quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cativoeiro

Prendeu-me na cadeira e gritou “-Não sai” Não tinha o que fazer, não podia roer as unhas, nem contar tijolos para passar o tempo com esse teto liso chapiscado. Senti falta do colo, colo de mãe. “-Não saí!!” Era um futuro me contando, tentando me mostrar um passado que pode ser virado e não há anseio de ser feito. Mas há anjos precatando “Um Cometa, enquanto é tempo”. Mas é sangue que cruza em minhas veias, fervem. Pulsam com fome da sua adrenalina. São olhos que peregrinam pelas tuas estrelas. Teu céu vermelho passa a ser alaranjado e então esclarece e eu desvendo que não posso viver sem você. Desvendo mais uma vez. Uma de mil.
Mas... 
“-Não saí”
“-Por quê?”
“-Veja bem. Você já não faça por palavras. Não  palavras o que é impossível porque amor não pensa.”


O rosto dissipou-se, 
Os olhos deixaram de ser ofuscados 
Dedos inquietaram-se 
E a mente deslumbrou-se. 
Não soube o que pensar, só queria voltar a dormir.
Deixa pra amanhã...

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