segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

La Vita

"Eu corri atrás das borboletas e fiquei a salvo. Porque as persegui desde lagartas. Eu quis segui-las e elas me protegeram. Mas teve um certo momento que pássaros negros partiram do chão fazendo circulo onde eu estava. Assustei-me, eram elas.. as borboletas. 
Meu Deus, o que se tornaram?''



Eu diria que é difícil, é difícil pra cacete. Resistir, tanto que não consigo e me castigo depois. Como aquele padre que pecam e depois gritam com a chibata em si próprio. Eu sei, não sou um padre. Mas sou um ser humano, falho dos pés à cabeça. Por baixo de todo sonho de doce de leite, não há quem mereça. 
Instinto putão não faz meu estilo. Mas por que tanto doce ao invés do  talco, mamãe? Eu nunca quis causar guerra e mais guerra. Se eu pudesse escolher na verdade como viver. Eu nunca teria brigado, teria pra sempre os mesmos amigos e uma só mulher. Quanta ilusão, meu caro. 
Se eu pudesse escolher, impediria a morte dele. Meu sincericídio vem de homicídio, e logo depois meu suicídio. Porque foi por culpa minha. Me senti como Caim, que matou Abel. E pior, que eu o amava.
Eu sou bom ao mesmo tempo que não sou. O bem e o mal imperando sempre, mas em mim isso é tão aflorado. Enjoar do doce. Atacar a geladeira. Encontrar coisa estragada e não jogar fora por preguiça. Lembrar do bolo que estava ali, que agora está duro , pelo tempo. Bato a geladeira. Eu sou tudo isso e não sou. 

Amar.. Amar..

Amar é se afogar e ser salvo. Ou não. Porque o amor é no fundo se arriscar a tudo e a todos. Família, amigos, passado, traição, mentiras, segredos..
Por que com uma vida tão difícil aqui fora, alguém ainda faz uma paralela para ter tudo duplicado?
Eita povo que gosta de sofrer! 

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