quinta-feira, 8 de junho de 2017

Epidemic in the Heart

''I'm looking at you through the glass
Don't know how much time has passed
Oh, God, it feels like forever
But no one ever tells you that forever
Feels like home, sitting all alone inside your head''


Quanto tempo eu não te ouvia cantar. Nossas vozes se juram o tempo todo porque não conseguimos evitar. E a canção que fizemos ainda está aqui em ritmos descompassados e ectópicos. Revisando amor e dor. Dor e saudade. A melodia permanece, o timbre treme e tudo dentro começa a doer. Liberando essa coisa que não passa. Fazia tempo que eu não cantava pra você... No refrão estamos sempre dançando na minha cabeça. E quando remata, estou aos prantos. Sei que não aguenta mais minhas lamúrias. Talvez as notas me toquem mais do que tocam a você. E todo esse enredo só acontece dentro de mim. Tu és rocha, patrimônio teu. Vive bem na sua vida sem mim. Eu, de vez em quando eu fico no canto da sala, sentado e tento me convencer de que você não vai voltar. Tento desdizer pra mim que teus olhos ainda dizem me amar. De longe me olhando da estação.  Amas como eu? Ama pra caralho? Consegue me olhar nos olhos por um longo tempo e dizer... (?) Deixa pra lá... Acho que tenho mais medo do ‘’sim’’ do que do ‘’não”. E todas as vezes que te enganei com meu sorriso, eu desmoronei sem ninguém depois. Você me faz rocha, pra me ver desaguar mais. A gente tenta ensaiar peças, mas a única pessoa que não enganamos somo nós mesmos.

Eu me sinto péssimo. Sinto que o caçador perdeu seu jogo. Venci vários leões, mas não venço você. E se você largasse as armas aqui e agora, eu te abraçaria e te seguraria firme pra sempre. Você seria capaz de esquecer os anos apenas para ser feliz daqui pra frente? Você seria louca de largar tudo e fugir comigo? Estaremos errados, seremos presos talvez, seremos julgados pela coragem dos nossos corações. Mas seriamos venturosos, felizes e completos. Mesmo que não tenhamos nascido pra esse mundo.
Minha mente é como a bagunça do meu quarto. Às vezes eu não acho minhas chaves. Algumas vezes meu tempo fecha e eu só quero chover. Tento me acostumar com a vida, ser otimista. Mas eu sou doente. Psicótico.  (...) Você está aí? Meu bip tocou, mas eu estava lento demais pra te atender. Acho que é o fim até que você me diga que é um começo.  Você é tudo que eu não quero e tudo que eu quero pra sempre. O pra sempre é agora? Ou depois? Amanhã? Outra vida?
 Por trás das paredes e com a boca no travesseiro eu sempre chamei seu nome. Das bocas que beijei, ninguém te superou. Eu sou o maior crítico ao teu favor. “-Mas é porque tem amor” me disseram e que eu só preciso emperrar isso.  Como se sentir fosse mais fácil que falar.
Ouvi uma conversa esses dias e eles diziam “-O que dói mais... O corte ou a cicatriz?” Todos responderam o corte. Mas eu não concordo. O que dói mais é a cicatriz e olhar todos os dias para o remendo do meu peito que eu sinto sangrar todos os dias.

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