Então me esquivo e quebro tudo, sem limite seus gritos.
Foram os alucinógenos e ainda põe a culpa em mim.
No auge das drogas, poderíamos ser mais. Subimos e subimos e
quem dirá ir mais longe. Chegamos nos tetos e pisamos nos cacos de vidro.
Nossos pés nada sentiam, gostávamos da cor do sangue. Excitante e tão certo.
Você pode bulir. É bel-prazer, tão doce. Paralisam nossos pretextos. Querer e
não poder
Você chora, você grita. Eu brigo e viro as costas. Você me
empurra e me soca. Eu te agarro deitado no chão. Então você faz força e toma um
pouco disso. Se sentir em predomínio é sua ousadia. Então eu puxo isso e despedaço
tudo . É só pecado, é só magia. É só um pouco disso e isso te sustenta. Mais
uma dose. Louca demais. Mais um pouco e overdose, isso é uma vitória. Sobe e
kabum. Com tanta força, trágico. Suas mão escorregam suando frio. Mágico e não
trágico, se confunde com o deleite. Como se fosse um dragão desaforado. Que
fatalidade é essa nossa dedicação. Era
tão escuro, tão preenchido. Era um milhão igual a zero. A dor persistente que
te fiz sentir, o dedo insistindo na ferida aberta. E mesmo assim pedia por
mais, tão masoquista.
Já foi a época que fazíamos historias e pulávamos na chuva, nos sentindo como Deuses. Era Poseidon e tua cina.
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