Não sabia dizer como se sentia em todo começo de tarde à
madrugada de outro dia, uma hora que o frio não mais incomodava porque o calor
era transmitido e não necessariamente por braços quentes e corpos nus. Não necessariamente
por um beijo caloroso, alias sem toques. Do frio se esqueceu, não mais
incomodou os dedos congelantes, a falta de uma luva. Não mais ouviu o que tinha
ao redor, nem escutou fulano chamar. A química perfeita, o chamego que não
enjoa, incessantes. Puxou um casaco e tentou não fazer barulho, mantia os risos quietos mais
silenciosos possíveis, apesar de toda vontade de gargalhar de vez em quando. Os olhos olhavam confortantes, também quentes. Olhos que
se observados atenciosamente teria certeza de onde veio tal dama do fogo e também
ficava a certeza do porque não sentia frio. Do porque nunca sentiu em todo
tempo na presença dela. Nada nunca mudaria e nunca teria certeza da bagunça interior absurda. Mas da calma que lhe causava e dos risos em vias estradas de dor, não teria dúvidas. Era o remédio e a droga acolhidos pelo fogo. O caloroso, sarcástico e belo fogo, que designa nosso destino, incansável destino.
A mais doce, amistosa, cordial de todas as companhias doma o Fogo rebelde, cruel que jamais imaginou ser domado. Agradeço por se aproximar todas as vezes sem medo, mesmo quando as placas de avisos gritam para ninguem se aproximar, por trazer sempre consigo as melhores palavras, pelo dom de conversar e sempre saber o que me dizer <3
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