terça-feira, 26 de junho de 2012

Sem graça, mas é sol

Choveu tanto que quase o céu caiu, a água batia forte indicando tempestade. Ouvi os choros agudos dos cachorros a noite, brigando contra o frio. Tão real que parecia gente. Remexendo na cama pensei como seria a vida sem amma. Se sua alma fosse para outro plano. Aquele barulho não me deixava pregar o olho e turbulência de pensamentos de uma fantasia, vida de mentirinha. Longe demais! A todo momento tem um olho chorando de alegria e outro de dor. A todo momento tem alguém mandando parar pedindo paz e outra querendo mais. A vida dá tantas voltas, precisamos as vezes nos transportar a tantos lugares e voltar ao mesmo para colher frutos finalmente maduros. E se não houvessem tantos enganos? E se soubéssemos sempre no que ia dar ao final de tudo? Não importa, a chuva continua caindo e o frio não me deixando levantar da cama. Não queria ter saído dela, não não.
Mas abriu o dia, apesar das ruas inundadas. As rodas passavam com dificuldade por elas. Luz do dia. Um pouco mais de chuva e finalmente sol. Mesmo que meio sem graça, é sol.

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