Final da P**** do mundo!

Você pode ficar preso em um lugar e nem se dar conta. Histórias, passado... E você pode viver lá como se fosse o seu presente. O presente de uma vida desgraçada. E você vai desgraçando todo seu futuro.
E nessa altura do campeonato eu estou cansado. Aliás, percebi que sempre estive, mas as prioridades vão mudando... E o cansaço fica diferente. Parece que até ele evolui de certa forma.
Eu estou cansado de fantasmas, matei alguns deles. Mas o vazio aumenta e parece que jamais será substituído. E você pensa que talvez seja melhor o habitat assombroso ou você culpa os criadores por tudo.
A gente não escolhe em que família nasce(?), a infância que temos, mas escolhemos o que fazer com isso ao decorrer da vida. Escolhemos nosso lugar, por em ou inconscientemente...pelas atitudes e escolhas. Porque se você não escolhe, o tempo acaba e a alternativa mais conveniente com a tua energia do momento se toma. E normalmente ela tá uma merda... com o tempo que vivemos, mas podemos escolher...O problema é que, ás vezes, a gente perde muito tempo... E saímos atropelando as coisas e os outros pelo caminho como se estivéssemos os culpando por alguma coisa. Perdemos muito com isso a vida toda. E eu só queria saber quando vou parar de perder... Merda! A gente perde o tempo todo. A gente ganha também, mas parece não compensar.
Parece que algumas pessoas tem mais sorte ou elas só escondem bem o fato de serem tão fodidas por dentro. Todos nós somos fodidos.

Eu acho que eu quero perder tudo mesmo para poder então começar de novo. Pensei em fazer isso de muitas formas. Mas parece que é tudo tão figurado. E talvez seja por isso que eu sou fascinado pelo duplo sentido. A vida nos confunde o tempo todo, queima nossos neurônios, muda caminhos... te mostra algo e não é, só pra você ver no final que tudo você perde.


Eu quis perder tudo pra começar de novo, mas a verdade é que pode ser uma merda muito pior.
Dizem que o fundo não acaba nunca. Não concordo, ele acaba muitas vezes.
As vezes até parece que toda hora lidamos com o fim do mundo e rimos na cara da morte. E sim, toda vez começamos de novo. Malditas sensações!
Dizem que no final de tudo a gente entende, mas eu não acredito em um final. Então, nunca entenderemos.