Ela insistiu para ir a rua 12, eu queria ser ímpar. Fui
criticado pelos palhaços impedido de entrar para o espetáculo. Ela se perdeu na
dança, achava que poderia ser bailarina só por ter as sapatilhas. E então ela
me disse para ser paciente, para ser domável e eu como um bicho inquieto não me
dei bem de novo. Então ela disse para eu ser cuidadoso, para ficar balançado e
me firmei nisso até hoje, contando pássaros que pousam na janela.
Ela se foi mas seus olhos continuam pelo vidro, cantando músicas
hora para aumentar a dor, hora pra cessar de vez.
Meu amor, estou
na costa, a água bate forte. O que farei agora, se eu não posso escalar o lodo.
E ela apenas disse pra ficar bem e saiu voando. Era pra que eu assumisse as
contas em juros e pagasse as multas. Ela apenas perguntou quem era.
Desfragmento. Mas ela daria tudo para ter braços quentes com apenas um nome. Seu
olhar continuava doce mas seu sorriso nocivo. Eu me sinto de mãos atadas sem
poder atravessar até você, porque simplesmente sabemos, não podemos. Então
continuaremos cantando pelo vidro, meu pássaro amarelo
E ela disse: “Vamos,
amor frágil, meu”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.