sábado, 22 de dezembro de 2012

Ela, A Solidão


Eu aqui sentado de um bar pro outro ainda aberto. Esses papos tão abaixo que minha mente fecunda. Uma hora parei de ouvir e fiquei sozinho sem sair do lugar.
Sentou uma menina, ela nada dizia, ficava me ouvindo tossir e fumar. Ela estava pronta se eu quisesse conversar e nem parecia piscar. Ela não piscava.
Mas que porra de noite fria. As estrelas encobrem o céu como um véu e nem isso me faz melhor como costume de antes.
Algo me falta e vai estar no fundo desse copo. Em pouco tempo, muito pouco tempo estará tudo escuro e quem sabe eu poderei me transportar. Mas a noite vira dia e meus olhos não pregaram, procurei algo que me distraísse e até consegui por alguns momentos. Oh céu alaranjado!Oh prazer que passa logo. Poderia prolongar isso?
Ela me viu o tempo todo. E não saiu de perto de mim mesmo com todo cheiro de sexo e álcool. Mesmo conversando com Deus. Ela perguntou, para que Deus você reza quando está com o pé no inferno?
Eu me preparei para o invisível ao saltar dos olhos no espelho e não me surpreendi, era tudo que eu esperava, nada.
Eu queria não encontrar tanta diversão a beira do abismo.
Agora já é tarde e sol logo se vai, quando se torna vicio é difícil, muito difícil.

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