domingo, 17 de agosto de 2014

Meu fogo de palha


Dilúvio em slowmotion. A chuva que me caça não me alcança tanto quanto você. Por mais que esteja escorrendo em minha pele, molhando minhas roupas, me dando choques de realidade. Não me entranha, assim como teus termos, o parto do teu veneno. Pode não crer que eu sinto ainda cada cicatriz como ferida frincha. Cada beijo como se fosse hoje. Seu beijo de morte. Extermínio. Um falso conceito de vida nova. Blasfêmia. Mero milagre era um sonho de véu branco e o jeito imaculado que chegava a me enganar. As roupas vermelhas estavam por baixo e pronta pra atacar preparava veneno na língua. Infame. Me fode a cobiça, me atraca a vontade nula, quase nada... Depois do ataque de enxame de abelhas. A dor que sinto ainda vem de você. Aqueles beijos envenenados que me matam por mais que tua boca já não exista mais. Mata-me. O que tinhas? Você é algo que não inventei, mas majorei para meu transtorno obsessivo. Decadente! Exposto ao céu que chora numa puta falta fingida de ti.

2 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.