quinta-feira, 3 de junho de 2010

[...]
"- Exatamente. Você imagina. A imaginação é uma capacidade poderosa! É um poder que o torna muito parecido conosco. Mas, sem sabedoria, a imaginação é uma professora cruel. Quero lhe fazer uma pergunta: você acha que os humanos foram criados para viver no presente, no passado ou no futuro?
- Bom - disse Mack, hesitando. - Acho que a resposta mais óbvia é que fomos criados para viver no presente. Estou errado?
- Relaxe, Mack, isso não é um teste, é uma conversa. Você está corretíssimo, por sinal. Mas agora me diga onde você passa a maior parte do tempo em sua imaginação: no passado, no presente ou no futuro?
Mack pensou um momento antes de responder.
- Acho que passo muito pouco tempo no presente. Passo grande parte dele no passado, mas na maior parte do tempo estou tentando adivinhar o futuro.
- Você não é diferente da maioria das pessoas. Quando estou com vocês, vivo no presente. Não no passado, se bem que muita coisa pode ser lembrada e aprendida ao se olhar para trás, mas somente para uma visita, não para uma estada demorada. E certamente não vivo no futuro que você visualiza ou imagina. Mack, você percebe que sua imaginação do futuro, que é quase sempre ditada por algum tipo de medo, raramente me coloca lá com você, se é que me coloca?
De novo Mack parou e pensou. Era verdade. Ele passava um bocado do tempo se aborrecendo e se preocupando com o futuro, e em sua imaginação o futuro geralmente era muito sombrio, deprimente e mesmo horrível.
- Por que faço isso? - perguntou Mack.
  • - É sua tentativa desesperada de conseguir algum controle sobre algo que você não pode controlar. É impossível ter poder sobre o futuro porque ele não é real, e jamais será. Você tenta brincar de Deus imaginando que o mal que teme pode se tornar realidade e depois tenta fazer planos para evitar aquilo teme."Porque tanto medo da vida ? -Porque você não acredita .A pessoa que vive dominada pelos medos não encontra liberdade no amor .Não falando de medos racionais ,de perigos reais ,e sim de medos imaginários e especialmente da projeção desses medos no futuro .A medida que dá lugar a esses medos,você não acredita que eu sou bom ,que eu o amo .Você pode até falar isso ,mas não sabe .. [...]

(William P. Young, no livro A Cabana

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