quarta-feira, 19 de março de 2014

Mumper


Ninguém entendia mesmo e eu não me importava com ninguém mesmo.
Eu não tinha o que temer, nem mais o que querer.
Estava no rio escuro com as minhas drogas, eu só fiz mal pra mim mesmo.
Eu não pretendia ser ninguém mesmo, nunca fiz promessa nenhuma.
Não ter ganhos, significa que não há o que perder.
E você sabe que eu tenho razão e não sou culpado
Eu poderia te chamar pra vir pra fora, mas eu preferia ficar sozinho, 
você dizia que tinha medo do escuro e mesmo assim queria entrar no meu coração.
Gritos e sussurros intercalados no escuro da noite.
O som das bestas ensurdecendo as virgens

Então não me acuse da sua morte, eu não estive pra você em momento algum
E agora a dor que sente dos mortos, você manda pra mim
Tenta estourar minha cabeça
Mas eu ainda sou o mesmo louco andante, sujo e drogado!!!

É mais fácil fazer mal para um mendigo..

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