terça-feira, 19 de agosto de 2014

Indianás Pã

Dança! Dança esses seus olhos, índia. Colírio absurdo. Cega, desencadeia. Desejo atormentado. Entra e sai, esperneia. Viril, audaz. Simples movimentos. Mais e mais. Estorva, aprenda-me. Enlaça as pernas em meu tronco. Equilibra-se, desconcentra-me de paz. Estapeia em falso. Sagaz. Mesmo correndo contra o tempo não se perde em ponteiro. Vale nada, Satanás.

Dança! Dança índia dança. Realize o acaso que infrinja, seja. Contravenha tudo que não foi antes. Louca! Seja louca! Permita-se desvendar mais que os simples mistérios de qualquer um pra tanto faz.  Pois esses são mais dementes, memoráveis. “Gemente”. Esses nos faz ser e querer sempre mais. Apenas este nos satisfaz.


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