domingo, 24 de agosto de 2014

Leprosa

Expele veneno, resseca pele, ferida aberta. Chora e ri. Ri e chora. Computa seu teatro, puta e suas loucuras! Mas não aquelas loucuras vida louca, mas loucura de gente retardada mesmo. Sangue derramado. Ameaça. Joga na mão de outrem. Sua lepra espalhada. Não tem jeito. Bonequinha caída ás larvas.  Quem é o anjo agora? Anjo não és, anjo nunca foste. Nada mais que um miserê chorado entre um cigarro e outro. Borras teu branco com essa tinta azul dos teus cabelos. Imprudente
. Tu és como a fumaça tóxica com um falso aspecto de prazer. Falso afeto, falso amor, falsa maturidade, falso louvor. Minha assinatura em tua biografia é do que eu me arrependo. De ter te comparecido o mundo ao quadrado sem obrigado. Não o verdadeiro, sim o mesclado. Filha inconsequente! Perambulante, diminuída, ranzinza! Ancestrais te trouxeram de outra vida. Mas que assassina seria e o que roubou e por que ensejo? Vida vazia e absurdos desejos. Tudo fica no quero mais para aquilo jaz. Te tocas! Aquele livro já  não existe mais e só você ainda está submergida nas páginas em lágrimas. Eu me toquei, mas foi preciso mais. Sempre durável me faço fragmentos. E tu como erva daninha rezou meu lamento. Do teu sofrimento amanhã, já não me influi mais. Mesmo que me venças com tuas calúnias e contrassensos, a vida se encarrega dos direitos e do tempo com as verdades. Nada mais que o resto é inferno que te traz.

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