domingo, 12 de outubro de 2014

Macacos Me Mordam!

Demos as mãos escondidos e tapamos os rostos. Não precisávamos fazer isso, mas estávamos fugindo de olhos acusadores e até por isso dizemos ‘não’ quando queríamos dizer ‘sim’. Foi por isso que deixamos toda a sensação em evolução gradativa que nos envolveu. Deixamos pra lá, jogamos pela janela.  Mas como deviam saber, não adiantou nada, só demorou mais um pouco para então, refrão.
Temos estrelas no peito, mas eles têm um martelo. Eles definem a sentença e fazem tanta besteira como os condenados e gritam “Olha teu teto de vidro”, como quem diz “Não sou Madalena”.
Levantamos a mão, principalmente o dedo do meio e estamos trombando nas caixas de mudança. Tenho que dizer, isso é excitante querida. Tramando uma fuga, romance em febre. Podemos esperar mais algumas milhas e ainda estaremos queimando. Não esqueça as pedras, querida.
Há cães latindo, gatos gritando como crianças rebeldes. Ouço som de galinhas e gambás. Macacos longe! Fugiremos desse zoológico e deixem-nos receberem nosso adubo de cortesia!

Seremos um molde. Um tipo de fantasmas com forma e sem alma, adubadinhos.

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