sábado, 24 de setembro de 2016

Kátia'S KISS


É o beijo da meia-noite, depois de estar com os cornos cheios de cachaça e as palavras não saem mais como deveriam, ou apenas saem como deveria ser mesmo. Sem égide, sem filtros. É o beijo como se o tempo nunca tivesse passado, como se as flores na mesa de xadrez nunca tivesse secado e os pássaros nunca voado. Ficaram os dois ali se bicando a manhã inteira. A manhã que nunca passou. E o beijo encachaçado, virilizado, fertilizado em terra de pra sempre onde o “nunca” não existe e nunca existirá, apenas nessa frase.

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