Dança! Dança esses seus olhos, índia. Colírio absurdo. Cega,
desencadeia. Desejo atormentado. Entra e sai, esperneia. Viril, audaz. Simples
movimentos. Mais e mais. Estorva, aprenda-me. Enlaça as pernas em meu tronco.
Equilibra-se, desconcentra-me de paz. Estapeia em falso. Sagaz. Mesmo correndo
contra o tempo não se perde em ponteiro. Vale nada, Satanás.
Dança! Dança índia dança. Realize o acaso que infrinja,
seja. Contravenha tudo que não foi antes. Louca! Seja louca! Permita-se
desvendar mais que os simples mistérios de qualquer um pra tanto faz. Pois esses são mais dementes, memoráveis. “Gemente”.
Esses nos faz ser e querer sempre mais. Apenas este nos satisfaz.
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