Dilúvio em slowmotion. A chuva que me caça não me alcança
tanto quanto você. Por mais que esteja escorrendo em minha pele, molhando
minhas roupas, me dando choques de realidade. Não me entranha, assim como teus termos,
o parto do teu veneno. Pode não crer que eu sinto ainda cada cicatriz como
ferida frincha. Cada beijo como se fosse hoje. Seu beijo de morte. Extermínio. Um
falso conceito de vida nova. Blasfêmia. Mero milagre era um sonho de véu branco
e o jeito imaculado que chegava a me enganar. As roupas vermelhas estavam por
baixo e pronta pra atacar preparava veneno na língua. Infame. Me fode a cobiça,
me atraca a vontade nula, quase nada... Depois do ataque de enxame de abelhas.
A dor que sinto ainda vem de você. Aqueles beijos envenenados que me matam por
mais que tua boca já não exista mais. Mata-me. O que tinhas? Você é algo que
não inventei, mas majorei para meu transtorno obsessivo. Decadente! Exposto ao
céu que chora numa puta falta fingida de ti.
Você é perigoso, tenho medo de vc!
ResponderExcluirCada um com sua arte, meu caro.
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