segunda-feira, 8 de julho de 2013

Arcanum

Uma vez me disseram que sou sério e fechado.
Olhos podem carregar tantas coisas incapazes de liberar em lágrimas.
Me disseram que corro atrás dos cães por diversão.
Mas nunca viram as chagas causadas por eles.
Uma vez apoiaram a mão direita no meu ombro e me deram paz,
Mas com a esquerda fez sangrar minhas costas.
Ainda querem que se confie com um piscar de olhos...
Uma vez me morderam bem no pescoço, suicídio em pleno dia dos namorados, que lástima! Mas aquilo me reviveu, laços de família nem sempre são pra sempre família. Meu sangue chupou meu sangue e me quis por uma noite. Eu nunca fui, sangue do teu sangue nupcial, mas teu sangue ainda corre entre minhas veias. Penso que se fosse hoje não seria diferente porque em meus princípios. Família é pra sempre família.
Uma vez tive sede, mas me segurei. Tive fome com que nem se imaginava. E se soubesse? Levariam minha cabeça a prêmio ou terminaria em suas camas?
O que me tornei?
Isso que está vendo
Isso que não consegue ver
Olhar é diferente de enxergar.
Fantasia, maquiagens, mascara e sorrisos falsos.
Tantas formas de se fazer o que não é.
Mas quando se esbarra com alguém que te enxerga de verdade, é assustador.
Porque esta pessoa não está só olhando de um jeito simples
Deus me livre de suas analises.


Me sinto melhor escondido no meu mundo sombrio com aparência de circo
Onde no final, morrerei como mistério. Este nunca desvendado.


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É bom tê-lo de volta!
    Senti falta sim! Sua poesia me encanta. Quando leio, tenho a impressão que eu escreveria exatamente a mesma coisa.

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