sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Scar

Esses olhos fortes e profundos, você se machucava para o próximo premio. Não tinha paz de espírito. Você era o demônio que eu tanto escrevia. Você dizia que era o que eu queria. Lei da atração. Eu sempre quis te salvar de si mesma, mas que audácia a minha querer vencer o diabo. Eu te amei tanto que tinha tanta certeza que eu acabaria com ele e o inferno todo.
Estou perturbado. Não é fácil lidar com o conto que eu mesmo me conto cada dia e noite. O subsídio vem de mim, mas eu não acho os portais. Me pego me reconhecendo no silencio, o negro dentro de mim, procurando um acordo com meu “eu”. Eu não estava pronto pra dizer Adeus.
Mantenho-te sei lá como. Sem sentir sua falta, te amo. Mas sinto falta do tempo que eu pensava que nada ia nos deter. Nunca ouvi os sinais, não queria jamais. Porém, o sol da verdade queimou minhas costas. Você não sabe nem a metade do que sei de você e eu acho que também não sei nem a metade do que você fez... Sem apontar, você libertou tantas coisas em mim.  Serão memórias fenecidas do coração... Eternas cicatrizes virarão estrelas algum dia? Um dia te escreverei uma carta e então te matarei de vez.
Tenho um “eu” morto. Lembra-se do precipício em nosso meio e o diabo rindo naquele sonho? Já não sei mais quem era você. 
Mas... No fim...
Você é só uma prostituta de bar viciada sem perspectiva de amanhã.


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