domingo, 28 de dezembro de 2014

Daltônico ao verso

Vou parar de escrever sobre você e pra você. Seu jeito de menina infantil encanta , mas também irrita. Essa é a última vez que escrevo , mas não é ultima vez que minto. Você poderia encarar isso de maneira mais fácil e não jogar pimenta ao final de uma conversa que parecia decente. E eu poderia apenas dizer adeus, mas eu te amo.
Eu ainda quero estar entre tuas pernas e subir até seu peito para ouvir seu coração, dizendo o mesmo que meus lábios sussurram em resposta aos batimentos.
Você me cravou com suas unhas e depositou o veneno. Agora me sinto sem saída. Sem pernas e sem coração... você evaporou e age como um fantasma aquecendo superficialmente meu estado lendário. Onde você, musa, ainda permanecerá para sempre. Rindo, brincando, sensualizando em suas danças comemorativas em seu encaixe perfeito que serviu para eu nunca mais ver perfeição em outro encaixe. Você me amaldiçoou do seu jeito com aqueles knorr's infalíveis, feiticeira! Eu te odeio por isso, por me deixar aqui nesse sonho inacabável. Pelo seu boa noite seco repleto de reticencias e se fosse outro tempo transformaria as mesmas reticencias em estrupo mental, desejo carnal, nosso amor letal.
Não somos bons por graça, mas não ligamos em ser desgraças de um mundo louco que não existe. O desejo é real.
Eu teria você aqui agora sentada comigo nessa mesa vazia de café da manhã...
E em mais um erro, te pediria pra ficar. Sou um errante ativo e faria a mesma merda de novo. Mas insistes  em encher meu quarto de flores brancas com cheiro de velório.
Me perdi, amor, quando foi que teu vermelho perdeu a cor?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.