos. Falando sobre fuga, tratando-me como rei, demônio, o cara com queimaduras, o intocável. Filho do fogo, estancado a neve. Aqui eu posso incendiar casas, derrubar florestas, colocar fogo onde eu quiser, até em você. Posso te amar e te odiar, separado e ao mesmo tempo. Pode haver reciprocidade ou não. Posso contar uma história depois de ter me envolvido com uma música ou depois de ter visto um filme, ou mesmo depois de uma conversa e um mínimo dialogo que a nada levaria. Pode ser sobre você, ou metade de você. Misturando realidade com imaginação, inventário. Isso aqui é tudo meu, uma coisa que ninguém me tira. Não! Não venha aqui para saber do há dentro de mim, ou para saber de meu humor ultimamente. Sou mutante, totalmente transformável a cada linha, a cada postagem diferente. E ninguém nunca vai entender totalmente o mistério por completo, por mais que eu explique linhas, por mais que saibam dos meus mais doces e profundos segredos. Ninguém está dentro da minha cabeça. Não tente entender. Escrever é um dom e um estilo próprio, cada um tem.Encare com suas emoções, aprecie, mas não carregue ao pé da letra, não me faça esboço de tudo isso aqui. Santa ignorância. 


" Escreva com seu coração
Escreva com sua alma
Dê o melhor do seu talento 
E não deixe isso nunca pra trás 
por nada nem ninguém"


Dedicado.
PS: [ Já que já confessei mesmo... Tenho minhas inspirações e, pequena, você é uma das fortes que me impulsionam a continuar isso aqui. Me dando uns chacoalhões quando penso em deixar as folhas de papel e notebook. Esse 'Ps' é um agradecimento, muito isso. (para não dizer apenas isso rs.) No final de tudo vou sempre agradecer a HURRICANE rs']

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