Um dia vou varrer essa rua e acabar com todo esse fedor que
insite em contaminar esse lugar. A noite quando se anda por aqui você atravessa
a rua sem saber se vai estar respirando até chegar na outra calçada.
Os loucos do quarteirão continuam fumando tudo que tira o
sentido das coisas, passando a viver uma vida sem sentido algum. Numa última
conversa ele disse que fazia aquilo pra sobreviver e não precisava comer e
perguntou se eu queria.
Eu estou procurando pela última coisa que ainda não joguei
para o saco dos sem esperanças, eu ainda reconheço meu lar. Único, doce lar.
Onde pensar é a única coisa que pode Engula seco e erga a cabeça, não seja
preso. Não vacile!
Derrubei ontem a noite o quarto da luz vermelha, o proibido
sempre dito que não podia, mas eu posso agora. Ficar aqui embaixo descendo o
sentido onde ninguém pode nunca me achar. Uma alma sem corpo. Um corpo inútil deitado
na cama, mas eu estou aqui em um lugar totalmente novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.