segunda-feira, 22 de julho de 2013

Indomável

Peguei uma chaga e te prendi na parede, te prendi com injuria, com desejo, de te ter avante. Então, não satisfeito, peguei mais uma e lancei bem na tua cabeça. Seu infante! Engula mesmo que não mereça. Tua fala tem me enjoado. O sol anda nascendo mais tarde e começa a chover quando a noite cai. Eu não vejo sentido de andar pra trás, por mais que saiba pedir e aceitar desculpas eu nunca esquecerei. Eu posso não tocar no assunto, mas o câncer ainda pulsa em mim, não há como curar, nem tua transbordante esperança. Você não pode salvar o mundo garota, você não pode me carregar num carrinho de mão. Eu sei voar, você não sabe? Minhas asas só não aparecem. Teus olhos são crus pra ver no demônio que posso me tornar. E eu não preciso de ninguém pra me salvar porque eu tenho minha lei.

Não é nada tão assustador, você chorando e pedindo pra parar. Eu tenho sonhado dia e noite com a morte, ela sempre me acompanhou, mas anda me convidando para o lado oculto mais avidamente.  Se afaste de mim é melhor, se afaste de mim, pelo menos por agora. Sinto-me intocável. Um bicho indomável.

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