segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cavalos Selvagens

Parei, sentei e fiquei contemplando-te. Acho que nunca vou me enfadar de fazer isso. O tempo passa e sua beleza persiste. A natureza que me enjoa só de te olhar por muito tempo. E pior que eu sei quem eu sou, quando olho em teus olhos, isso quando chego mais perto, o suficiente para sentir meus pulmões cansarem de funcionar.  E meu coração se sentir em casa.
Meu bem, saiba que é melhor daqui, pensando em como seria se teu mapa tivesse em minhas mãos. Mas a única coisa que tenho nas mãos é um papel que amassei e desamassei umas 700 vezes.  
Senhora Ingrata,
Eu sei que você sabe que eu nunca fugirei nos cavalos selvagens
Você sabe, você sabe que eu morrerei nesse sítio. Sem nenhum portal que aparece na porta dos fundos como saída. Lembra-se daquele pacto? Foi a maior burrice que fizemos? Já não sei de nada a não ser que eu não fugirei com os cavalos selvagens.
Você me deixa a par dos seus dias, dos seus cortes, das suas cores, dos seus pássaros, das suas dores. E você diria que sou digno se eu perguntasse. Mas que diabos estamos fazendo aqui nessa cama? Eu te vi partir e voltar umas 800 vezes. Por que não pode ir de vez? E por que não quero isso?

''Cavalos selvagens. Nao poderiam me arrastar para longe.
Cavalos selvagens, selvagens

Nós montaremos neles um dia''
(Wild Horses)

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