terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Menneskedyr

Fui jogado em cima dos espinhos, era um jeito de pagar

“-Você deve pagar” Gritou o malfeitor

Mordia meu próprio braço para passar a raiva, por isso as várias dentadas pela pele

Eu não me daria por vencido tão fácil assim

“-Bem vindo filho da puta pagão, cansou de brincar de Deus?”

Me contorci, rastejando até chegar o outro lado. A criança parada de pé me olhava com lágrimas nos olhos, ela tinha os pés machucados, mas não parecia sentir dor.

“-Venha até aqui, criança, me ajude a lembrar”

“-Aqui não é comum misturar trabalho a brincadeira. Aqui você não pode se arrepender. Porque não tem mais chance. Eu não posso te ajudar a descer.” O menino correu.

Você não pode acreditar em tudo que vê
Não pode crer em tudo que lê
Não, eu não quero mudar. Se for pra queimar no inferno, irei queimar.
E se for para ter espinho nas cravado nas costas, terei também.
Pessoas dizem que enxergam meu coração e podem senti-lo.
Eu tenho vários.
Não há nenhum mal, apenas aquilo que você cria, o que você alimenta.

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