domingo, 28 de dezembro de 2014

Canto de Cigarra


Cabeça vazia em nuvem. Bloqueada em vento, onde fica apenas o zumbido depois do efeito sonoro. A pele com efeito tocado. Latejam as mãos, é efeito de acordar. E sorrir é efeito de ter tido uma boa noite de sono, ou antes do sono.
Embalo-te para o próximo estágio, no qual estarei ou não até a linha de chegada. Embalo-te, morena, com sua melhor canção, aquela assobiada que eu nunca ouvi. Distintos não só em gostos, mas em desgostos. Mesmo assim fechamos os olhos e dormimos como se o amanhã pouco importasse cedo ou tarde.
Seus olhos e garras de felina me dá a impressão que tem ferramentas e não gosta de usá-las ou está esperando o melhor momento, na defensiva. Me pergunte se pagarei pra ver. Com o tempo, aquele que lhe entregue expresso e decidido. Aquele que aproveitamos da melhor maneira e foi bom, um tipo de outrem.
Meu tipo é excêntrico. Que bate, beija, ri e dramatiza. Meu tipo não é o seu. Calei antiquado assistindo um show em que não canto, mas tive que organizar. Desejo mantido por cordas, sendo atendido ao pressionar o botão. Sente-se do mesmo jeito, como se não encaixasse.
Não sou pra você, nuvem e bloqueio de vento... Sou dos raios , tempestades e arco-iris. Um sonho perfeito não é feito de calmaria. O arco-iris só aparece depois da chuva.

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