sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Burn With Me

Um, dois, três... Dez.

Perdão. Dê-me licença, eu posso falar por um minuto?
Não está tudo tão acabado que você nem queira começar. Eu devo agradecer pela paciência? A mim ou a Deus? Porque tempos estão difíceis e saberíamos que seria assim, pois estamos caminhando para o fim dos tempos, isso é claro.
Licença por um momento. O que você faz quando não tem ninguém ouvindo? Quando ninguém pode te ver por uma fechadura. Uma fresta disponível, uma janela aberta. Você não vai querer saber o que eu faço. E se eu não digo, tu não diz?
Não há luz aqui, não há ninguém ouvindo. Fiquei o dia todo sentado e descobri mais uma música que me leva pra longe, amor, preciso te mostrar. Faz-me pensar que tudo é tão longo e tão curto que assusta.
Se você tentar retardar os ponteiros irá retardar a si mesmo, só pra você. Como guardar a magoa de alguém e se machucar com tanto ressentimento próprio.
Eu sei que você queria uns truques para fazer durar mais uns momentos e outros menos. É uma pena dizer que é impossível. O amor ser um mar de anjos em sinfonia também. Perdão se não sou as estrelas de um céu apenas, camomila. Se não sou o que você esperava á começo de viagem.
Mas me dê licença por um minuto, não deixemos isso desgastar mais do que fizemos.
Nada é tão forte o suficiente e nada é tão fraco. Não são tudo certezas, alguns pontos são fraquezas.  Todo mundo já se sentiu sozinho por um momento. E sentiu coragem demais e cansaço demais, acabou que nada fez. Todos já quisemos conquistar o mundo, atirar pedras, viver pra sempre. Até entender o real significado de viver e entender superficialmente. Porque as respostas nunca teremos, amor, as respostas que nós queremos ter. Pois, paciência por momento. As respostas desgastam anos e anos, prolongam e quem somos nós com 26 anos saber tanto quanto Deus, ou um seguidor tão próximo?
Sinto que gastei meus jovens anos. Eu poderia ter ouvido mais Elvis Presley, mas o disco tava fora da capa e minha mãe não sabia dizer onde estava. Então escolhi The Beatles.
Dei a você todo o vazio para preencher. Alimenta-me.
Dirigi a você os segredos, mistérios, arremates.
Eu quis dizer algo novo que eu sempre quis.
Mostrar-te o caminho sem medo, e eu deveria. Continue junto.
Há algo dentro de você, que cresce destrutivamente. Assusta. Não vá muito longe.
Mas há algo dentro de você que continua o mesmo. Sereno, afim, á tudo, á mim.
Eu poderia dizer sempre a verdade sobre a temperatura do termômetro, mas não sou o mesmo quando estou com a caneta e o papel.
Há algo dentro de mim que é difícil de explicar e ainda que não queira falar sobre isso,  está no meu olhar... no jeito, no sorrir e não sorrir. E tu conheces bem.
É como se a vida tivesse me chacoalhado quando você apareceu. É como se o calor viesse primeiro que o fogo. E eu te dei todo o resultado. Dá pra ver as chamas? Mesmo sem te falar do fogo, sente? Eu dou a você todo o calor da chama, burn with me, sem medo de morrer.
O tesouro e a graça é de graça. Peguemos até o pior porque pensamos nos pilates. E no fim de tudo contaremos tudo para levar em consideração o passado e o futuro. Não podemos fugir... Acharemos um ao outro. Não podemos nos condenar mais do que já nos condenamos. Eu acredito que podemos arrancar tudo e dançar como se nada tivesse existido. Ei, não deixe eu desacreditar de toda a minha positividade. Mesmo que seja certo, tudo morre um dia não é? Morrerá comigo...
Essas cartas serão guardadas ou rasgadas na chegada de outro amor. O que faria? Exatamente como diz? Então não deixe-me cair entre seus dedos. Não me deixe correr para o fim da rua, correr de você...Correr enquanto seguro a vontade de tentar ainda. De esperar mais um pouco, pegar um pouco mais de poder de éden.
Ninguém pode me salvar de você, além de você. Dê meia volta comigo, expulsando demônios, atirando ao mar, caricatura numa folga. Eu nunca quis não ter me apaixonado por você. Dê meia volta comigo. Olho nesses olhos, não posso sair do lugar. E te faz perguntar se não quero ou não consigo. Não quero outra casa pra viver.

Expulsando demônios, veneno do éden, poder em acordo, amigos do universo, estresse á caminho. Expulsando demônios, vias de partida também de inicio. Reinicio. Sozinhos, burn. Burn with me. Fazendo queimar sentimentos, sexo. Expulsando demônios. Há pombas brancas voando, pretas partindo. Mas isso não quer dizer que são as boas agora por cima de nossas cabeças, mas são. Sorri, você também. Seguramos a respiração e agora podemos morrer de novo.

Fico me perguntando quantas vezes tivemos que desistir. Quantas vezes você me deixou ou eu. Quantas vezes morremos.. Quantas vezes? Mais uma daquelas perguntas para bem maiores que 26. 226, talvez 2.226.
Burn with me e não diga, não pergunte nada, apenas faça, sem medo de morrer.
A morte é libertação e libertação é felicidade. 
A felicidade as vezes é simbólica e a morte também.

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