Estive sentado por aquela praça. Não sei em que época, não
sei em que estado. Eu estava como estou agora. Os cabelos amarrados com uma
cordinha qualquer, um jeans qualquer amassado e um casado de baseball azul. E o
mais impressionante, estava com a mesma preocupação de hoje, de frente á um
homem grande com cara de ontem e uma mulher atrás de mim com envolta de
presente. Mas quem sou eu pra dizer se é passado ou futuro todas aquelas cenas?
Quem sou eu pra descrever? Quem sou eu pra te escrever? Quem sou eu ?
Olhando nos olhos do mestiço, eu sabia que não era boa coisa. Eu tinha que proteger Amma, eu tinha que sair dali de algum jeito.
Olhando nos olhos do mestiço, eu sabia que não era boa coisa. Eu tinha que proteger Amma, eu tinha que sair dali de algum jeito.
Aquele homem me lembrou um presente, mas ele era passado. Um
passado do tipo mexicano com a mesma maldade de um daqueles que usa uma pistola
no cinto pra qualquer lugar que vai. Mas ele não tinha arma, ele tinha uma
faca. Uma faca presente, um facão de carne e ele atingiria a cabeça de Amma se
eu não o tivesse peitado e a ta faca atingido meu coração.
Eu estou aqui morto em presente, mas lá eu não morri. Eu
consegui vencer, eu consegui sair e
deixar a cabeça de Amma inteira. Lá eu estava despedaçado mas com gosto de
sucesso. Aqui eu ainda sinto a derrota no paladar podendo alcançar um caminho
melhor. Caminho esburacado de começo, cheio de bombas, podendo haver algumas
mortes. Mas é um caminho e eu não estaria aqui parado.
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