domingo, 12 de outubro de 2014

Massa Podre


Ela sabe ser atrativa, sabe me puxar para perto novamente.
Ela sabe dar uma rasteira, mas levanta o alvo rapidamente.
Tão perversa. Tão fingidamente inocente
Tão doce que chega a ser enjoada.

Ela tem uma voz arrastada,
aquela tentativa de ser sexy falhada. 
Ela tem amor, 
um poço de amor fingido com coberturas de mentiras. 
Mentiras não condizente com as minhas.

Ela tem os cabelos loiros, o jeito que me atrai e é bem mais velha do que aparenta. 
Ela usa uma máscara de teen-ager e tem os pés tortos pra dentro. 
Ela só é mais uma estaladora de língua.

Eu poderia ser um tolo por ela se não tivesse provado da cobertura primeiro. 
Mas ainda sim ela consegue me provocar para o gosto da massa do bolo. 
Me chama o tempo todo pra cama e diz que não sabe transar.
Ninguém nunca saberá das minhas cartas, já das suas... 

Tem o poder de hipnotizar, mas fala demais, desfaz feitiço e só irrita.
Pra falar a verdade ela é mais transparente que muitas garotas. Não pela sua blusa que revela o segredo que as outras não revelam, mas por que não sabe manter suas mentiras. Pra cada um é uma história e se recusa a pedir desculpas. Inventa e inventa até ficar rouca. 

O que não dá pra entender é que ela não precisava ser uma vadia. Pois tem beleza, sensualidade e inteligencia.

Ela pediu por mais, eu só dei a palhinha com gostinho de café e cheiro de maresia. 
Isso é tudo apenas curiosidade, amor (de quem?). 

Eu me peguei a sua frente, não sei por que mais uma vez.
Apresentou-se como presente. 
Se afaste, eu não pago por você. 
Mas seria um prazer fingir que estou fazendo amor com tua massa, 
Só que eu teria que cometer suicídio depois.

Está cedo para morrer, não cheguei aos 27.


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