terça-feira, 1 de maio de 2012

Requiém

Eu preciso de um momento claro, além de toda essa vermelhidão
Um raso para escorregar, molhado
Estou obcecado, dou a ela todo poder
Porque eu posso achá-la em qualquer lugar
Arrancando de minha pele
Estou aqui, hora estou lá
Posso eu rir e chorar ao mesmo tempo?
Estou assim gargalhando e chorando, comedor de lágrimas
Legitimo. Mas dói nas entranhas, dói por dentro, mas ADEUS!

...Mãe, não chore em meus destroços
Será algo para relembrar feliz... Feliz.
A melhor pintura de mim.

Amanhã estarei em Valhala
E eu não quero ouvir antes de eu dizer
Os castelinhos de areia não eram pra vocês
Devagar, amor, devagar
Meus demônios precisam se alimentar

Ouça
Distorção
Maligno
Tapete vermelho

Eu serei mais e mais forte entre o suéter de qualquer puta
Com alguém que não conhece meu covil, que não olhará dentro dos meus olhos procurando algo a mais. Que será incapaz de encontrar a charada.
Deito sobre o coração, atraído por batimentos. Oh Deus, isso é tão assustador
Achas que não sofro com a estaca que tenho que ensartar em seus peitos?
Mas é que o demônio dentro de mim precisa se alimentar
Misericórdia, rainha.
Eu me curvei a ela, que parecia a mais dura de todos os fatos apesar de seus contos de fadas.
"Sangre, sangre, devagar, sangre" Dentro de mim..
"Isso pode demorar um pouco mais?" Implorei
Apesar de tudo eu a assustei.
Está tudo diante seus olhos. O lance é querer ou não enxergar. Primeira fase
A Segunda seria Conseguir ou não. É difícil.
Sim, rainha. Eu procuro nos lugares mais caóticos.
Vilas em sangue, tormento de uma criança que o pai atirou fogo.
Sou eu, o que vê beleza no sombrio acústico
Sou eu, que uma vez quis estar no paraíso e de lá fui expulso.
Mas a vingança é a fome dos renegados.
Então sim, mande-me tirar-me daqui
Todo esse seu talento não me seria bem considerado
O sangue não lhe surpreende. O que lhe garante sensível?
Quem lhe garante que és ouvida? E se todo poder for libado?
Diz-me o que é salvação, se vim até aqui não foi para matá-la
Ah, mas isso é mais uma coisa que não consigo controlar. Então peço lhe clemência antes que lhe arranque o coração.


Líquido
Desgastante
Vermelho
É sangue
Amém

Eu fui o centro das atenções
Pobres crianças em apuros
Eu puxava seus cabelos e jogava-as de cara na grama molhada
Eu era apenas mais uma
Criança entediada num domingo a tarde
Mas eu queria reações, fugia da rotina
Não entendes...
Foi criada uma casca sobre mim. Os sonhos nunca passaram de uma idealização sem fundamentos. Hoje tenho tanto sangue na mão e tão pouco posso me arrepender disso, porque nada vai mudar tudo o que me tornei. Jaz o menino dentro de seu azul que lutava com tubarões. Me fiz tanto que me tornei um deles.
E quem seria capaz de encontrar beleza dentro de um monstro?
Entre as escolhas sãs e loucas, me tornei psicopata
E todas as minhas letras são feitas de cada incêndio que fui queimado e fiz queimar.
Não podes me condenar, rainha, está me julgando pelo que vê.
Há muito mais... muito mais...
Mas não entendeu. Mesmo achando ser diferente, ela era igual.
Um dia, cansei de procurar, mas esse dia não chegou.
O silêncio deu parte de mim. Eu não tenho armas, não quero batimentos. Não quero sangue. Quero um lugar. Deixei meu campo de batalha, não queria lutar com meu pai. Queria ser diferente. Mas pena... Não queria que sentissem de mim. Isso que faço causar?
Ela dizia :” Agora vem e faz tudo de uma vez”
Eu sai e dexei tudo por sua vez.


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