Amanha olhei em teu rosto e vi cores que um dia já foram variadas, agora monocromáticas. Me é familiar, tabuleiro de peças faltando. Ta faltando graça, faltando o meigo sorriso. Ta sobrando à beça a pirraça que estressa.
Mas eu me desmontei pra me refazer em um ou dois passos. Eu continuarei o caminho com ou sem você em laço depois de amanhã. Eu não me importo em ter como único companheiro o vento. Você lembra? Que hoje à noite eu não agüentei ficar de pé, você me disse que me amava varias vezes e eu não consegui acreditar em nenhuma. Não consegui sentir alegria, só torpor. Eu nunca fui simples, nem nunca quis ser. Você parou de respirar calmamente, e gritou o que começara com gemidos. Mas não era mais amor, amor, não era. Não tive dificuldade em sair pela porta e te deixar nua entre os lençóis, eu não senti culpa de te deixar sem fôlego e partir.
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