domingo, 20 de maio de 2012

Skinny Love




Ela insistiu para ir a rua 12, eu queria ser ímpar. Fui criticado pelos palhaços impedido de entrar para o espetáculo. Ela se perdeu na dança, achava que poderia ser bailarina só por ter as sapatilhas. E então ela me disse para ser paciente, para ser domável e eu como um bicho inquieto não me dei bem de novo. Então ela disse para eu ser cuidadoso, para ficar balançado e me firmei nisso até hoje, contando pássaros que pousam na janela.


Ela se foi mas seus olhos continuam pelo vidro, cantando músicas hora para aumentar a dor, hora pra cessar de vez.
Meu amor, estou na costa, a água bate forte. O que farei agora, se eu não posso escalar o lodo. E ela apenas disse pra ficar bem e saiu voando. Era pra que eu assumisse as contas em juros e pagasse as multas. Ela apenas perguntou quem era. Desfragmento. Mas ela daria tudo para ter braços quentes com apenas um nome. Seu olhar continuava doce mas seu sorriso nocivo. Eu me sinto de mãos atadas sem poder atravessar até você, porque simplesmente sabemos, não podemos. Então continuaremos cantando pelo vidro, meu pássaro amarelo
E ela disse: “Vamos, amor frágil, meu”

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