sábado, 7 de julho de 2012

Inconscientemente Consciente


Custou a abrir os olhos e sorriu, ouviu o som dos pássaros que insistiam em bagunçar sua manhã, bem próximo as violetas na janela. Por motivos adorava aquilo. Passava cume de tranqüilidade, quis demorar mais na cama, mas a hora já marcava 8:20. Estranhamente hoje, mesmo com sono não ativou soneca. Espreguiçou de um lado pro outro, com uma ótima sensação de sonho bom, não se lembrava ao certo o que, mas sabia com quem. As imagens do sonho eram estranhas sempre a mente, custava a entender, mas sabia, era seu inconsciente, seu apego a tal arte, vamos chamar assim, prefiro.
Fechou os olhos e ficou ali apenas ouvindo e desejando os primeiros raios de sol, mas o quarto era escuro demais. Impulsionou-se a levantar e encarar o novo dia, o que vinha pra frente era tranqüilizador, queria estar em sintonia, descarregar a mente. Perdeu a hora como de costume, por sonecar demais na cama, mas não fazia mal, seu destino era perto.
Protegendo-se do frio da manha e arrastando os pés pelas folhas de inverno recém posto, caminhava pelo caminho que uns dias atrás acharia longo demais com toda a tensão e ansiedade de aparatar, chagar logo, agora era tranquilo. Estava friozinho e mesmo com a nova estação, o sol era bem tocante e estranhamente bom. Não teve pressa por mais que já batessem 9:00. O pensamento se desenvolvia na história do livro envolvente, queria terminá-lo aquela manhã. Foi 1 hora inconscientemente consciente. Voltou pelo mesmo caminho, parou a praça e sentiu os raios entre as folhas brilhantes. O sol tocava seus cabelos mais amarelos à luz do dia, sorriu com a aparência de parafina. O ar parecia mais puro, as folhas mais verdes, a mente mais aberta e mais centrada a toda aquela beleza natural, tudo aquilo que poderia não existir mais daqui a uns anos como o quintal florestal de sua casa. Resolveu guardar tudo, uma lembrança de logo mais e depois também. Tudo parecia mais bonito e nem ligou para os poucos velhos que passeavam pelo local, afinal, quanto tempo não assistia a manhã tão inconscientemente consciente?

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