sábado, 22 de setembro de 2012

Rua do sem sentido


Um dia vou varrer essa rua e acabar com todo esse fedor que insite em contaminar esse lugar. A noite quando se anda por aqui você atravessa a rua sem saber se vai estar respirando até chegar na outra calçada.
Os loucos do quarteirão continuam fumando tudo que tira o sentido das coisas, passando a viver uma vida sem sentido algum. Numa última conversa ele disse que fazia aquilo pra sobreviver e não precisava comer e perguntou se eu queria.
Eu estou procurando pela última coisa que ainda não joguei para o saco dos sem esperanças, eu ainda reconheço meu lar. Único, doce lar. Onde pensar é a única coisa que pode Engula seco e erga a cabeça, não seja preso. Não vacile!
Derrubei ontem a noite o quarto da luz vermelha, o proibido sempre dito que não podia, mas eu posso agora. Ficar aqui embaixo descendo o sentido onde ninguém pode nunca me achar. Uma alma sem corpo. Um corpo inútil deitado na cama, mas eu estou aqui em um lugar totalmente novo.

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