Quem dirá o futuro, destino tão apagado aos olhos do presente...Só
dirá esperança do futuro que tantas vezes sacaneia a gente. Mas que coisa linda
que do nada floresce o asfalto de onde você não dava nada por nada. E no fundo
nem era tão negra assim a mente sem suposições porque ambos fantasiaram. Cada
um do seu jeito. E se a gente pudesse ler pensamentos e adiantar o futuro? Trocaríamos
pedras do presente. Pedras que foram necessárias para tropeços para hoje termos
a cicatriz ou a lembrança do tombo. Para sabermos os lugares que não deverão,
por nós, ser frequentados.
Sorte é o amor. Azar, o desamor. Pela paz, clamor que não é
atendido e faz desconfiar se Deus é só um fantasma. Mas o medo da solidão nos
faz acreditar que o vento tem forma em outro lugar. Onde existirá outro eu que
não sou eu, mas ainda sim é minh’alma sem um desenho. Mas lá, do outro lado, isso
não terá a mínima importância. E a certeza jamais se fará clara, apenas quando
a escuridão lhe cegar as vistas. E saberemos, qual verdade está certa.
Saberemos se vamos acordar do sono em penumbra ou se morreremos pra sempre.
Enquanto isso, aturdidos no mundo vamos fazendo por onde sem saber
até onde chegaremos, e se o onde existe. Atirando no escuro, arriscando. E será
que tem um mestre superior que dita as regras do jogo? Penso que não poderíamos estar
jogados.
Tudo que tem fim, tem um começo e estamos zombeando pelos meios.
Tudo que tem fim, tem um começo e estamos zombeando pelos meios.
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